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http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23193
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Alimentação de estudantes universitários no período pós pandemia: relação com a vulnerabilidade social e o ambiente alimentar universitário |
Título(s) alternativo(s): | Diet of university students in the post-pandemic period: relationship with the social vulnerability and the university food environment |
Autor: | José, Maria Eduarda Ribeiro ![]() |
Primeiro orientador: | Canella, Daniela Silva |
Primeiro membro da banca: | Curioni, Cintia Chaves |
Segundo membro da banca: | Bandoni, Daniel Henrique |
Terceiro membro da banca: | Meireles, Adriana Lúcia |
Quarto membro da banca: | Hofelmann, Doroteia Aparecida |
Resumo: | O ingresso na universidade é geralmente marcado por uma série de mudanças na vida do adolescente que se torna adulto jovem. Essas mudanças podem resultar em alterações na alimentação, aumento nas atividades sedentárias, piora na qualidade do sono, uso de drogas lícitas e ilícitas, na vivência de uma situação de insegurança alimentar e no ganho de peso excessivo. Os universitários passam ao menos quatro anos de suas vidas expostos aos campi de sua universidade, e nesse período podem adquirir hábitos alimentares que se manterão na vida adulta, logo a promoção da alimentação saudável neste espaço é fundamental. No entanto, a literatura mostra que o ambiente alimentar universitário tende a ter uma alta oferta de alimentos ultraprocessados. Assim, os objetivos do estudo são: descrever a alimentação de estudantes ingressantes na universidade segundo situação de vulnerabilidade social (Eixo 1 – transversal); avaliar a evolução da alimentação de estudantes após um ano de ingresso na universidade (Eixo 2 - Coorte); analisar a relação entre mudanças na alimentação de acordo com o uso do restaurante universitário e de estabelecimentos comerciais presentes no ambiente alimentar universitário (Eixo 2 - Coorte). Trata-se de um estudo de coorte, quantitativo, com amostra de conveniência, que foi realizado com estudantes ingressantes nos cursos de graduação de uma universidade do Rio de Janeiro. Todos os indivíduos maiores de 18 anos de idade que tenham ingressado em qualquer curso de graduação na universidade em 2022 foram elegíveis para o estudo. Os participantes foram recrutados via e-mail, no qual foi enviado o formulário eletrônico autoaplicável. Os questionários abordaram os seguintes temas: dados pessoais e características sociodemográficas, estado nutricional e saúde, alimentação no dia anterior, práticas alimentares, segurança alimentar e nutricional, comportamentos, doenças crônicas não transmissíveis, sono, depressão, ansiedade e estresse, bens no domicílio, e ambiente alimentar universitário. Eixo 1: Análises transversais foram realizadas com os estudantes do baseline, que aconteceu no primeiro semestre letivo de 2022 da UERJ, de junho a outubro de 2022, e, como alguns cursos têm entrada de estudantes duas vezes ao ano, aconteceu uma nova coleta com ingressantes do segundo semestre de 2022, de outubro de 2022 a fevereiro de 2023. A partir de dados do baseline, com 924 estudantes, foi observado que a vulnerabilidade social, avaliada por meio da forma de ingresso na universidade, pelo escore socioeconômico e pela situação de segurança alimentar, influenciou significativamente o consumo alimentar desses estudantes. Alimentos in natura ou minimamente processados foram mais consumidos por estudantes de maior nível socioeconômico, não cotistas e aqueles em situação de segurança alimentar. Em contraste, o consumo de alimentos ultraprocessados mostrou-se menos influenciado por estas variáveis. Eixo 2: Estudo de coorte foi realizado com estudantes que também participaram da segunda coleta, realizada de abril a dezembro de 2023. Analisando os dados de 527 estudantes, identificou-se que o perfil de consumo alimentar, no geral, se manteve estável. Estudantes não cotistas frequentaram mais o restaurante universitário, o que foi relacionado ao maior consumo de hortaliças e alimentos in natura. Por outro lado, o consumo de alimentos ultraprocessados não diferiu significativamente entre frequentadores e não frequentadores do restaurante universitário. A utilização de estabelecimentos comerciais nos campi foi maior no lanche, sem diferença entre os estudantes, e foi verificado um maior consumo de ultraprocessados entre quem fez 3 ou mais refeições nestes estabelecimentos ao longo da semana. Os dados mostram que estudantes mais vulneráveis socialmente tiveram menor consumo de alimentos saudáveis e a influência positiva do restaurante universitário na qualidade da alimentação, reforçando a importância de políticas de permanência estudantil para apoiar os estudantes, além de intervenções no ambiente alimentar direcionadas à promoção de hábitos alimentares saudáveis. |
