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Tipo do documento: Dissertação
Título: “Mas lápis marrom pode ser cor de pele?” : experiências antirracistas de ensino de língua inglesa em séries iniciais de uma escola pública do município de Niterói/RJ
Título(s) alternativo(s): “But can brown pencil be a skin color?": antiracist English language teaching experiences in early grades of a public school in the municipality of Niterói/RJ
Autor: Viégas, Vanessa da Fonte Cabral 
Primeiro orientador: Oliveira, Marcia Lisbôa Costa de
Primeiro membro da banca: Pereira, Maria Betânia Almeida
Segundo membro da banca: Silva, Simone Batista da
Resumo: Esta pesquisa de mestrado parte do pressuposto de que a grande maioria das histórias às quais as crianças têm acesso são as que enaltecem os padrões hegemônicos de beleza, utilizando-se de exemplos embranquecidos. Tal fato contribui para moldar o que essas crianças pensam sobre o mundo e sobre si mesmas. Isso posto, ressalta-se que o presente estudo aborda o ensino de língua inglesa no primeiro ciclo da educação básica de uma escola municipal de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. Nessa perspectiva, problematiza-se a diversidade apresentada na turma em questão por meio de práticas de letramentos que possam levar a uma educação reflexiva e decolonial no ensino de língua inglesa. Assim, visando a uma proposta dialógica, participativa e emancipatória (HOOKS, 2017, 2019, 2020, 2021), essa pesquisa adota a pedagogia crítica freireana (FREIRE, 2000, 2003, 2013, 2014) para propor atividades que possam levar os discentes a construírem, de forma crítica, conhecimentos sobre suas presenças e espaços que ocupam. Além do pensamento freireano, as concepções do pensamento decolonial latino-americano (QUIJANO, 2000, 2005; MIGNOLO, 2003, 2007, 2017), os princípios de multimodalidade (ROJO, 2012; KALANTZIS e COPE, 2012; KALANTZIS, COPE e PINHEIRO, 2020) bem como formulações sobre letramentos críticos (FREEBODY e LUKE, 1999) e letramento ideológico (STREET, 2003, 2014) também aparecem como aportes teórico-metodológicos que auxiliam na construção de uma abordagem de uma educação crítica e antirracista. Os resultados obtidos durante a realização da pesquisa indicam que as atividades feitas junto aos discentes configuram importantes ferramentas para a transformação social, haja vista que, ao se perceberem como protagonistas de histórias importantes, pensando de forma menos colonizada, as crianças desencadearam mudanças em suas próprias concepções e na comunidade em que circulam. Ao final desse estudo, apresento sugestões de atividades de cunho antirracista que poderão ser usadas em aulas de língua estrangeira. As atividades propostas foram estruturadas em um caderno pedagógico e mostram que é possível deslocar o ensino de língua estrangeira do lugar de neutralidade que muitas vezes ocupa, levando aos alunos a possibilidade de começarem a questionar o status quo de forma significativa e prazerosa.
Abstract: This master's research assumes that the vast majority of stories that children have access to are those that praise hegemonic standards of beauty, using whitewashed examples. This fact contributes to shaping what these children think about the world and about themselves. That said, it is noteworthy that the present study addresses English language teaching in the first cycle of basic education at a municipal school in Niterói, in the State of Rio de Janeiro. From this perspective, the diversity presented in the class in question is problematized through literacy practices that can lead to a reflective and decolonial education in English language teaching. Thus, aiming at a dialogical, participatory and emancipatory proposal (HOOKS, 2017, 2019, 2020, 2021), this research adopts Freire's critical pedagogy (FREIRE, 2000, 2003, 2013, 2014) to propose activities that can lead students to critically build knowledge about their presence and the spaces they occupy. In addition to Freirean thought, the concepts of Latin American decolonial thought (QUIJANO, 2000, 2005; MIGNOLO, 2003, 2007, 2017), the principles of multimodality (ROJO, 2012; KALANTZIS and COPE, 2012; KALANTZIS, COPE and PINHEIRO, 2020) as well as formulations on critical literacies (FREEBODY and LUKE, 1999) and ideological literacy (STREET, 2003, 2014) also appear as theoretical-methodological contributions that help in the construction of an approach to critical and anti-racist education. The results obtained during the research indicate that the activities carried out with the students constitute important tools for social transformation, considering that, by perceiving themselves as protagonists of important stories, thinking in a less colonized way, the children triggered changes in their own lives. conceptions and the community in which they circulate. At the end of this study, suggestions for antiracist activities are presented that could be used in foreign language classes. The proposed activities were structured in a pedagogical notebook and show that it is possible to move foreign language teaching from the place of neutrality it often occupies, giving students the possibility of beginning to question the status quo in a meaningful and enjoyable way.
Palavras-chave: Critical education
Anti-racist education
English language teaching
Educação crítica
Educação antirracista
Ensino de língua inglesa
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística
Citação: VIÉGAS, V. da F. C. “Mas lápis marrom pode ser cor de pele?”: experiências antirracistas de ensino de língua inglesa em séries iniciais de uma escola pública do município de Niterói/RJ. 2023. 162 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Linguística) – Faculdade de Formação de Professores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, São Gonçalo, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22072
Data de defesa: 12-Dez-2023
Aparece nas coleções:Mestrado em Letras e Linguística



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