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http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21907
Tipo do documento: | Tese |
Título: | A paleoictiofauna da Formação Marizal (Bacia de Tucano, Cretáceo Inferior do Nordeste do Brasil): nova interpretação paleoambiental e reavaliação das bacias marginais brasileiras |
Título(s) alternativo(s): | The paleoichthyofauna of the Marizal Formation (Tucano Basin, Lower Cretaceous of Northeastern Brazil): a new paleoenvironmental interpretation and revaluation of Brazilian marginal basins |
Autor: | Nascimento, Beatriz Miguez |
Primeiro orientador: | Brito, Paulo Marques Machado |
Primeiro membro da banca: | Cupello, Camila David |
Segundo membro da banca: | Lessa, Gisele Mendes |
Terceiro membro da banca: | Severiano, Kleyton Magno Cantalice |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo revisar a validade das espécies de Actinopterygii encontradas no Cretáceo Inferior da Formação Marizal, Bacia de Tucano, apresentando uma diagnose emendada para cada espécie e uma nova interpretação paleoambiental, comparando a ictiofauna analisada com outras ictiofaunas da parte oeste do Gondwana. Os primeiros depósitos de fósseis do Cretáceo encontrados na Formação Marizal foram descobertos nas décadas de 1950 e 1960. Na fauna associada predominam os Teleostei Clupavus brasiliensis e Britoichthys marizalensis, estando presentes ainda: Vinctifer longirostris, Placidichthys tucanensis, Nanaichthys longipinnus e Ogunichthys triangularis, além de um Vidalamiinae. Foram descritas aqui, pela primeira vez, escamas e uma vértebra atribuídas aos Vidalamiinae. Este peixe amiídeo é, até o momento, o maior peixe da biota da Formação Marizal, atingindo aproximadamente 1400 mm. Tal composição faunística sugere uma idade Aptiana para a formação. A diferença específica da fauna da Formação Marizal em relação a outras bacias do Nordeste do Brasil e do oeste do Gondwana evidencia um padrão de endemismo, demonstrando que, muito provavelmente, esta fauna originou-se a partir de uma entrada de mar anterior àquela que está representada em outras formações também de idade aptiana como a Formação Santana, tendo em vista a disposição estratigráfica de tais formações. Embora a presença de um Vidalamiinae, V. longirostris e de um Cladocyclidae sejam indicativos de um provável ambiente marinho, até o momento nenhuma evidência conclusiva comprova um ambiente marinho na Formação Marizal, podendo-se afirmar apenas que parte da fauna da Camada Amargosa apresenta afinidades tetianas. A presença de espécimes sabidamente marinhos na Camada Amargosa pode ser explicada pela entrada dos mesmos na Lagoa Amargosa durante uma das transgressões marinhas de origem tetiana através das bacias sedimentares ao norte da Bacia do Tucano. O segmento Santos-Benguela parece ter atuado como uma barreira, impedindo a circulação e mistura das águas marinhas entre o Atlântico Sul e o Atlântico Centro-Equatorial. A presença de níveis com grande concentração de conchostráceos, associados a restos de plantas, bem como a predominância de alevinos e peixes juvenis em intervalos diferentes dentro da Camada Amargosa, sugerem um ambiente lacustre predominantemente de água doce |
Abstract: | The present work aimed to review the validity of Actinopterygii species found in the Lower Cretaceous of the Marizal Formation, Tucano Basin, presenting an amended diagnosis for each species and a new paleoenvironmental interpretation, comparing the analyzed ichthyofauna with other ichthyofaunas in western Gondwana. The first Cretaceous fossil deposits found in the Marizal Formation were discovered in the 1950s and 1960s. In the associated fauna predominate the Teleostei Clupavus brasiliensis and Britoichthys marizalensis, being also present: Vinctifer longirostris, Placidichthys tucanensis, Nanaichthys longipinnus and Ogunichthys triangularis, in addition to a Vidalamiinae. Here, for the first time, scales and a vertebra attributed to Vidalamiinae were described. This amid fish is, to date, the largest fish in the Marizal Formation biota, reaching approximately 1400 mm. Such faunal composition suggests an Aptian age for the formation. The specific difference of the fauna of the Marizal Formation compared to other basins in North-East Brazil and western Gondwana shows a pattern of endemism, demonstrating that, most likely, this fauna originated from an epicontinental sea prior to the one that is represented in other Aptian formations, such as the Santana Formation, regarding the stratigraphic arrangement of such formations. Although the presence of a Vidalamiinae, V. longirostris and a Cladocyclidae are indicative of a probable marine environment, so far no conclusive evidence proves a marine environment in the Marizal Formation, and it can only be stated that part of the fauna of the Amargosa Bed has tethyan affinity. The presence of known marine specimens in the Amargosa Bed can be explained by their entry into the Lagoa Amargosa during one of the marine transgressions of Tethyan origin through the sedimentary basins north of the Tucano Basin. The Santos-Benguela segment seems to have acted as a barrier, preventing the circulation and mixing of marine waters between the South Atlantic and the Central-Equatorial Atlantic. The presence of fossil levels with a high concentration of conchostraceans, associated with plant remains, as well as the predominance of fingerling and juvenile fish at different intervals within the Amargosa Bed, suggest a predominantly freshwater lacustrine environment |
Palavras-chave: | Peixes fósseis Paleobiologia evolutiva Paleogeografia Bacias sedimentares - Brasil, Nordeste - Cretáceo Actinopterygii Formação Marizal Aptiano Bacia de Tucano Nordeste brasileiro Marizal Formation Aptian Tucano Basin Northeast Brazil |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS BIOLOGICAS CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::PALEOZOOLOGIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Citação: | NASCIMENTO, Beatriz Miguez. A paleoictiofauna da Formação Marizal (Bacia de Tucano, Cretáceo Inferior do Nordeste do Brasil): nova interpretação paleoambiental e reavaliação das bacias marginais brasileiras. 2021. 167 f. Tese (Doutorado em Biociências) – Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2021. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21907 |
Data de defesa: | 16-Jul-2021 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Biociências |
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