Compartilhamento |
![]() ![]() |
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22868
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Una Minga por la Vida: Deslocamento/Desenraizamento Forçado e Resistência/(Re)existência de Comunidades Étnicas na Colômbia (1995-2022) |
Título(s) alternativo(s): | Una Minga por la Vida: Desplazamiento/Desarraigo Forzado y Resistencia/(Re)existencia de Comunidades Étnicas en Colombia (1995-2022) Una Minga por la Vida: Forced Displacement/Deracination and Resistance/(Re)existence of Ethnic Communities in Colombia (1995-2022) |
Autor: | Jesus, Raquel Araújo de ![]() |
Primeiro orientador: | Lessa, Mônica Leite |
Primeiro membro da banca: | Tabak, Jana |
Segundo membro da banca: | Gonçalves, Williams da Silva |
Terceiro membro da banca: | Cavalcanti, Flavia Guerra |
Quarto membro da banca: | Souza, André Luiz Coelho Farias de |
Quinto membro da banca: | Rodrigues, Thiago Moreira de Souza |
Resumo: | A Colômbia é palco de uma das mais graves crises humanitárias da América do Sul. Com um conflito armado interno, que perdura desde meados do século XX, foram registradas oficialmente mais de nove milhões de vítimas no país. Segundo os dados oficiais do governo, deste total, cerca de oito milhões de pessoas foram deslocadas, desenraizadas, de suas casas, de seus territórios, de seus modos culturais de vida, pois sua sobrevivência física, imediata, estava ameaçada. Dentre elas, uma parcela significativa é indígena e afrodescendente, minorias étnicas que têm sido desproporcionalmente afetadas pela guerra. Apesar do cenário alarmante, a tragédia humanitária colombiana segue silenciada e pouco conhecida no âmbito internacional, em geral, e no Brasil, em específico. No campo de estudos das Relações Internacionais (RI), também tem sido notória a marginalização da problemática. Em grande medida, isso ocorre porque os interesses da área continuam sendo ditados segundo os termos e agendas do Norte Global, isto é, dos Estados Unidos e da Europa. Em vista disso, compartilhamos nesta tese do posicionamento de que é necessário descolonizarmos as RI e, para tanto, propomos o que entendemos como sendo uma disciplina de RI pós-abissal. Isto é, baseada em uma ontologia relacional, aberta ao pluriverso, e que, portanto, leva a sério e valoriza as vozes, conhecimentos, saberes e experiências do Sul Global plural. Com isso, tensionamos as fronteiras constitutivas da disciplina a fim de centrar a problemática do deslocamento/desenraizamento forçado de comunidades étnicas na Colômbia como um tema legítimo de ser estudado na área. Assim, logramos evidenciar como existem dinâmicas, interesses e políticas internacionais imbricados na questão da mobilidade humana forçada no país. Situando a pesquisa dentro do programa das Epistemologias do Sul e da linha de estudos de migrações de crise, articulamos os pensamentos pós/decolonial e pós-estruturalista, de inspiração foucaultiana, para analisar, desde uma perspectiva histórica, como as práticas de produção, gestão/governo e resistência/(re)existência do deslocamento/desenraizamento das comunidades étnicas colombianas estão entrelaçadas com um sistema, bem como imaginário, colonial, racista, capitalista e patriarcal. Por meio da praxiografia, enquanto metodologia estratégica analítica, analisamos: de que modo estes grupos, e, em especial, as mulheres, são afetados/as pela guerra; como a “comunidade internacional”, representada na figura do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), tem avançado uma lógica de gestão migratória, que visa manter essas pessoas em seu respectivo território nacional; e como, apesar da(s) violência(s) os povos étnicos seguem resistindo, ou (re)existindo, reivindicando direitos e ressignificando suas vidas e existências. O resultado é a produção de um entendimento outro, diverso, sobre o tema, que toma como marco temporal os anos entre 1995 e 2022, e que visa “co-laborar” para o processo de construção da justiça cognitiva e social na Colômbia. |
Abstract: | Colombia is the scene of one of the most serious humanitarian crises in South America.
