Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21850
Tipo do documento: Dissertação
Título: Mortalidade e carga de tuberculose atribuível ao consumo do álcool no Brasil e macrorregiões entre 2000 e 2017 – estudo GBD Brasil
Título(s) alternativo(s): Mortality and burden of tuberculosis attributable to alcohol consumption in Brazil and macroregions between 2000 and 2017 - GBD study Brazil
Autor: Brandt, Laís de Almeida Relvas 
Primeiro orientador: Werneck, Guilherme Loureiro
Primeiro membro da banca: Coutinho, Evandro da Silva Freire
Segundo membro da banca: Souza, Maria de Fatima Marinho de
Terceiro membro da banca: Costa, Antonio José Leal
Resumo: Embora reconhecidamente fator de risco para agravos não transmissíveis, o consumo de bebidas alcoólicas desempenha papel importante na carga de doenças transmissíveis, em especial tuberculose. Avanços na vigilância e no cuidado são notáveis, mas a doença segue como problema de saúde pública no Brasil e no mundo, onde mais de um milhão de pessoas morrem ao ano por tuberculose. O presente estudo teve como objetivo descrever a carga de tuberculose atribuível ao consumo do álcool (TBAA) no Brasil e macrorregiões entre 2000 e 2017. Foram calculados o total de óbitos, anos vividos com incapacidades (YLD), anos de vida perdidos (YLL), anos de vida perdidos ajustados por morte ou incapacidade (DALY = YLL + YLD), taxa de mortalidade e taxa de DALY por TBAA no Brasil entre 2000 e 2017, assim como fração atribuível ao consumo do álcool (%) dentre DALY e óbitos por tuberculose no Brasil em 2017. Utilizaram-se estimativas do estudo Carga Global de Doença (GBD) como fonte de dados, também estratificadas por unidades da federação, macrorregiões, sexo e faixa etária (15 a 29, 30 a 69 e 70 anos ou mais). Segundo estimativas do GBD, 51.250 pessoas morreram e 1.912.353 anos de vida saudáveis foram perdidos por mortes ou incapacidades (DALY) relacionadas à TBAA no Brasil entre 2000 e 2017. Neste período, o número anual de óbitos e DALY por TBAA, assim como a taxa de mortalidade e DALY por TBAA reduziram, respectivamente, 26%, 29%, 54,2% e 52,8%. O YLL foi o componente que mais pesou no DALY por TBAA (>95%). Entre unidades da federação, Pernambuco (2,1/100.000 habitantes) e Distrito Federal (0,35/100.000 habitantes) apresentaram, respectivamente, maior e menor taxa de mortalidade e DALY em 2017, enquanto São Paulo (490 óbitos; 17.895 DALY) e Roraima (5 óbitos, 204 DALY), maior e menor número absoluto. Tanto no Brasil quanto nas cinco macrorregiões, as taxas de mortalidade e DALY por TBAA mantiveram, em geral, variação anual média negativa no período do estudo, com maior magnitude na Região Nordeste e exceções nos últimos anos. Para cada óbito por TBAA em mulheres, foram estimados 6 óbitos em homens, enquanto para DALY a razão foi 5,2 anos perdidos. Tanto na população feminina quanto na população masculina foi percebido gradiente na taxa de mortalidade por TBAA segundo faixa etária, tendo os mais jovens apresentado as menores e os mais idosos as maiores taxas ao longo de toda a série histórica. A carga de TBAA na população idosa (70 ou mais), entretanto, foi menor do que na população adulta (30 a 69) para ambos os sexos ao longo de toda a série histórica. Estimou-se que 45,5% dos óbitos e 47,5% da carga de TB no país em 2017 foram atribuíveis ao consumo do álcool. Obstáculos permanecem como desafios a serem enfrentados para interrupção da cadeia de transmissão e para alcance das metas nacionais e globais de redução da TB. Medidas integradas de vigilância e controle da doença e do álcool enquanto fator de risco fazem-se necessárias, contemplando ações voltadas para o nível individual e coletivo.
Abstract: Although known to be a risk factor for noncommunicable diseases, alcoholic beverages consumption plays an important role in the burden of communicable diseases, especially tuberculosis. Advances in surveillance and health care are notable, but the disease remains a public health problem in Brazil and worldwide, where more than one million people die each year from tuberculosis. The present study aimed to describe the burden of tuberculosis attributable to alcohol consumption (TBAA) in Brazil and macro-regions between 2000 and 2017. We calculated total deaths, years lived with disabilities (YLD), years of life lost (YLL), years of life lost adjusted by death or disability (DALY = YLL + YLD), mortality rate and DALY rate by TBAA in Brazil between 2000 and 2017, as well as alcohol attributable fraction (%) among DALY and deaths by tuberculosis in Brazil in 2017. Estimates from the Global Burden of Disease (GBD) study were used as a data source, also stratified by states, macro-regions, sex and age group (15 to 29, 30 to 69 and 70 years or more). According to GBD estimates, 51,250 people died, and 1,912,353 healthy years of life were lost due to TBAA-related deaths or disabilities (DALY) in Brazil between 2000 and 2017. In this period, the annual number of deaths and DALY per TBAA, as well as the mortality rate and DALY by TBAA reduced, respectively, 26%, 29%, 54.2% and 52.8%. YLL was the main component in DALY by TBAA (> 95%). Among states, Pernambuco (2.1/100,000 inhabitants) and the Federal District (0.35/100,000 inhabitants) showed, respectively, the highest and lowest mortality rate and DALY in 2017, while São Paulo (490 deaths; 17,895 DALY) and Roraima (5 deaths, 204 DALY), the highest and lowest absolute number. In Brazil and in the five macro-regions, mortality rates and DALY by TBAA generally maintained a negative average annual variation over the study period, with greater magnitude in Northeast Region and exceptions in recent years. For each death due to TBAA in women, 6 deaths in men were estimated, while for DALY the ratio was 5.2 years lost. Both female population and male population showed a gradient in mortality rate due to TBAA according to age group, with youngest presenting smallest and the oldest presenting highest rates throughout entire historical series. The burden of TBAA in elderly population (70 or more), however, was lower than in adult population (30 to 69) for both sexes throughout the entire historical series. It was estimated that 45.5% of deaths and 47.5% of TB burden in the country in 2017 were attributable to alcohol consumption. Obstacles remain challenges to be faced in interrupting chain transmission and in reaching national and global TB reduction goals. Integrated measures for the surveillance and control of disease and alcohol as a risk factor are necessary, including actions aimed at individual and collective level.
Palavras-chave: Consumo de bebidas alcoólicas - Mortalidade
Tuberculose - Epidemiologia
Carga Global de doença
Mortalidade
Brasil
Álcool
Carga de Doença
Fração de Risco Atribuível
Alcohol
Tuberculosis
Disease Burden
Mortality
Attributable Risk Fraction
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Programa: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Citação: BRANDT, Laís de Almeida Relvas. Mortalidade e carga de tuberculose atribuível ao consumo do álcool no Brasil e macrorregiões entre 2000 e 2017 – estudo GBD Brasil. 2019. 93 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21850
Data de defesa: 1-Abr-2019
Aparece nas coleções:Mestrado em Saúde Coletiva



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.