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Tipo do documento: Dissertação
Título: Acesso aos serviços de saúde e suas interfaces com as violências: perspectivas das mulheres transgênero e travestis
Título(s) alternativo(s): Access to health services and their interfaces with violence: perspectives of transgender and transvestite women
Autor: Nascimento, Elaine Medeiros do 
Primeiro orientador: Pereira, Adriana Lenho de Figueiredo
Primeiro membro da banca: Queiroz, Ana Beatriz Azevedo
Segundo membro da banca: Araujo, Luciane Marques de
Terceiro membro da banca: Prata, Juliana Amaral
Resumo: O termo transdesigna as pessoas de identidades femininas transgênero, que inclui mulheres transexuais e travestis. Esse grupo populacional sofre com fragilidades de acesso à saúde decorrentes de desigualdades, preconceitos e violências. Objeto desse estudo são as percepções das mulheres transgênero e travestis acerca do acesso aos serviços de saúde e suas interfaces com as violências. O objetivo geral foi descrever suas percepções acerca do acesso aos serviços de saúde e suas interfaces com as violências e os objetivos específicos foram: conhecer as percepções das mulheres transgênero e travestis acerca do acesso aos serviços de saúde; caracterizar as violências vivenciadas pelas mulheres transgênero e travestis e identificar as interfaces dessas violências com o acesso à saúde na ótica dessas mulheres. Esta pesquisa caracteriza-se pela adoção de uma abordagem qualitativa e descritiva. Participaram deste estudo dezenove mulheres trans/travestis da região metropolitana do Rio de Janeiro, usuárias das unidades públicas de saúde, com idade entre 18 e 49 anos, e cor da pele parda ou preta predominantemente. A coleta de dados ocorreu de abril a setembro de 2023 através de entrevista semiestruturada. A amostra foi intencional e amostragem do tipo snowball. A análise temática de Braun e Clarkefoi aplicada aos dados. Os temas elaborados foram: Percepções das mulheres trans e travestis acerca do acesso aos serviços de saúde e Violências vivenciadas pelas mulheres trans e travestis e suas interfaces com o acesso à saúde. As participantes têm acesso aos serviços de saúde da atenção primária, ambulatorial e hospitalar, mas privilegiam um serviço acadêmico especializado pelo acesso facilitado ao processo transexualizador e aos demais atendimentos associados com projetos e pesquisa. As barreiras de acesso à saúde decorrem das restrições à utilização das unidades básicas e ao processo transexualizador, direcionando-as a recorrer para a automedicação, do despreparo profissional e das posturas preconceituosas e discriminatórias contra mulheres trans, culminando na violência institucional. As mulheres trans foram expostas a violências de natureza física, verbal, psicológica, sexual e por parceiro íntimo em diversos espaços sociais, como convivência em família, escola, universidade, trabalho, dentre outros. As atitudes de desrespeito aos direitos e ao nome social, fragilidades na qualidade assistencial e despreparo profissional foram barreiras apontadas pelas mulheres trans, causando desconfianças na utilização dos serviços de saúde nas situações de violência. Quando as violências físicas implicaram em gravidade e risco de vida, as emergências hospitalares foram utilizadas. A rede pública de saúde requer melhorias substanciais para oferecer um acesso qualificado às mulheres trans, incluindo a capacitação profissional e a oferta de serviços acolhedores e respeitosos à diversidade de gênero, com promoção da saúde integral e abordagem qualificada das violências de gênero às mulheres trans e travestis.
Abstract: The term trans designates people with transgender female identities, which includes transsexual women and transvestites. This population group suffers from weak access to healthcare resulting from inequalities, prejudice and violence. The object of this study was to investigate the perceptions of transgender and transvestite women regarding access to health services and their interfaces with violence. The general objective was to describe their perceptions about access to health services and their interfaces with violence. The specific objectives were: understand the perceptions of transgender and transvestite women regarding access to health services; characterize the violence experienced by transgender and transvestite women, and identify the interfaces of this violence with access to health from the perspective of these women. This research is characterized by the adoption of a qualitative and descriptive approach. The participants were. Nine trans/transvestite women from the metropolitan region of Rio de Janeiro, users of public health units, aged between 18 and 49 years old, with predominantly brown or black skin color, participated in this study. Data collection took place from April into September of the 2023 and through semi- structured interviews. The sample was intentional and snowball sampling. Braun and Braun e Clarkethematic analysis was applied to the data. The themes elaborated were, Perceptions of trans and transvestite women regarding access to health services and Violence experienced by trans and transvestite women and their interfaces with access to health. Participants have access to primary, out patient and hospital health services, but favor a specialized academic service due to easier access to the transsexualization process and other services associated with projects and research. Barriers to access to health arise from restrictions on the use of basic units and the transsexualization process, leading them to resort to self-medication, as well as professional unpreparedness and prejudiced and discriminatory attitudes against trans women, culminating in institutional violence. Trans women were exposed to violence of a physical, verbal, psychological, sexual nature and by an intimate partner in various social spaces, such as family, school, university, work, among others. Attitudes of disrespect for rights and social name, weaknesses in the quality of care and professional unpreparedness were barriers highlighted by trans women, causing distrust in the use of health services in situations of violence. When physical violence was serious and life-threatening, hospital emergencies were used. The public health network requires substantial improvements to offer qualified access to trans women, including professional training and the provision of services that are welcoming and respectful of gender diversity, with the promotion of comprehensive health and a qualified approach to gender-based violence for trans women and transvestites.
Palavras-chave: Pessoas transgênero
Identidade de gênero
Mulheres
Acesso aos serviços de saúde
Serviços de saúde para pessoas transgênero
Violência
Violência de gênero
Transgender people
Gender identity
Women
Access to health services
Health services for transgender people
Violence
Gender violence
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Citação: NASCIMENTO, Elaine Medeiros do. Acesso aos serviços de saúde e suas interfaces com as violências: perspectivas das mulheres transgênero e travestis. 2024. 112 f. Dissertação - (Mestrado em Enfermagem), Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Restrito
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21807
Data de defesa: 5-Abr-2024
Aparece nas coleções:Mestrado em Enfermagem



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