With an internal armed conflict, which has lasted since the mid-twentieth century, more than
nine million people were officially registered as victims in the country. According to official
government data, of this total, about eight million people were displaced, uprooted, from their
homes, their territories, their cultural ways of life, as their immediate physical survival was
threatened. Among them, a significant parcel are indigenous and afrodescendant, ethnic
minorities that have been disproportionately affected by the war. Despite the alarming scenario, the Colombian humanitarian tragedy remains silent and little known internationally, in general, and in Brazil, specifically. In the field of International Relations (IR), the marginalization of this problematic has also been notorious. To a large extent, this occurs because the area's interests continue to be dictated according to the terms and agendas of the Global North, that is, the United States and Europe. Because of that, in this thesis we share the position that it is necessary to decolonize IR and, for that, we propose what we understand as a post-abyssal IR discipline. That is, based on a relational ontology, open to the pluriverse, and which, therefore, takes seriously and values the voices, knowledges and experiences of the plural Global South. With this, we tension the constitutive boundaries of the discipline in order to center the issue of forced displacement/uprooting of ethnic communities in Colombia as a legitimate topic to be studied in the area. Thus, we were able to evidence how there are international dynamics, interests and policies intertwined with the issue of forced human mobility in the country. Situating the research within the program Epistemologies of the South and the line of studies on crisis migrations, we articulate perspectives of post/decolonial thought and poststructuralism, inspired by Foucault, to analyze, from a historical perspective, how the practices of production, management/government and resistance/(re)existence of the displacement/uprooting of Colombian ethnic communities are intertwined with a system, as well as an imaginary, that is colonial, racist, capitalist and patriarchal. Through praxiography, as a strategic analytical methodology, we analyze: how these groups, and especially women, are affected by the war; how the “international community”, represented in the figure of the United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR), has advanced a logic of migratory management, which aims to keep these people in their respective national territory; and how, despite the violence(s), ethnic peoples continue to resist, or (re)exist, claiming rights and giving new meaning to their lives and existences. The result is the production of another, diverse understanding of the subject, which takes the years between 1995 and 2022 as a timeframe, and which aims to “co-laborate” in the process of building cognitive and social justice in Colombia. Colombia es escenario de una de las crisis humanitarias más graves de América del Sur. Con un conflicto armado interno, que se prolonga desde mediados del siglo XX, en el país se registraron oficialmente más de nueve millones de víctimas. Según datos oficiales del gobierno, de ese total, cerca de ocho millones de personas fueron desplazadas, desarraigadas, de sus hogares, de sus territorios, de sus formas culturales de vida, pues su supervivencia física inmediata se vio amenazada. Entre ellos, una parte importante son indígenas y afrodescendientes, minorías étnicas que se han visto afectadas de manera desproporcionada por la guerra. A pesar del alarmante escenario, la tragedia humanitaria colombiana sigue siendo silenciosa y poco conocida a nivel internacional, en general, y en Brasil, en específico. En el campo de estudios de las Relaciones Internacionales (RI), la marginación de la problemática también ha sido notoria. En gran medida, esto ocurre porque los intereses del área siguen dictándose según los términos y agendas del Norte Global, es decir, Estados Unidos y Europa. Ante ello, en esta tesis compartimos la posición de que es necesario descolonizar las RI y, para tanto, proponemos lo que entendemos como una disciplina de las RI post-abisal. Es decir, basada en una ontología relacional, abierta al pluriverso, y que, por tanto, toma en serio y valora las voces, conocimientos, saberes y experiencias del Sur Global plural. Con ello tensionamos los límites constitutivos de la disciplina para poner en centro el tema del desplazamiento/desarraigo forzado de comunidades étnicas en Colombia como un tema legítimo a ser estudiado en el área. Así, logramos evidenciar cómo existen dinámicas, intereses y políticas internacionales entrelazadas en el tema de la movilidad humana forzada en el país. Situando la investigación dentro del programa de las Epistemologías del Sur y de la línea de estudios sobre migraciones de crisis, articulamos pensamientos post/decoloniales y postestructuralistas, de inspiración foucaultiana, para analizar, desde una perspectiva histórica, cómo las prácticas de producción, gestión/gobierno y de resistencia/(re)existencia del desplazamiento/desarraigo de las comunidades étnicas colombianas se entrelazan con un sistema, así como imaginario, colonial, racista, capitalista y patriarcal. A través de la praxiografía, como metodología analítica estratégica, analizamos: cómo estos grupos, y en especial las mujeres, se ven afectados por la guerra; cómo la “comunidad internacional”, representada en la figura del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados (ACNUR), ha adelantado una lógica de gestión migratoria, que apunta a mantener a estas personas en su respectivo territorio nacional; y cómo, a pesar de la(s) violencia(s), los pueblos étnicos continúan resistiendo, o (re)existiendo, reivindicando derechos y dando un nuevo sentido a sus vidas y existencias. El resultado es la producción de una comprensión otra, diversa, sobre el tema, que toma como marco temporal los años comprendidos entre 1995 y 2022, y que pretende “co-laborar” en el proceso de construcción de la justicia cognitiva y social en Colombia. |
Palavras-chave: | Migraciones forzadas Desplazamiento forzado Desarraigo Relaciones internacionales Epistemologías del Sur Decolonialidad Resistencia Forced migrations Forced displacement Deracination Ethnic communities International relations Epistemologies of the South Decoloniality Resistance Colômbia Migrações forçadas Deslocamento forçado Desenraizamento Comunidades étnicas Relações internacionais Epistemologias do Sul Decolonialidade Resistência 1995-2022 |
Área(s) do CNPq: | OUTROS::RELACOES INTERNACIONAIS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais |
Citação: | JESUS, R. A. de. Una Minga por la Vida: Deslocamento/Desenraizamento Forçado e Resistência/(Re)existência de Comunidades Étnicas na Colômbia (1995-2022). 2023. 330 f. Tese (Doutorado em Relações Internacionais) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023. |
Tipo de acesso: | Acesso Embargado |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22868 |
Data de defesa: | 27-Jan-2023 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Relações Internacionais |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Tese - Raquel Araújo de Jesus - 2023 - Completa.pdf | 4,6 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia | |
Tese - Raquel Araújo de Jesus - 2023 - Parcial.pdf | 1,78 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.