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Tipo do documento: Dissertação
Título: Entre percepções e práticas: uma análise das representações sociais sobre a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis entre homens jovens
Título(s) alternativo(s): Between perceptions and practices: An analysis of social representations about the prevention of sexually transmitted infections among young men
Autor: Santos, Luciana Ramos Bernardes dos 
Primeiro orientador: Spindola, Thelma
Primeiro membro da banca: Hipólito, Rodrigo Leite
Segundo membro da banca: Martins, Elizabeth Rose Costa
Terceiro membro da banca: Costa, Cristiane Maria Amorim
Quarto membro da banca: Formozo, Gláucia Alexandre
Resumo: O presente estudo teve o propósito de analisar as representações sociais de homens jovens sobre as infecções sexualmente transmissíveis e sua relação com as práticas de prevenção das infecções. Pesquisa descritiva, qualitativa, pautada na Teoria das Representações Sociais com emprego da abordagem complementar processual, desenvolvida por Denise Jodelet. Os participantes foram homens jovens, com 18-29 anos, sexualmente ativos, heterossexual e que tiveram relação sexual nos últimos 12 meses. Para a coleta de dados, empregaram-se dois instrumentos: um questionário para a caracterização social do grupo e uma entrevista semiestruturada. No grupo investigado 100 homens jovens responderam ao questionário e 30 a entrevista. Respeitaram-se todos os procedimentos éticos, ou seja, a pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados quantitativos foram organizados em uma planilha do softwareExcel 2016 e tratados com o emprego da estatística uni e bivariada. As informações discursivas das entrevistas foram transcritas e armazenadas em um arquivo no Software MicrosoftWord 2010 e tratados com emprego da técnica de análise de conteúdo, na modalidade temático-categorial. A caracterização dos jovens demonstra que 64% tinham idades de 18-24 anos; cor autodeclarada branca 56%; moravam com os pais 50%; não possuíam companheira/namorada 46%; e possuíam vínculo empregatício 63%. Em relação às práticas sexuais, 76% tiveram a primeira relação sexual entre 15-18 anos e 50% referiram usar preservativo em todas as relações sexuais; nos últimos 12 meses 78% informaram relações sexuais com parceiras fixas e destes 34% referiram utilizar preservativos; no grupo investigado, 47% nunca negociam o uso do preservativo. Quanto ao conhecimento sobre a transmissão das IST, 90% afirmam saber; 55% nunca realizaram testagem para detecção de IST. Na análise dos achados discursivos, emergiram quatro categorias: conhecimento de homens jovens sobre as infecções de transmissão sexual; estratégias adotadas por homens jovens para a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis; imagens e sentimentos de jovens em relação às infecções sexualmente transmissíveis e práticas de prevenção; uso do preservativo por jovens e os fatores que favorecem a vulnerabilidade às IST. É possível apreender nos dados que os homens jovens demonstram possuir algum conhecimento sobre as IST, ancoram as infecções à imagem do HIV e manifestações da aids, e reconhecem o preservativo como um método de prevenção de IST. O preservativo, embora não seja empregado de modo recorrente pelo grupo, é mais adotado em relacionamentos eventuais. As práticas de prevenção de IST dos jovens homens estão ancoradas em aspectos socioculturais do grupo de pertença, e denotam assunção de comportamentos sexuais mais vulneráveis que comprometem a integridade da saúde sexual dos jovens. Os jovens homens reconhecem o risco que as IST representam para a sua saúde, contudo modulam as suas práticas sexuais no sentimento de confiança nas parceiras. Ações de educação em saúde, esclarecimentos sobre a temática e sensibilização do grupo de jovens homens seriam relevantes, e poderiam favorecer a redução desses agravos.
Abstract: The present study aimed to analyze the social representations of young men about sexually transmitted infections and their relationship with infection prevention practices. Descriptive, qualitative research, based on the Theory of Social Representations using the complementary procedural approach, developed by Denise Jodelet. Participants were young men, aged 18-29, sexually active, heterosexual and who had had sexual intercourse in the last 12 months. For data collection, two instruments were used: a questionnaire for the social characterization of the group and a semi-structured interview. In the group investigated, 100 young men responded to the questionnaire and 30 to the interview. All ethical procedures were respected, that is, the research was approved by the Research Ethics Committee and all participants signed the Free and Informed Consent Form. The quantitative data were organized in an Excel 2016 software spreadsheet and treated using uni and bivariate statistics. The discursive information from the interviews was transcribed and stored in a file in Microsoft Word 2010 Software and processed using the content analysis technique, in the thematic-categorical modality. The characterization of the young men shows that 64% were aged 18-24; self-declared white color 56%; 50% lived with their parents; 46% did not have a partner/girlfriend; and 63% had an employment relationship. In relation to sexual practices, 76% had their first sexual intercourse between the ages of 15-18; 50% reported using it in all sexual relations; in the last 12 months, 78% reported sexual relations with a steady partner and of these, 34% reported using condoms; In the group investigated, 47% never negotiate the use of condoms. Regarding knowledge about the transmission of STIs, 90% say they know; 55% have never been tested for STI detection. In the analysis of the discursive findings, four categories emerged: young men's knowledge about sexually transmitted infections; strategies adopted by young men to prevent sexually transmitted infections; images and feelings of young people in relation to sexually transmitted infections and prevention practices; condom use by young people and factors that favor vulnerability to STIs. It is possible to understand from the data that young men demonstrate some knowledge about STIs, anchor infections to the image of HIV and manifestations of AIDS and recognize condoms as a method of preventing STIs. Condoms, although not used frequently by the group, are more commonly used in occasional relationships. Young men's STI prevention practices are anchored in sociocultural aspects of the group they belong to and denote the assumption of more vulnerable sexual behaviors that compromise the integrity of young men's sexual health. Young men recognize the risk that STIs pose to their health, however, they modulate their sexual practices based on a feeling of trust in their partners. Health education actions, clarification on the topic and awareness raising among the group of young men would be relevant and could help reduce these problems.
Palavras-chave: Representações sociais
Homens jovens
Práticas de prevenção
IST
Enfermagem
Social representations
Young men
Prevention practices
STI
Nursing
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM::ENFERMAGEM DE SAUDE PUBLICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Citação: SANTOS, Luciana Ramos Bernardes dos. Entre percepções e práticas: uma análise das representações sociais sobre a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis entre homens jovens. 2024. 90 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Restrito
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21802
Data de defesa: 8-Mar-2024
Aparece nas coleções:Mestrado em Enfermagem



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