Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20732
Tipo do documento: Tese
Título: “Não sou velho, só tenho mais idade”: envelhecimento, homoerotismo e masculinidades entre homens de meia idade no Rio de Janeiro e Extremo Sul da Bahia
Título(s) alternativo(s): “I’m not old, I’m just older”: aging, homoeroticism and masculinities among middle-aged men in Rio de Janeiro and the Far South of Bahia
Autor: Ribeiro, Alexandre Gaspari 
Primeiro orientador: Aureliano, Waleska de Araújo
Primeiro membro da banca: Almeida, Aline Gama de
Segundo membro da banca: Alves, Andrea Moraes
Terceiro membro da banca: Henning, Carlos Eduardo
Quarto membro da banca: Sívori, Horacio Federico
Resumo: “Meia idade” é o nome comumente dado a uma fase do curso da vida na qual se está num “entre lugares”, utilizando a noção de liminaridade de Turner (2005): não se está mais nos primeiros anos da fase adulta, ainda bastante relacionados à juventude, mas também ainda não se chegou à velhice e suas marcas, sobretudo físicas. De definição imprecisa quando se trata de marcos cronológicos, tem como principal característica sua proximidade com a última etapa da vida. Embora qualquer pessoa – na verdade, qualquer ser vivo – comece a envelhecer a partir do momento em que nasce, é a meia idade que costuma nos “lembrar” da passagem do tempo. Entretanto, essa atenção ao envelhecer não é uma regra inflexível: a percepção do envelhecimento se dá de variadas maneiras, e parece mais ser “apontada” pelo outro do que por nós mesmos. Assim, esta pesquisa pretende analisar como homens com práticas homoeróticas que estão situados na meia idade entendem o envelhecimento e como se “preparam” – se é que se preparam – para essa “nova fase” da vida. Morando na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) e no Extremo Sul da Bahia (ESB) – regiões completamente díspares se considerarmos dados demográficos e socioeconômicos –, esses homens são perpassados não apenas pelo curso da vida, mas também por outras categorias sociais de diferenciação, como gênero, sexualidade, corporalidade, território, classe social, raça/cor da pele. Assim, mostram similaridades e diferenças que indicam as inúmeras nuances que o envelhecer traz às suas vidas. A partir de referenciais teóricos sobre homossexualidade, envelhecimento e outros marcadores sociais da diferença, o estudo foi desenvolvido por meio de entrevistas semi-estruturadas, em profundidade, que buscaram saber desses sujeitos o seu presente – quem são e o que fazem atualmente; o seu passado – a descoberta do desejo homossexual e como tal fato se desdobrou nas relações familiares e de amizade; e o que imaginam para o seu futuro – quando (e se) perceberam que o tempo está passando e se fazem algo para “frear” as “máscaras do envelhecimento”, como aponta Simões (2004). Necessário ressaltar que o desenvolvimento da pesquisa foi profundamente afetado pela pandemia de Covid-19, que não apenas ampliou o território a ser estudado – do Rio para o Sul da Bahia –, como também impediu a proposta inicial de uma frequência efetiva em locais de sociabilização desses homens, de modo a captar suas relações. De modo geral, o que se percebe é que a proximidade da velhice, embora não apontada como um fator que cause medo, é agenciada de variadas formas. E também modificada de acordo com a situação e as relações vividas por esses homens – seja no Rio, seja no sul baiano.
Abstract: “Middle age” is the name commonly given to a stage of the course of life in which one is “between places”, using Turner’s (2005) notion of liminality: no longer in the early years of adulthood, but still haven't reached old age and its marks, especially physical ones. Of imprecise definition when it comes to chronological milestones, its main characteristic is its proximity to the last stage of life. Although anyone – indeed, any living being – begins to age from the moment they are born, it is middle age that tends to “remind” us of the passage of time. However, this attention to aging is not an inflexible rule: the perception of aging occurs in different ways, and it seems to be “pointed out” more by the other than by ourselves. Thus, this research intends to analyze how men with homoerotic practices who are in middle age understand aging and how they “prepare” – if they prepare at all – for this “new phase” of life. Living in the Metropolitan Region of Rio de Janeiro (RMRJ) and the Extreme South of Bahia (ESB) – completely disparate regions, if we consider demographic and socioeconomic data – these men are permeated not only by the course of life, but also by other social categories of differentiation, such as gender, sexuality, corporality, territory, social class, race/skin color. Thus, they show similarities and differences that indicate the countless nuances that aging brings to their lives. From theoretical references on homosexuality, aging and others social markers of difference, this study was developed through semi-structured, in-depth interviews, which sought to find out about their present – who they are and what they currently do; his past – the discovery of homosexual desire and how this fact unfolded in family and friendship relationships; and what they imagine for their future – when (and if) they realized that time is passing and if they do something to “stop” the “masks of aging”, as Simões (2004) points out. It is necessary to emphasize that the development of this research was deeply affected by the Covid-19 pandemic, which not only expanded the territory to be studied – from Rio to the south of Bahia –, but also prevented the initial proposal of an effective frequency in socialization places of these men. In general, what is perceived is that the proximity of old age, although not identified as a factor that causes fear, is managed in various ways. It is also modified according to the situation and relationships experienced by these men – whether in Rio or in the south of Bahia.
Palavras-chave: Aging
Homosexuality
Gender
Envelhecimento
Homossexualidade
Gênero
Masculinidade
Masculinity
Área(s) do CNPq: OUTROS::CIENCIAS SOCIAIS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Citação: GASPARI, Alexandre. “Não sou velho, só tenho mais idade”: envelhecimento, homoerotismo e masculinidades entre homens de meia idade no Rio de Janeiro e Extremo Sul da Bahia. 2023. 248 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20732
Data de defesa: 5-Set-2023
Aparece nas coleções:Doutorado em Ciências Sociais

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Alexandre Gaspari Ribeiro - 2023 - Completa.pdf3,54 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.