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Tipo do documento: Tese
Título: Variabilidade morfológica e genética associadas aos morfotipos de cor de Callyspongia sp. nov. com comentários sobre a plasticidade fenotípica em Porifera
Título(s) alternativo(s): Morphological and genetic variability associated with the morphotypes of Callyspongia sp. nov. with comments on the phenotypic plasticity in Porifera
Autor: Vieiralves, Thomáz 
Primeiro orientador: Hajdu, Gisele Lôbo
Primeiro membro da banca: Buchas, Rosana Mazzoni
Segundo membro da banca: Gomes, Bruno Cosme da Silva
Terceiro membro da banca: Mota, Sula Salani
Resumo: A plasticidade fenotípica é definida pela capacidade dos organismos responderem a diferentes estímulos ambientais de maneiras distintas, alterando seu comportamento, sua morfologia ou sua fisiologia. As alterações na morfologia das esponjas têm sido correlacionadas com a ação das ondas, a velocidade de fluxo das correntes e da sedimentação do substrato, a variação na temperatura da água, ao movimento da água, a disponibilidade de sílica, e com fatores bióticos, como a predação e a simbiose. A plasticidade fenotípica em esponjas tem sido uma fonte de dificuldades para a análise taxonômica. No primeiro capítulo, foi realizada uma extensa revisão bibliográfica do conceito de plasticidade fenotípica em Porifera, e no segundo capítulo, utilizou-se o modelo de uma espécie de Callyspongia Duchassaing & Michelotti, 1864, encontrada na costa brasileira, para um estudo de caso. No nordeste do Brasil, vários morfotipos de cor da esponja Callyspongia sp. nov. foram observados: cinza-verde, azul / roxo, amarelo / laranja e vermelho, o que pode indicar a existência de espécies crípticas. Neste estudo descrevo caracteres morfológicos e moleculares, que contribuem para determinar o status taxonômico e testar a hipótese de que Callyspongia sp. nov. na costa brasileira representa um complexo de espécies, e não uma única espécie polimórfica. No total, 55 amostras de Callyspongia sp. nov. coletadas em Salvador, foram analisados: 12 laranjas, 15 azul / roxo, 06 vermelhas e 22 cinza / verde, e outras amostras de museu para comparação. Os espécimes de Callyspongia sp. nov., independente do morfotipo, apresentam formato ereto tubular, com superfícies repletas de cônulos, formados por espículas sustentadas por fibras de espongina, e uma reticulação nitidamente visível a olho nu. A coloração apresenta uma grande variedade in vivo: cinza, bege, verde, creme, azul, roxo, lilás, amarelo, laranja, vermelho e rosa. O esqueleto é fortemente estratificado, as fibras de espongina são preenchidas por espículas diactinais, do tipo óxeas, e apresenta a rede dupla integrada de fibras de espongina típica do gênero. O ectossoma é formado por fibras primárias e secundárias, as fibras primárias tendem a apresentar uma disposição poligonal irregular, já as fibras secundárias tendem a estar entre as fibras primárias. As fibras primárias possuem cerca de 40 μm, e as fibras secundárias, cerca de 30 μm. O endossoma é constituído por fibras primárias 47-59,81-66 μm, secundárias 23-33,14-38 μm e terciárias 5-10,62-18 μm. As megascleras, do tipo óxeas, tem tamanhos de 48 – 121 x 2 – 8 μm e as microscleras, do tipo toxas, de 8 a 19 μm. Foram utilizados três marcadores moleculares: os genes mitocondriais 16S e cox1, e os espaçadores internos transcritos nucleares (ITS1 e ITS2) do RNA ribossomal nuclear. Depois da extração do DNA genômico total, cada marcador foi amplificado e sequenciado em um sequenciador automático. As sequências foram editadas com o programa DNASTAR SeqMan® 7.1, alinhadas com o programa v6.935 MAFFT, e a relação entre elas reconstruída usando o programa MEGA6. Os nossos resultados demonstraram que os morfotipos de cor constituem uma única espécie.
Abstract: Phenotypic plasticity is defined by the ability of organisms to respond in different ways to different environmental stimuli, changing their behavior, morphology or physiology. Changes in the morphology of sponges have been correlated with the action of the waves, the flow rate of currents and the sedimentation of the substrate, the variation in water temperature, the water movement, the availability of silica, and with biotics factors, such as predation and symbiosis. Phenotypic plasticity in sponges has been a source of difficulties for taxonomic analysis. In the first chapter, an extensive literature review of the concept of phenotypic plasticity in Porifera was carried out, and in the second chapter, the model of a species of Callyspongia Duchassaing & Michelotti, 1864 found on the Brazilian coast was used for a case study. In northeastern Brazil, several sponge color morphotypes of the sponge Callyspongia sp. nov. were observed: gray-green, blue / purple, yellow / orange and red, which may indicate the existence of cryptic species. In this study I describe morphological and molecular characters which contribute to determine the taxonomic status and test the hypothesis that Callyspongia sp. nov. on the Brazilian coast represents a complex of species, not a single polymorphic species. In total 55 samples Callyspongia sp. nov. collected in Salvador, were analyzed: 12 oranges, 15 blue / purple, 06 red and 22 gray / green, and other museum samples for comparison. The specimens of Callyspongia sp. nov., regardless of the morphotype, have an erect tubular shape, with surfaces full of conules, formed by spikes supported by espongin fibers, and a reticulation clearly visible to the naked eye. The coloring presents a great variety in vivo: gray, beige, green, cream, blue, purple, lilac, yellow, orange, red and pink. The skeleton is strongly stratified; the espongin fibers are filled by diactin spicules, the oxea type, and presents the espongin fibers integrated in a doble network, typical of the genus. The ectosome is formed by primary and secondary fibers, the primary fibers tend to have an irregular polygonal arrangement, since the secondary fibers tend to be among the primary fibers. The primary fibers are about 40 μm, and secondary fibers are about 30 μm. The endosome consists of elementary fibers 47-59,81-66 μm, secondary fibers 23-33,14-38 μm, and tertiary fibers 5-10,62-18 micrometers. The megascleres, of the oxea type, have sizes of 48-121 x 2 - 8 μm, and the microscleres, of the toxa type, from 8 to 19 micrometers. Three molecular markers were used: the mitochondrial 16S and cox1, and the internal transcribed spacers (ITS1 and ITS2) of the nuclear ribosomal RNA. After extraction of the total genomic DNA, each marker was amplified and sequenced in an automatic sequencer. The sequences were edited with the DNASTAR SeqMan® 7.1 program, aligned with the v6.935 MAFFT program, and the relationship between them, reconstructed using the MEGA6 program. Our results have shown that the color morphs are a single species.
Palavras-chave: Biodiversidade
Espécies crípticas
Taxonomia
Esponja
Esponja - Morfologia
Biodiversity
Cryptic species
Taxonomy
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Citação: VIEIRALVES, Thomáz. Variabilidade morfológica e genética associadas aos morfotipos de cor de Callyspongia sp. nov. com comentários sobre a plasticidade fenotípica em Porifera. 2016. 122 f. Tese (Doutorado em Ecologia e Evolução) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21908
Data de defesa: 29-Ago-2016
Aparece nas coleções:Doutorado em Ecologia e Evolução

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