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Tipo do documento: Dissertação
Título: Revisão da ordem Hybodontiformes Patterson, 1966 (Chondrichthyes) da Formação Alcântara, Bacia de São Luís, Cretáceo do Maranhão: importância sistemática, biogeográfica e bioestratigráfica
Título(s) alternativo(s): Review of the order Hybodontiformes Patterson, 1966 (Chondrichthyes) from the alcântara formation, São Luís basin, cretaceous of Maranhão: systematic, biogeographic and biostratigraphic importance
Autor: Neves, Gabrielle Silva 
Primeiro orientador: Brito, Paulo Marques Machado
Primeiro membro da banca: Araújo Jr., Hermínio Ismael de
Segundo membro da banca: Mayrink, Diogo de
Terceiro membro da banca: Medeiros, Manuel Alfredo Araújo
Resumo: Os tubarões da ordem Hybodontiformes apresentam seu primeiro registro no final do Devoniano, e desde então se estabeleceram como grupo dominante no ambiente marinho. No entanto, durante o Mesozoico, possivelmente devido à competição com os neoseláquios no ambiente marinho, migraram e conquistaram o ambiente de água doce. Foi então no ambiente de água doce que esse grupo tornou-se consideravelmente mais diverso. Dentre os diferentes táxons que compõem essa ordem, parte deles é conhecida da região norte do Gondwana, Cretáceo. O presente estudo visa realizar uma revisão dos Hybodontiformes da localidade Laje do Coringa, um afloramento da Formação Alcântara (Albiano Superior - Cenomaniano) da Bacia de São Luís, estado do Maranhão, Nordeste do Brasil. Para isso, inúmeros espécimes incluindo dentes orais (dez espécimes), espinhos cefálicos e espinhos de nadadeiras dorsais foram analisados e descritos morfológica e quimicamente. Todos os espécimes foram encontrados desarticulados e apresentam desgastes. Parte dos dentes orais descritos no presente trabalho caracterizam a primeira ocorrência de Aegyptobatus cf. kuehnei e Distobatus cf. nutidae, táxons originalmente descrito na Formação Bahariya do Egito, fora do continente africano. Dentre os espinhos cefálicos (dez espécimes), seis apresentaram a base em formato de T, característica atribuída às espécies de Hybodontiformes da família Hybodontidae, e quatro apresentaram a base em formato de seta, característica atribuída à família Lonchidiidae. Já os espinhos de nadadeiras dorsais (três espécimes) apresentam costelas longitudinais dispostas na lateral do espinho. Todavia, a presença dos dentículos posteriores foi observada em apenas dois dos espinhos de nadadeiras dorsais. Embora os três espinhos de nadadeiras dorsais apresentem sutis diferenças entre si, não foi possível estabelecer definições a nível taxonômico, visto que, os espinhos de nadadeiras dorsais, geralmente, não são considerados caracteres diagnósticos. O resultado das análises químicas, realizadas em seis espécimes de espinhos cefálicos, mostraram que são compostos principalmente por Fosfato de Cálcio e apresentam Silicato de Alumínio, interpretado como resultado de impregnação fossildiagenética. O registro de Hybodontiformes na Bacia de São Luís até então havia sido atribuído a Tribodus cf. limae. No entanto, nosso estudo confirma que Tribodus limae Brito e Ferreira (1989) tem sua ocorrência registrada apenas no Eocretáceo, Aptiano/?Albiano (das formações Santana e Quiricó, respectivamente nas bacias do Araripe e Sanfranciscana), enquanto os espécimes da assembleia fossilífera da Formação Alcântara (Neoalbiano-Cenomaniano), bem diferentes morfologicamente de T. limae, pertencem a outros táxons, com afinidades africanas conhecidas na parte Norte do Gondwana.
Abstract: The sharks of the Hybodontiformes order present their first record dating back to the end of the Devonian period. Since then, they have established themselves as a dominant group in the marine environment. However, during the Mesozoic, possibly due to competition with neoselachians in the marine environment, they migrated and conquered freshwater environment. It was in the freshwater environment that this group became significantly more diverse. Among the different taxa that compose this order, some are known from the northern Gondwana region, during the Cretaceous. The present study aims to review the Hybodontiformes at the bonebed Laje do Coringa locality, an outcrop of the Alcântara Formation (Upper Albian - Cenomanian) in the São Luís Basin, Maranhão state, Northeast Brazil. For this purpose, numerous specimens including oral teeth (ten specimens), cephalic spines, and dorsal fin spines were morphologically and chemically analyzed and described. All specimens were found disarticulated and show signs of wear. Parto of the oral teeth described in this study represent the first occurrence of Aegyptobatus cf. kuehnei and Distobatus cf. nutidae, taxa originally described in the Bahariya Formation of Egypt, outside the African continent. Among the cephalic spines (ten specimens), six had a T-shaped base, a characteristic attributed to species of Hybodontiformes in the family Hybodontidae, and four had an arrow-shaped base, a characteristic attributed to the family Lonchidiidae. As for the dorsal fin spines (three specimens), they exhibit longitudinal ribs arranged on the side of the spine. However, the presence of posterior denticles was observed in only two of the dorsal fin spines. Although the three dorsal fin spines present subtle differences among them, it was not possible to establish taxonomic definitions, as dorsal fin spines are generally not considered diagnostic characters. The results of chemical analyses conducted on six cephalic spine specimens showed that they are mainly composed of Calcium Phosphate and contain Aluminum Silicate, interpreted as a result of fossil diagenetic impregnation. The record of Hybodontiformes in the São Luís Basin had previously been attributed to Tribodus cf. limae. However, our study confirms that Tribodus limae Brito and Ferreira (1989) is only recorded in the Early Cretaceous, Aptian/?Albian (from the Santana and Quiricó formations, respectively in the Araripe and Sanfranciscana basins), while the specimens from the fossil assemblage of the Alcântara Formation (Neoalbian-Cenomanian), morphologically quite different from T. limae, belong to other taxa with known African affinities in the northern part of Gondwana.
Palavras-chave: Hybodontiformes
Dentes orais
Espinhos cefálicos
Cretáceo
Brasil
Cephalic spines
Oral teeth
Cretaceous
Brazil
Área(s) do CNPq: CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Geociências
Citação: NEVES, Gabrielle Silva. Revisão da ordem Hybodontiformes Patterson, 1966 (Chondrichthyes) da Formação Alcântara, Bacia de São Luís, Cretáceo do Maranhão: importância sistemática, biogeográfica e bioestratigráfica. 2024. 76 f. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Faculdade de Geologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Embargado
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22761
Data de defesa: 19-Ago-2024
Aparece nas coleções:Mestrado em Geociências



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