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Tipo do documento: Tese
Título: Transmissão vertical do HIV em uma maternidade pública de referência no nordeste do Brasil
Título(s) alternativo(s): Vertical transmission of HIV in a reference public maternity hospital in northeastern Brazil
Autor: Figueredo, Vaneça Santos Leal 
Primeiro orientador: Monteiro, Denise Leite Maia
Primeiro coorientador: Batista, Rosângela Fernandes Lucena
Primeiro membro da banca: Santos, Flávia Cunha dos
Segundo membro da banca: Gouvêa, Abilene do Nascimento
Terceiro membro da banca: Gama, Mônica Elinor Alves
Quarto membro da banca: Corrêa, Rita da Graça Carvalhal Frazão
Resumo: Esta tese teve o objetivo de estimar a taxa de Transmissão Vertical (TV) do HIV em um hospital universitário de referência em São Luís e avaliar os fatores relacionados à TV do HIV. Para tal, foram desenvolvidos dois artigos. O primeiro foi um estudo de coorte retrospectiva com o objetivo de estimar a taxa de transmissão vertical do HIV em um hospital universitário no período de 2013 a 2017. Estudo de coorte retrospectivo com base nos dados das fichas de notificação/investigação de criança exposta ao HIV do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A análise considerou todas as crianças expostas ao HIV notificadas nos anos de 2013 a 2017 no hospital universitário. As variáveis do estudo foram descritas em proximais, intermediárias e distais, conforme o peso sobre a variável desfecho encontrado na literatura. Os fatores associados à TV foram avaliados pelo Qui-quadrado e pelas razões de prevalência brutas e ajustadas obtidas por regressão de Poisson. A população do estudo foi composta por 725 crianças expostas, das quais 672 crianças foram expostas e não infectadas e 53 foram infectadas. Portanto, a taxa estimada de TV no período de 2013 a 2017 foi de 7,3% (53/725). A maioria das gestantes tinha idade ≥20 anos (86,9%), escolaridade ≥8 anos de estudo (53,2%), raça negra (92,7%), trabalho remunerado/autônoma (46,9%) e residente em outro município do Maranhão (61,7%). Em relação a assistência, 86,3% fizeram o pré-natal, 74,6% fez a profilaxia com a terapia antirretroviral (TARV) durante a gestação, 81,8% fez uso da profilaxia no parto e 78,1% tiveram parto cesáreo. Entre os recém-nascidos (RN) 92,8% fizeram a profilaxia com TARV e 94,3% não foram amamentados. Dentre as variáveis distais, a escolaridade (p-valor=0.048) e etnia (p-valor=0.017) materna foram associadas à TV; entre as variáveis intermediárias, o pré-natal (p-valor=<0.001) e a profilaxia no pré-natal (p-valor=<0.001) foram associadas à TV e em relação às variáveis proximais, a profilaxia no parto (p-valor=0.042), a profilaxia do RN (p-valor=0.002) e o tempo total de profilaxia do RN (p-valor=<0.001) tiveram associação com a TV. O segundo artigo, também foi um estudo de coorte retrospectiva com o objetivo de avaliar o uso das medidas profiláticas recomendadas pelo Ministério da Saúde (MS) para redução da transmissão vertical. A análise considerou as crianças expostas ao HIV notificadas nos anos de 2013 a 2017 no hospital universitário e que tiveram parto na instituição e residência em São Luís. A população do estudo foi composta por 205 crianças expostas, no referido período. Em relação às medidas profiláticas do protocolo ACTG, a maioria (85,8%) fez a profilaxia durante a gestação, a maioria (92,7%) fez a profilaxia no parto e teve como via de parto cesáreo (86,8%). Já em relação ao recém-nascido, a maioria (99,0%) fez a profilaxia e não foi amamentada (99,5%). Conclui-se que a taxa de TV estimada neste estudo foi de 7,3%, evidenciando que ainda há fragilidades em adotar as intervenções recomendadas nos protocolos do Ministério da Saúde na sua integralidade para alcançar a redução e/ou eliminação da transmissão vertical do HIV
Abstract: This thesis aimed to estimate the Vertical Transmission (VT) rate of HIV in a reference university hospital in São Luís, in addition to evaluating the factors related to VT. For this, two studies were developed. The first was a retrospective cohort study with the objective of estimating the vertical transmission rate of HIV in university hospital in the period from 2013 to 2017. Retrospective cohort study based on data from the notification/investigation forms of children exposed to HIV from the Notifiable Diseases Information System (SINAN). The analysis considered all HIV-exposed children reported from 2013 to 2017 at the university hospital. The study variables were described as proximal, intermediary and distal, according to the weight on the outcome variable found in the literature. Factors associated with VT were evaluated using Chi-square and crude and adjusted prevalence ratios obtained by Poisson regression. The study population consisted of 725 children exposed, of which 672 children were exposed and not infected and 53 were infected. Therefore, the estimated rate of VT in the period from 2013 to 2017 was 7.3% (53/725). Most pregnant women were ≥20 years old (86.9%), schooling ≥8 years of study (53.2%), black race (92.7%), paid/autonomous work (46.9%) and resident in another municipality in Maranhão (61.7%). Regarding assistance, 86.3% had prenatal care, 74.6% had prophylaxis with Antiretroviral Therapy (ART) during pregnancy, 81.8% used prophylaxis with ART during childbirth and 78.1% had a cesarean delivery. Among Newborns (NB) 92.8% underwent prophylaxis with HAART and 94.3% were not breastfed. Among the distal variables, maternal education (p-value=0.048) and maternal ethnicity (p-value=0.017) were associated with VT; Among the intermediate variables, prenatal care (p-value=<0.001) and antiretroviral therapy prophylaxis during prenatal care (p-value=<0.001) were associated with VT and in relation to the proximal variables, intravenous ART prophylaxis at labor and delivery (p- value=0.042), prophylaxis in the neonate (p-value=0.002) and prophylaxis duration in the neonate (p-value=<0.001) were associated with VT. The second article was also a retrospective cohort study with the objective of evaluating the use of prophylactic measures recommended by the Ministry of Health (MS) to reduce vertical transmission. The analysis considered children exposed to HIV who were notified between 2013 and 2017 at the university hospital and who gave birth at the institution and residence in São Luís. The study population consisted of 205 children exposed during that period. Regarding the prophylactic measures of the ACTG protocol, the majority (85.8%) took prophylaxis during pregnancy, the majority (92.7%) took prophylaxis at birth and had a cesarean section (86.8%). Regarding the NB, the majority (99.0%) underwent prophylaxis and were not breastfed (99.5%). It is concluded that the estimated VT rate in this study was 7.3%, showing that there are still weaknesses in adopting the interventions recommended in the Ministry of Health protocols in their entirety to achieve the reduction and/or elimination of vertical HIV transmission
Palavras-chave: Vertical transmission of infectious disease
Infectious complications in pregnancy
HIV infections
Disease prevention
Transmissão vertical de doença infecciosa – Prevenção e controle
Saúde materno-infantil
Terapia Antirretroviral de Alta Atividade
Complicações Infecciosas na Gravidez
Infecções por HIV
Prevenção de Doença
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Citação: FIGUEREDO, Vaneça Santos Leal. Transmissão vertical do HIV em uma maternidade pública de referência no nordeste do Brasil. 2023. 98 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20992
Data de defesa: 4-Ago-2023
Aparece nas coleções:Doutorado em Ciências Médicas

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