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Tipo do documento: Dissertação
Título: Estudo de polimorfismos da região controle (D-loop) do DNA mitocondrial em pacientes com diabetes tipo 1: relação com a cor autodeclarada em pais e avós
Título(s) alternativo(s): Study of mitochondrial DNA control region (D-loop) polymorphisms in patients with type 1 diabetes: relationship between self-reported color in parents and grandparents
Autor: Ferreira, Lívia Leite 
Primeiro orientador: Gomes, Marília Brito
Primeiro coorientador: Silva, Dayse Aparecida da
Primeiro membro da banca: Oliveira, Carlos Fernando Araújo Lima de
Segundo membro da banca: Carvalho, Elizeu Fagundes de
Terceiro membro da banca: Pôrto, Luis Cristóvão de Moraes Sobrino
Resumo: A população brasileira é fruto da miscigenação entre três principais grupos étnicos diversos: ameríndios, europeus e africanos. Ao longo dos séculos de colonização, estas populações se misturaram de forma heterogênea, gerando o pool genético dos brasileiros. Cada região demográfica brasileira irá apresentar uma particularidade em sua população, decorrente dos diferentes padrões de miscigenação e migrações. A diabetes mellitus tipo I (DM1) é a endocrinopatia mais comum na infância e adolescência, apresentando uma incidência maior em indivíduos que se autodeclaram brancos. O sistema de autodeclaração em populações miscigenadas, como a brasileira, é falho. Uma vez que características fenotípicas como cor da pele não expressam de forma fidedigna a ancestralidade genotípica do indivíduo. Com 16569 pares de base, o DNA mitocondrial humano possui uma alta variabilidade genética. A inferência de dados do mtDNA nos permite caracterizar a ancestralidade de origem matrilinear dos indivíduos, sendo um importante marcador genético para estudos populacionais. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi comparar a ancestralidade matrilinear de indivíduos com DM1 do Brasil com dados gerais da população brasileira acerca sua cor autodeclarada e região de nascimento. Para isso, o sequenciamento da região controle do mtDNA foi realizado para 204 pacientes diabéticos das regiões Norte (7); Nordeste (103); Sudeste (81) e Sul (13). Os resultados mostraram uma diversidade molecular alta, com a presença de 190 haplótipos únicos dentro do universo de 204 possíveis. Os haplogrupos de origem ameríndia foram os mais comuns, sendo o clado C o mais comum (38%). Os dados estratificados por região mostram que na Região Nordeste 38,8% apresentaram ancestralidade matrilinear de origem africana, 15,5% de origem europeia e 46,6% de origem ameríndia. Na região Sudeste a origem africana foi de 43,2%, 17,2% de origem europeia e 39,5% de origem ameríndia. Os pacientes da Região Norte apresentaram uma origem matrilinear representada por 28,5% africana e 71,4% de origem nativa americana. E os indivíduos da Região Sul apresentaram sua origem materna de 7% africana; 61,5% europeia e 30,7% nativa americana. Já referente aos dados de autodeclaração, na população estudada, 42,6% se autodeclaravam de cor/raça branca, 5,4% preta, 50,9% parda e 0,9 amarela. Esses dados se assemelham com os dados de autodeclaração da população brasileira (47,7% branca, 7,6% preta, 43,1% parda, 1,1% amarela e 0,4 indígena). Quando comparado os dados deste trabalho com outras populações de diferentes regiões brasileiras, encontramos uma similaridade entre elas. O que reforça o padrão de colonização dentro destas regiões. Dessa forma, esse trabalho traz a luz informações inéditas sobre a ancestralidade matrilinear de indivíduos diabéticos do Brasil. Esses dados que poderão ser úteis para atualização de banco de dados populacionais no Brasil, reforçando dados históricos de migração humana, além de suas aplicações clínicas.
Abstract: Brazilian population results from the of miscegenation between three different ethnic groups: Amerindians, Africans and Europeans. Over the centuries of colonization, these populations mixed asymmetrically, generating the genetic pool of Brazilians. Each Brazilian demographic region will present a particularity in its population, due to the different patterns of miscegenation. Type I diabetes mellitus (DM1) is the most common endocrine pathology in childhood and adolescence, with a higher incidence in individuals who declare themselves white. The self-declaration system in mixed populations, such as Brazil, is flawed. Since phenotypic characteristics such as skin color do not reliably express the genotypic ancestry of the individual. The mitochondrial genome in humans contains 16,569 base pairs has a high genetic variability. Thus, the inference of mtDNA data allows us to characterize the matrilineal ancestry of individuals, being an important genetic marker for population studies. Therefore, the objective of this study was to compare the matrilineal ancestry of individuals with DM1 in Brazil with general data from the Brazilian population regarding their self-declared color and region of birth. For this, the sequencing of the mtDNA control region was performed for 204 diabetic patients from the North regions (7); Northeast (103); Southeast (81) and South (13). The results showed a high molecular diversity, with the presence of 190 unique haplotypes within the universe of 204 possible. Haplogroups of Amerindian origin were the most common, with clade C being the most common (38%). Data stratified by region show that in the Northeast Region, 38.8% had matrilineal ancestry of African origin, 15.5% of European origin and 46.6% of Amerindian origin. In the Southeast region, 43.2% were of African origin, 17.2% of European origin and 39.5% of Amerindian origin. Patients from the North Region had a matrilineal origin represented by 28.5% African and 71.4% Native American origin. And the individuals from the South Region presented their maternal origin of 7% African; 61.5% European and 30.7% Native American. Regarding the self-declaration data, in the studied population, 42.6% declared themselves white, 5.4% black, 50.9% brown and 0.9 yellow. These data are similar to the self-declaration data of the Brazilian population (47.7% white, 7.6% black, 43.1% brown, 1.1% yellow and 0.4 Amerindian). When comparing the data from this work with other populations from different Brazilian regions, we found a similarity between them. This reinforces the pattern of colonization within these regions. Thus, this work brings to light unpublished information about the matrilineal ancestry of diabetic individuals in Brazil. These data may be useful for updating population databases in Brazil, reinforcing historical data on human migration, in addition to their clinical applications.
Palavras-chave: DNA mitocondrial - Genética
Ancestralidade matrilinear
Diabetes mellitus tipo I - Genética
Cor autodeclarada
Regiões demográficas
Mitochondrial DNA
Matrilineal ancestry
Diabetes Mellitus type I
Self-declared color
Demographic regions
Genética Populacional
Miscigenação - Brasil
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Citação: FERREIRA, Lívia Leite. Estudo de polimorfismos da região controle (D-loop) do DNA mitocondrial em pacientes com diabetes tipo 1: relação com a cor autodeclarada em pais e avós. 2023. 97 f. Dissertação (Mestrado em Fisiopatologia Clínica e Experimental) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23260
Data de defesa: 24-Mai-2023
Aparece nas coleções:Mestrado em Fisiopatologia Clínica e Experimental



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