Abstract: | Entering university is usually marked by a series of changes in the lives of adolescents who become young adults. These changes can result in changes in diet, increased sedentary activities, poorer sleep quality, use of legal and illegal drugs, food insecurity, and excessive weight gain. University students spend at least four years of their lives exposed to their university campuses, and during this period they can acquire eating habits that will continue into adulthood, so promoting healthy eating in this space is essential. However, the literature shows that the university food environment tends to have a high supply of ultra-processed foods. Thus, the objectives of the study are: to describe the diet of students entering university according to their situation of social vulnerability (Axis 1 - cross-sectional); to evaluate the evolution of students' diets after one year of entering university (Axis 2 - Cohort); to analyse the relationship between changes in diet according to the use of the university cafeteria and commercial establishments present in the university food environment (Axis 2 - Cohort). This is a quantitative cohort study with a convenience sample, which was conducted with students entering undergraduate courses at a university in Rio de Janeiro. All individuals over 18 years of age who had entered any undergraduate course at the university in 2022 were eligible for the study. Participants were recruited via email, to which a self-administered electronic form was sent. The questionnaires addressed the following topics: personal data and sociodemographic characteristics, nutritional status and health, diet on the previous day, eating habits, food and nutritional security, behaviours, chronic noncommunicable diseases, sleep, depression, anxiety and stress, household goods, and university food environment. Axis 1: Cross-sectional analyses were carried out with baseline students, which took place in the first semester of 2022 at UERJ, from June to October 2022, and, as some courses have students admitted twice a year, a new collection was carried out with students entering the second semester of 2022, from October 2022 to February 2023. Based on baseline data, with 924 students, it was observed that social vulnerability, assessed through the form of university admission, socioeconomic score and food security situation, significantly influenced the food consumption of these students. Natural or minimally processed foods were consumed more by students with a higher socioeconomic level, non-quota students and those in a food security situation. In contrast, the consumption of ultra-processed foods was less influenced by these variables. Axis 2: A cohort study was conducted with students who also participated in the second collection, carried out from April to December 2023. Analysing the data from 527 students, it was identified that the food consumption profile, in general, remained stable. Non-quota students frequented the university cafeteria more, which was related to the greater consumption of vegetables and natural foods. On the other hand, the consumption of ultra-processed foods did not differ significantly between those who frequented the university cafeteria and those who did not. The use of commercial establishments on campus was greater for snacks, with no difference among students, and a higher consumption of ultra-processed foods was observed among those who ate 3 or more meals in these establishments throughout the week. The data show that more socially vulnerable students had a lower consumption of healthy foods and the positive influence of the university cafeteria on the quality of food, reinforcing the importance of student retention policies to support students, in addition to interventions in the food environment aimed at promoting healthy eating habits. |
Palavras-chave: | College Student Food Food and nutrition security Food environment Estudante universitário Alimentação Segurança alimentar e nutricional Ambiente alimentar |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro Biomédico::Instituto de Nutrição |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Citação: | JOSÉ, Maria Eduarda Ribeiro. Alimentação de estudantes universitários no período pós pandemia: relação com a vulnerabilidade social e o ambiente alimentar universitário. 2024. 162 f. Tese (Doutorado em Alimentação, Nutrição e Saúde) - Instituto de Nutrição, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23193 |
Data de defesa: | 27-Ago-2024 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Arquivos associados a este item:
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