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http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21729
Tipo do documento: | Tese |
Título: | “Andrômeda de Méroe”: A conectividade sociocultural da Grécia e Cuxe no teatro e na cerâmica ática (442 – 412 a.C.) |
Título(s) alternativo(s): | "Andromeda of Meroe": The sociocultural connectivity of Greece and Kush in Attic theater and pottery (442 – 412 BC) |
Autor: | Outeiro, Marina Pereira |
Primeiro orientador: | Candido, Maria Regina |
Primeiro membro da banca: | Duarte, Alair Figueiredo |
Segundo membro da banca: | Bueno, André da Silva |
Terceiro membro da banca: | Coelho, Liliane Cristina |
Quarto membro da banca: | Brunhara, Rafael de Carvalho Matiello |
Resumo: | A pesquisa se concentra no mito de Andrômeda - princesa bárbara e filha de Cefeu, rei da Aitiopia – transformada em heroína trágica por Sófocles e Eurípides, passando a ilustrar centenas de vasos cerâmicos áticos. Entende que Andrômeda, enquanto personagem mítica, pode ser considerada como uma representação das mulheres da nobreza meroíta que permite estabelecer semelhanças e diferenças, entre elas e as atenienses bem-nascidas. Desse modo, surgiu o questionamento sobre a natureza dos contatos estabelecidos entre a Grécia e a Aitiopia posto que a Andrômeda (ca. 442 a.C.) de Sófocles, foi contemporânea de Histórias (440 a.C.) de Heródoto que, por sua vez, antecedeu a Andrômeda (412. a.C.) de Eurípides. A medida que o estudo progrediu, foi possível averiguar que nos textos gregos, o termo Aitiopia foi empregado para designar o reino africano de Cuxe. A noção de conectividade ao enfatizar o mar Mediterrâneo como meio de comunicação que atua conectando pontos e formando um conjunto de vínculos, permitiu constatar que gregos e cuxitas travaram relações de natureza sociocultural, ao longo da Antiguidade. De modo a corroborar tal entendimento, o estudo se concentrou em analisar aspectos da sociedade ateniense, enfatizando as duas tragédias de Andrômeda e os vasos de cerâmica ilustrados com cenas teatrais. Em seguida, se concentrou nos elementos da geografia africana para compreender os meios naturais que viabilizaram a aproximação dos dois povos, segundo o modelo da Teoria da Conectividade Social. Assim, voltou seus esforços para sistematizar uma investigação sobre o reino de Cuxe, para examinar a função social das meroítas da realeza, salientando sua participação na esfera religiosa e política. Por conseguinte, a pesquisa inferiu que a filha do rei dos “etíopes”, unida a Perseu originou a linhagem real de Micenas, certifica a existência da conectividade sociocultural entre a Grécia e Cuxe, além de reivindicar o pertencimento ideológico da princesa bárbara aos ideais defendidos pela polis: transformada em heroína trágica, Andrômeda emula os comportamentos e valores das rainhas e princesas do passado mítico grego, quando aceita seu terrível destino em prol da salvação da comunidade. |
Abstract: | The research focuses on the myth of Andromeda - barbarian princess and daughter of Cepheus, king of Aitiopia - transformed into a tragic heroine by Sophocles and Euripides, starting to illustrate hundreds of Attic ceramic vases. It understands that Andromeda, as a mythical character, can be considered as a representation of the women of the Meroite nobility that allows establishing similarities and differences between them and the well-born Athenians. In this way, the question arose about the nature of the contacts established between Greece and Aitiopia, since Andromeda (ca. 442 BC) by Sophocles was contemporary with Histories (440 BC) by Herodotus, which, in turn, preceded Andromeda (412. BC) by Euripides. As the study progressed, it was possible to verify that in Greek texts, the term Aitiopia was used to designate the African kingdom of Kush. The notion of connectivity, by emphasizing the Mediterranean Sea as a means of communication that works by connecting points and forming a set of bonds, allowed us to verify that Greeks and Kushites engaged in sociocultural relationships throughout Antiquity. In order to corroborate this understanding, the study focused on analyzing aspects of Athenian society, emphasizing the two tragedies of Andromeda and the ceramic vases illustrated with theatrical scenes. Then, he focused on the elements of African geography to understand the natural means that made it possible for the two peoples to approach, according to the model of the Theory of Social Connectivity. Thus, he turned his efforts to systematize an investigation of the kingdom of Kush, to examine the social function of royal Meroites, emphasizing their participation in the religious and political sphere. Therefore, the research inferred that the daughter of the king of the “Ethiopians”, united with Perseus, originated the royal lineage of Mycenae, certifies the existence of sociocultural connectivity between Greece and Kush, in addition to claiming the ideological belonging of the barbarian princess to the defended ideals by the polis: transformed into a tragic heroine, Andromeda emulates the behavior and values of the queens and princesses of the mythical Greek past, when she accepts her terrible destiny in favor of the salvation of the community. |
Palavras-chave: | Andrômeda Teatro Cerâmica Grécia Conectividade Cuxe Andromeda Theater Pottery Greece Connectivity Kush |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA ANTIGA E MEDIEVAL |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em História |
Citação: | OUTEIRO, M. P. “Andrômeda de Méroe”: A conectividade sociocultural da Grécia e Cuxe no teatro e na cerâmica ática (442 – 412 a.C.). 2023. 317 f. Tese (Doutorado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21729 |
Data de defesa: | 10-Jan-2023 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em História |
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