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Tipo do documento: Tese
Título: Biodiversidade e vulnerabilidade de ascidiacea no litoral do Rio de Janeiro frente aos cenários de introdução de espécies e mudanças climáticas
Título(s) alternativo(s): Biodiversity and vulnerability of ascidiacea on the coast of Rio de Janeiro in the face of species introduction and climate change scenarios
Autor: Barboza, Danielle Fernandes 
Primeiro orientador: Skinner, Luis Felipe
Primeiro membro da banca: Hadju, Gisele Lobo
Segundo membro da banca: Fleury, Beatriz Grosso
Terceiro membro da banca: Junqueira, Andrea de Oliveira Ribeiro
Quarto membro da banca: Rocha, Rosana Moreira da
Resumo: Ascídias são cordados sésseis que compõem um dos principais grupos de animais bentônicos incrustantes nos ecossistemas marinhos. Conhecer sua diversidade é um importante modo de avaliar impactos e sua distribuição espacial e temporal. Por meio de dados disponíveis na literatura e de três coleções zoológicas (UFPR, MNUFRJ, UERJ), foi consolidada uma lista de espécies de ascídias registradas no litoral do Rio de Janeiro (RJ) nos últimos 25 anos (1998-2023). Foram reportadas 62 espécies, distribuídas em 13 famílias e 32 gêneros, na região entre Rio das Ostras e Paraty. A região com a maior riqueza de espécies de ascídias é a Costa Verde, seguida pela Costa Azul. Foram classificadas 26 espécies criptogênicas, 25 exóticas e 11 nativas. Entre 2009 e 2019, dois novos registros das ascídias solitárias introduzidas, Ciona robusta e Rhodosoma turcicum, foram adicionados ao sudoeste do Oceano Atlântico, de Cabo Frio à Baía da Ilha Grande (BIG), Brasil. Ambas as espécies ocorreram em substratos naturais e artificiais, em habitats protegidos de predadores, e regiões próximas a portos ou outras atividades marítimas. A distribuição de Ciona robusta foi relacionada com a temperatura da água, sendo influenciada pela intensidade de ressurgência e temperaturas abaixo de 25°C, enquanto R. turcicum não foi sensível à variação de temperatura da água registrada no período. O RJ tem um histórico de intenso tráfego de embarcações ao longo de sua costa, além de diversas instalações como portos, marinas, estaleiros e fazendas marinhas, o que favorece a introdução e dispersão de espécies de invertebrados marinhos. A análise da movimentação portuária do Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (TAAR) e do Porto de Itaguaí, localizados na BIG e Baia de Sepetiba (BS) respectivamente, entre 2010-2020, apontou que o principal tipo de navegação no TAAR foi de cabotagem e no Porto de Itaguaí foi de longo curso. Os portos/terminais brasileiros apresentaram similaridade ambiental muito alta com a BIG e BS assim como o Porto de Busan (Coréia do Sul) e Singapura. Já os portos chineses apresentaram similaridade considerada alta. As espécies Pyura vittata, Botryllus schlosseri, Perophora viridis, Didemnum candidum, Perophora multiclathrata, Herdmania momus, Botrylloides violaceus, e Symplegma viride são as de maior preocupação quanto ao risco de introdução no litoral do RJ. Estas espécies possuem histórico de introdução em outras regiões, já foram registradas próximas aos principais portos/terminais com maior número de visitas ao TAAR e ao Porto de Itaguaí e, por suas tolerâncias fisiológicas em relação à temperatura e salinidade, apresentam características favoráveis ao possível estabelecimento na área estudada. Portanto, é necessário ampliar os esforços no conhecimento da fisiologia das espécies e as suas interações com o ambiente para entender a história da distribuição desses animais no RJ e no Brasil, bem como monitorar as introduções e seus possíveis efeitos nas comunidades bentônicas.
Abstract: Ascidians are sessile chordates that constitute one of the main groups of encrusting benthic animals in marine ecosystems. Knowing its diversity is an important way of evaluating impacts and their spatial and temporal distribution. Through data available in the literature and from three zoological collections (UFPR, MNUFRJ, UERJ), a list of ascidian species recorded on the coast of Rio de Janeiro (RJ) in the last 25 years (1998-2023) was consolidated. A total of 62 species have been recorded, distributed across 13 families and 32 genera, in the region between Rio das Ostras and Paraty. The region with the highest richness of ascidian species is the Green Coast, followed by Blue Coast. The number of species classified under the categories was 26 cryptogenic, 25 exotic and 11 native species. Between 2009 and 2019, two new records of the solitary sea squirts, Ciona robusta and Rhodosoma turcicum, were added to the southwest Atlantic Ocean, from Cabo Frio to Ilha Grande Bay (IGB), Brazil. Both species occurred in natural and artificial substrates, in predator-protected habitats, and regions close to harbors or other maritime activities. The distribution of C. robusta influenced by upwelling intensity and temperatures below 25°C, while R. turcicum was not sensitive to the range of recorded water temperatures. Rio de Janeiro has a history of intense vessel traffic along its coastline, in addition to several facilities such as ports, marinas, shipyards and marine farms, which favors the introduction and dispersion of marine invertebrate species. The analysis of the port movement of the Waterway Terminal of Angra dos Reis (TAAR) and the Port of Itaguaí, located in IGB and Sepetiba Bay (SB) respectively, between 2010-2020, pointed out that the main type of navigation in TAAR was cabotage and at the Port of Itaguaí it was a long haul. The Brazilian ports/terminals showed very high environmental similarity with IGB and SB as well as the Port of Busan (South Korea) and Singapore. Chinese ports, on the other hand, showed similarity considered high. The species Pyura vittata, Botryllus schlosseri, Perophora viridis, Didemnum candidum, Perophora multiclathrata, Herdmania momus, Botrylloides violaceus, Symplegma viride are the ones of greatest concern regarding the risk of introduction on the coast of RJ, as they have a history of introduction in other regions, have already been recorded near the main ports/terminals with the highest number of visits and the Port of Itaguaí and because their physiological tolerances in relation to temperature and salinity are favorable to the possible establishment of these species. Therefore, it is necessary to increase efforts in the knowledge of the physiology of the species and their interactions with the environment to understand the history of the distribution of these animals in RJ and in Brazil, as well as to monitor the introductions and their possible effects on benthic communities.
Palavras-chave: Ascidiacea
Bioincrustação
Espécies exóticas
Sudeste do Atlântico
Avaliação de risco
Biofouling
Exotic species
Southeast Atlantic
Risk assessment
Área(s) do CNPq: CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::OCEANOGRAFIA::OCEANOGRAFIA BIOLOGICA::INTERACAO ENTRE OS ORGANISMOS MARINHOS E OS PARAMETROS AMBIENTAIS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Citação: BARBOZA, Danielle Fernandes. Biodiversidade e vulnerabilidade de ascidiacea no litoral do Rio de Janeiro frente aos cenários de introdução de espécies e mudanças climáticas. 2023. 128 f. Tese (Doutorado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20647
Data de defesa: 28-Ago-2023
Aparece nas coleções:Doutorado em Oceanografia

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