Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20867
Tipo do documento: Tese
Título: Júlia Lopes de Almeida: escritora, mãe e esposa laureada nas páginas de A Violeta (1920-1934)
Título(s) alternativo(s): Júlia Lopes de Almeida: writer, mother and honoured wife on the pages of A Violeta (1920-1934)
Autor: Pinto, Gabrielle Carla Mondêgo Pacheco 
Primeiro orientador: Silva, Márcia Cabral da
Primeiro membro da banca: Jinzenji, Mônica Yumi
Segundo membro da banca: Costa, Nailda Marinho da
Terceiro membro da banca: Lopez, Anna Faedrich Martins
Quarto membro da banca: Queiroz, Juliana Maia de
Resumo: Este estudo tem por objetivo investigar as imagens da escritora - romancista, ensaísta, contista, cronista e dramaturga - Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), figura de destaque na imprensa periódica e nos circuitos literários do início do século XX, nas páginas da revista A Violeta (1916-1950), da qual foi patrona e colaboradora. Fruto do Gremio Litterario Julia Lopes, fundado em novembro de 1916 em Cuiabá (MT), A Violeta é fonte principal desta pesquisa, que recorta os anos de 1920 a 1934, em razão de uma maior incidência do nome da escritora na revista, a exemplo da consagração de Júlia Lopes de Almeida como referência na Literatura Brasileira (De LUCA, 1999); de seu engajamento com as causas feministas, e das publicações feitas além-mar. Do total de 157 edições da revista que compreendem o recorte temporal, 99 foram localizadas em 3 acervos – a Hemeroteca Digital Brasileira da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), o Arquivo Público de Mato Grosso (APMT) e o Arquivo Pessoal da Professora Yasmin Nadaf (AYN). O espólio de Júlia Lopes de Almeida, muito caro a esta pesquisa, foi acessado na Academia Brasileira de Letras (ABL), onde se localiza o Fundo Filinto de Almeida, em referência ao marido da escritora, acadêmico fundador da cadeira número 3. Ademais, o contato com a documentação sob a guarda da família de Júlia Lopes de Almeida permitiu que se cotejasse a fonte principal – A Violeta, especialmente. A este respeito, convém mencionar que outras fontes colaboraram na constituição deste estudo, a exemplo da própria bibliografia da escritora, os escritos de seus familiares, as menções na imprensa periódica e ainda os documentos pessoais de Júlia Lopes de Almeida e de sua família. Buscou-se diálogo com os estudos que evidenciaram Júlia Lopes de Almeida como objeto, notadamente em Salomoni (2000;2005), Telles (2012), e Fanini (2016); aqueles que investigaram A Violeta, tal qual Nadaf (1993) e Costa (2018); El Far (2000), Eleutério (2005) e Woolf (2014), na abordagem da escrita feminina; e ainda Pallares-Burke (1998) e Magaldi e Xavier (2008), na compreensão da revista A Violeta como um dispositivo não-formal de educação para as mulheres cuiabanas. No que tange à metodologia eleita para a execução desta pesquisa, destacam-se as contribuições de Chartier (2012) e Ferreira (2015), acerca das representações contidas na Literatura; Revel (1998); Ginzburg (2007) e Burke (2011), na abordagem da micro-história e da perspectiva do cruzamento de fontes. Os resultados desta pesquisa evidenciam a imagem de mãe, esposa e mulher escritora como as eleitas pelas redatoras de A Violeta no tratamento de Júlia Lopes de Almeida. Sob a égide da educação das mulheres, empenharam-se as redatoras na modulação do caráter de suas leitoras por meio das imagens da escritora, selecionando e até mesmo recortando parte de sua obra, a fim de corresponder com suas intencionalidades. Portanto, entende-se que a conformação da escritora sob estes moldes, embora não comtemplasse a totalidade de sua trajetória como intelectual, operou de forma positiva na divulgação e promoção de sua imagem em outros espaços, aspecto que, de acordo com esta pesquisa, colaborou também para a constituição de sua imagem nas letras brasileiras.
Abstract: This paper aims to investigate the representations of Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), the writer of essays, short stories, chronicles, and plays, who was at spotlight in the press and in the literary circles in the beginning of the 20th century, in the periodical A Violeta (1916- 1950). A Violeta is one of the features of the Gremio Litterario Julia Lopes, founded in November 1916 in Cuiabá, Mato Grosso, Brazil. The temporary scope of this research starts in 1920 and finishes in 1934, due to the numerous mentions to the name of Júlia Lopes de Almeida, as for her consecration as a reference for Brazilian Literature (De LUCA, 1999); to her engaging within the feminists’ claims; and also to her transatlantic publishing. From the 157 issues of A Violeta, among the years 1920 and 1934, 99 were found at 3 archives - The Digital Newspaper and Periodicals Library from The National Library (FBN), The Mato Grosso Public Archive (APMT), and The Personal Collection of Yasmin Nadaf (AYN). The assets of Júlia Lopes de Almeida, highly estimated at this research, were accessed at the Brazilian Academy of Letters (ABL), which holds the Filinto de Almeida file. Filinto de Almeida was Júlia Lopes’ husband and one of the founders of the Academy. In addition, the contact with the documents under possession of Júlia Lopes’ family was important to cross- check the writings in A Violeta with the writings of and about her family. In this sense, other sources were gathered, such as the writer´s books, her family´s writings, the mentions of her name in the press, besides hers and her family´s personal documents. The theoretical framework is supported by the studies of Salomoni (2000;2005), Telles (2012), and Fanini (2016), which portray Júlia Lopes as a subject matter; those which investigate A Violeta, mainly Nadaf (1993) and Costa (2018); ones that foster the female writing, notably in El Far (2000), Eleutério (2005) and Woolf (2014); and also Pallares-Burke (1998) and Magaldi e Xavier (2008), whose works comprehends the educational dimension of distinct texts, as it is in reference to A Violeta. In terms of methodology, Chartier (2012) and Ferreira (2015) are selected to approach the representations in Literature; the micro-history, as developed by Revel (1998) and Ginzburg (2007), besides the cross-checking of different sources, as exposed in Burke (2011). The results of this research indicate the representations of mother, wife and female writer as the ones elected by the editors of A Violeta when referring to Júlia Lopes de Almeida. Under the guidance of women´s education, the editors of A Violeta devoted themselves to the character modeling of its readers, by selecting and even removing certain excerpts of Júlia Lopes’ works, to meet their purposes. Although the framing of the writer under these paradigms did not reflect the totality of her intellectual trajectory, they indeed cooperate to the fostering and dissemination of her works through other places, which, according to this paper, contributed to establish her image in the Brazilian Letters.
Palavras-chave: Júlia Lopes de Almeida
A Violeta
Female writing
Educational dimension of distinct texts
Júlia Lopes de Almeida
A Violeta
Escrita feminina
Dimensão educativa do impresso
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::FUNDAMENTOS DA EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Citação: PINTO, Gabrielle Carla Mondêgo Pacheco. Júlia Lopes de Almeida: escritora, mãe e esposa laureada nas páginas de A Violeta (1920-1934). Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Educação, Rio de Janeiro, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20867
Data de defesa: 29-Mai-2023
Aparece nas coleções:Doutorado em Educação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Gabrielle Carla Mondêgo Pacheco Pinto - 2023 - Completa.pdf6,49 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.