Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23105
Tipo do documento: Dissertação
Título: Acesso, permanência e (re)existência: a invisibilizada presença de universitários indígenas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Título(s) alternativo(s): Acceso, permanencia y (re)existencia: la presencia invisible de estudiantes universitarios indígenas en la Universidad Estatal de Río de Janeiro
Autor: Nunes, Francine Cristina de Menezes 
Primeiro orientador: Souza, Kelly Cristina Russo de
Primeiro membro da banca: Valentim, Daniela Frida Drelich
Segundo membro da banca: Freire, Letícia de Luna
Resumo: Esta dissertação buscou conhecer, analisar e problematizar o acesso e a permanência de universitários indígenas na UERJ. Ao longo dos últimos dez anos, buscamos informações sobre a presença desses estudantes na instituição e deparamo-nos com muitos desafios. O primeiro deles foi a dificuldade de acesso aos dados sobre estudantes cotistas indígenas na UERJ. Em seguida, precisamos ultrapassar vários obstáculos para conseguir localizá-los nos diferentes cursos onde estavam inscritos e convidá-los a participar de modo ativo na pesquisa. Dialogamos teoricamente com os seguintes autores: Baniwa (2019); Lisbôa (2024), Kayapó e Schwingel (2021), Milanez (2019), Núñez (2022), Paulino (2008), Valentim (2012), dentre outros. A pesquisa tem natureza qualitativa, é um estudo de caso, inspirada na metodologia da pesquisa-ação (FALS BORDA, 1978), com o propósito de envolver os universitários indígenas no fazer investigativo, buscando realizar rodas de conversas e inseri-los em discussões institucionais, junto com o NEPIIE, para fortalecer o primeiro Coletivo de Estudantes Indígenas da UERJ. Empreendemos a análise documental da legislação pertinente à política de ação afirmativa voltada ao acesso das populações indígenas à UERJ, definida pelas Leis Estaduais n.º 3.524/ 2000, a Lei n.º 3.708/ 2001, Lei n.º 4.151/ 2003, Lei n.º 5.346/ 2008 e a Lei n.º 8.121/2018. Durante a investigação, percebemos o quanto a presença indígena é invisibilizada dentro da UERJ. Questionamo-nos como o racismo institucional anti-indígena tem operado. Verificamos como a legislação vai sendo alterada tornando mais ou menos explícito o termo indígena e como isso vai mudando o acesso dos estudantes indígenas. A partir do acesso e análise dos documentos internos da UERJ, foi possível estimular e acompanhar as rodas de conversa com as universitárias indígenas, que possibilitaram a construção do Primeiro Coletivo Indígena da UERJ, o Yandé Iwí Mimbira. Com base nelas, elegemos seis categorias de análise: racismo anti-indígena, repensando a categoria “Pardo” como um apagamento da identidade indígena, o acesso de estudantes indígenas na UERJ, os desafios para a permanência na universidade, estratégias para a permanência: criando redes de apoio e protagonismo indígena dentro da universidade. Quanto ao protagonismo, ele esteve presente na construção do Coletivo Indígena da UERJ e na relação que está sendo construída com os Coletivos Indígenas da UFF, UNIRIO e UFRJ, fundamental à discussão e luta por um vestibular específico que garanta o acesso e a permanência dos universitários indígenas dessas instituições.
Abstract: Esta disertación buscó comprender, analizar y problematizar el acceso y permanencia de estudiantes universitarios indígenas en la UERJ. Durante los últimos diez años hemos buscado información sobre la presencia de estos estudiantes en la institución y hemos encontrado muchos desafíos. El primero de ellos fue la dificultad para acceder a datos sobre los estudiantes indígenas de cuota de la UERJ. A continuación, fue necesario superar varios obstáculos para poder ubicarlos en los diferentes cursos donde estaban matriculados e invitarlos a participar activamente en la investigación. Dialogamos teóricamente con los siguientes autores: Baniwa (2019); Lisbôa (2024), Kayapó y Schwingel (2021), Milanez (2019), Núñez (2022), Paulino (2008), Valentim (2012), entre otros. La investigación es de carácter cualitativo, se trata de un estudio de caso, inspirado en la metodología de la investigación acción (FALS BORDA, 1978), con el propósito de involucrar a estudiantes universitarios indígenas en el trabajo investigativo, buscando sostener círculos de conversación e insertarlos en las discusiones institucionales. , junto a NEPIIE, para fortalecer el primer Colectivo de Estudiantes Indígenas de la UERJ. Se realizó un análisis documental de la legislación pertinente a la política de acción afirmativa orientada al acceso de las poblaciones indígenas a la UERJ, definida por las Leyes Estatales n.º 3.524/2000, Ley n.º 3.708/2001, Ley n.º 4.151/2003, Ley n.º 5.346/2008 y Ley n.º 8.121/2018. Durante la investigación, nos dimos cuenta de cuánto se invisibiliza la presencia indígena dentro de la UERJ. Cuestionamos cómo ha operado el racismo institucional antiindígena. Verificamos cómo se está cambiando la legislación, haciendo más o menos explícito el término indígena y cómo esto está cambiando el acceso de los estudiantes indígenas. Al acceder y analizar documentos internos de la UERJ, fue posible estimular y acompañar círculos de conversación con universitarios indígenas, que permitieron la construcción del Primer Colectivo Indígena de la UERJ, Yandé Iwí Mimbira. A partir de ellos, elegimos seis categorías de análisis: racismo antiindígena, repensar la categoría “Marrón” como borrado de la identidad indígena, acceso de los estudiantes indígenas a la UERJ, los desafíos para la permanencia en la universidad, estrategias para la permanencia: generar apoyo redes y liderazgo indígena dentro de la universidad. En cuanto a su protagonismo, estuvo presente en la construcción del Colectivo Indígena UERJ y en la relación que se construye con los Colectivos Indígenas de la UFF, UNIRIO y UFRJ, fundamentales para la discusión y lucha por un examen de ingreso específico que garantice el acceso y la permanencia de estudiantes universitarios indígenas de estas instituciones.
Palavras-chave: Pueblos Indígenas
Educación superior
Acciones afirmativas
Colectivos de Estudiantes Indígenas
Povos Indígenas
Ensino Superior
Ações Afirmativas
Coletivos de Estudantes Indígenas
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Citação: NUNES, Francine Cristina de Menezes. Acesso, permanência e (re)existência: a invisibilizada presença de universitários indígenas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2024. 145 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Cultura e Comunicação) - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23105
Data de defesa: 2-Ago-2024
Aparece nas coleções:Mestrado em Educação, Cultura e Comunicação



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.