Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21642
Tipo do documento: Dissertação
Título: Decolonialidade e gestão da alteridade: a prática da curadoria compartilhada entre povos indígenas e instituições culturais no Brasil
Título(s) alternativo(s): Decoloniality and otherness management: the shared curatorship practice between indigenous peoples and cultural institutions in Brazil
Autor: Knopp, Juliana Gil Bahia 
Primeiro orientador: Albuquerque, Marcos Alexandre dos Santos
Primeiro membro da banca: Campos, Marcelo Gustavo Lima de
Segundo membro da banca: Santos, Rita de Cássia Melo
Resumo: No Brasil, a partir dos anos 1970, os estudos pós-coloniais passam a reverberar um interesse sobre a história dos colonizados e o espaço acadêmico começa a desenvolver pesquisas em que a dimensão estética da cultura material dos povos indígenas é amplamente analisada e, em consequência, as discussões sobre as formas de abordagem dessa materialidade pelas instituições culturais. O discurso dominante vem sendo, desde então, revisitado pela academia e também questionado por meio da articulação dos povos indígenas, que reivindicam seu direito à memória e também à existência contemporânea plena. Como participaram da construção dessa narrativa dominante, as instituições culturais vêm assumindo seu papel no que se pode chamar de tarefa decolonial. Considerando os escritos de James Clifford (1994), o qual ressalta que “o próprio status dos museus enquanto teatros da memória histórico-culturais” passou a ser questionado, ou seja, “memória de quem? Com que fins?”, tem-se ideia de quão profundas são as provocações lançadas às instituições. E, nesse contexto, campos de negociação e diálogo entre pesquisa, instituições e interlocutores indígenas se desenvolvem e, por sua vez, produzem novas modalidades de gestão da alteridade. Dentre essas novas modalidades, esta pesquisa analisa a curadoria compartilhada, ou seja, esse encontro entre colonizadores e colonizados que negociam termos e compartilham autoridade para, enfim, ocuparem o espaço institucional. Para tanto, são estudos de caso as exposições “Dja Guata Porã: Rio de Janeiro Indígena”, realizada pelo Museu de Arte do Rio de Janeiro entre maio de 2017 e março de 2018, e “Véxoa: Nós sabemos”, realizada pela Pinacoteca de São Paulo entre novembro de 2020 e março de 2021. A análise realizada considera as possibilidades e avanços que se desdobram a partir da curadoria compartilhada, como também as controvérsias e desafios que se apresentam ao longo do processo
Abstract: In Brazil, from the 1970s onwards, post-colonial studies began to reverberate an interest about the colonized peoples history and the academic space began to develop researches in which the aesthetic dimension of the material culture of indigenous peoples was widely analyzed and, consequently, the discussions about ways of approaching this materiality by cultural institutions. Since that, the dominant discourse has been revisited by the academy and also questioned through the articulation of indigenous, who claim their right to memory and also to a full contemporary existence. As they participated in the construction of this dominant narrative, cultural institutions have been assuming their role in what can be called a decolonial task. Considering James Clifford’s (1988) writings, which emphasizes that “the very status of museums as historical-cultural theaters of memory” came to be questioned, in other words, “Whose memory? For what purposes?”, that gets an idea of how deep are the provocations launched at the institutions. And, in this sense, negotiation fields and dialogue between research, institutions and indigenous interlocutors develop and, in turn, produce new otherness management modalities. Among these new modalities, this research analyzes shared curating, namely, this encounter between colonizers and colonized who negotiate terms and share authority to, finally, occupy the institutional space. And, for this purpose, the exhibitions “Dja Guata Porã: Rio de Janeiro Indígena”, held by Rio de Janeiro Art Museum between May 2017 and March 2018, and “Véxoa: Nós sabemos”, held by Pinacoteca de São Paulo between November 2020 and March 2021, are some case studies. This analysis considers the possibilities and advances that unfold from the shared curatorship, as well as the controversies and challenges that arise throughout this process
Palavras-chave: Gestão da alteridade.
Curadoria compartilhada
Artes indígenas
Instituições culturais
Arte indígena – Brasil
Alteridade
Curadoria (Artes)
Instituições e sociedades culturais - Brasil
Otherness management
Shared curatorship
Indigenous arts
Cultural institutions
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes
Programa: Programa de Pós-Graduação em História da Arte
Citação: KNOPP, Juliana Gil Bahia. Decolonialidade e gestão da alteridade: a prática da curadoria compartilhada entre povos indígenas e instituições culturais no Brasil. 2022. 127 f. Dissertação (Mestrado em História da Arte) - Instituto de Artes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21642
Data de defesa: 12-Set-2023
Aparece nas coleções:Mestrado em História da Arte

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação - Juliana Gil Bahia Knopp - 2022 - Completo.pdf3,07 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.