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Tipo do documento: Tese
Título: Associação entre asma e consumo de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e ômega-6 em adolescentes brasileiros
Título(s) alternativo(s): Association between asthma and polyunsaturated fatty acids intake in Brazilian adolescents
Autor: Jordão, Érica Azevedo de Oliveira Costa 
Primeiro orientador: Kuschnir, Fabio Chigres
Primeiro coorientador: Kuschnir, Maria Cristina Caetano
Primeiro membro da banca: Alves, Rogério Lopes Rufino
Segundo membro da banca: Marsillac, Marise Elia de
Terceiro membro da banca: Capelo, Albertina Varandas
Quarto membro da banca: Rios, José Luiz
Resumo: A prevalência de asma em adolescentes é elevada em nosso meio, e observa-se seu aumento nas últimas décadas. Diferentes fatores sociodemográficos e ambientais relacionados às mudanças de hábitos ocorridos no mesmo período podem estar envolvidos com este achado. Entre essas mudanças, a dieta se destaca, com maior consumo de açúcar refinado, gorduras, carnes e ultraprocessados, e consumo pouco frequente de cereais, frutas e legumes e peixes com consequente aumento na proporção de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAS) ômega-6 (N6) em relação ao ômega-3 (N3). Estes lipídios representam os principais PUFAs na dieta. Participam na regulação da resposta imune como substrato para a formação de substâncias bioativas que atuam na resposta inflamatória. O N6 é precursor de eicosanoides com conhecida ação pró-inflamatória e os N3 precursores de mediadores lipídicos com ação imunorresolvente. Assim, uma dieta mais rica em N3 em contraposição com N6 pode ser protetora para o desenvolvimento de doenças inflamatórias crônicas como a asma. O objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre a presença de asma, N3 e N6. Esse é um estudo transversal, utilizando os dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes-ERICA, inquérito nacional multicêntrico de base escolar com amostra representativa de adolescentes brasileiros (12-17 anos), cujo principal objetivo foi avaliar a prevalência de diabetes mellitus, obesidade e fatores de risco cardiovascular, bem como marcadores de inflamação e resistência à insulina nesta população. Os participantes responderam questionários com dados sociodemográficos, de atividade física, tabagismo, histórico médico e recordatório alimentar, foram submetidos a medidas antropométricas e coleta sanguíneas. Ao menos uma crise de sibilância nos últimos 12 meses definiu asma. A ingestão de ácido alfa-linolênico (ALA), ácido eicosapentaenóico (EPA), ácido docosahexaenóico (DHA) da série N3 e ácido linoléico (LA) e ácido araquidônico (ARA) da série N6 bem como a razão N6N3 (soma de LA e ARA sobre ALA, DHA e EPA) foi estimada como variáveis contínuas. A razão de chances (RC) e os respectivos IC95% entre asma e consumo de PUFA, bem como as demais variáveis do estudo, foram calculados por meio de Regressão Logística. O modelo multivariado incluiu as variáveis associadas ao desfecho e à exposição (p<0,20). Um total de 64.904 participantes preencheram o questionário, o recordatório alimentar de 24 horas e as medidas antropométricas e responderam à questão de interesse para asma. Após ajuste, a asma permaneceu significativamente associada ao ALA (RC:1,05; IC95%:1,02–1,09) e EPA (RC:0,61; IC95%:0,39–0,95), sendo a primeira associação positiva e a última negativa. Em conclusão, o consumo de ALA mostrou uma associação positiva com a asma enquanto o consumo de EPA tem um efeito protetor contra a asma em adolescentes brasileiros.
Abstract: Asthma prevalence among adolescents in Brazil is high, and has been increasing in the last few decades. Sociodemographic and environmental factors related to lifestyle changes that occurred in the same period may have contributed to this finding. Among these changes, diet stands out, with increased consumption of refined sugars, fats, meats, and ultra-processed foods, contrasted with less frequent intake of cereals, fruits, vegetables, and fish, leading to a higher proportion of omega-6 (N6) polyunsaturated fatty acids (PUFAs) compared to omega-3 (N3). These lipids are the primary PUFAs in the human diet and are involved in immune response regulation as substrates for the formation of bioactive substances that modulate the inflammatory response. N6 is a precursor of eicosanoids with well-known pro-inflammatory action, while N3 contributes to the formation of lipid mediators with immunoresolvent action. Thus, a diet richer in N3, in contrast to N6, may be protective against the development of chronic inflammatory diseases such as asthma. Therefore, the aim of this study was to investigate the association between asthma and, N3, and N6. This is a cross sectional study using data from the Cardiovascular Risk Study in Adolescents (ERICA), a national, school-based, multicenter survey with a representative sample of Brazilian adolescents (aged 12 to 17). The study aimed to evaluate the prevalence of diabetes mellitus, obesity, cardiovascular risk factors, as well as markers of inflammation and insulin resistance in adolescents. Participants completed questionnaires collecting sociodemographic data, physical activity, smoking habits, dietary recall, and medical history, and underwent anthropometric measurements and blood sample collection. The presence of asthma was defined as having experienced at least one wheezing episode in the past 12 months. The intake of alpha-linolenic acid (ALA), eicosapentaenoic acid (EPA), docosahexaenoic acid (DHA) from the omega-3 (N3) series, and linoleic acid (LA) and arachidonic acid (ARA) from the omega-6 (N6) series, as well as the N6/N3 ratio (sum of LA and ARA over ALA, DHA, and EPA), were estimated as continuous variables. The odds ratio (OR) and respective 95% confidence intervals (95% CI) for the association between asthma and PUFA intake, as well as the other study variables, were calculated using logistic regression. The multivariate model included variables associated with both the outcome and exposure (p < 0.20). A total of 64,904 participants completed the questionnaire, the 24-hour dietary recall, anthropometric measurements, and answered the asthma-related question. After adjustment, asthma remained significantly associated with ALA (OR: 1.05; 95% CI: 1.02–1.09) and EPA (OR: 0.61; 95% CI: 0.39–0.95), with the former showing a positive association and the latter a negative one. In conclusion, ALA consumption was positively associated with asthma, while EPA appeared to have a protective effect against asthma among Brazilian adolescents.
Palavras-chave: Asma - Epidemiologia
Dieta - Efeitos adversos
Ácidos graxos poli-insaturados
Ômega 3
Ômega 6
Asthma
Diet
Polyunsaturated fatty acids
Omega-3
Omega-6
Ácidos graxos insaturados - Efeitos adversos
Adolescente - Nutrição
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Citação: JORDÃO, Érica Azevedo de Oliveira Costa. Associação entre asma e consumo de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e ômega-6 em adolescentes brasileiros. 2024. 103 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Embargado
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23277
Data de defesa: 7-Nov-2024
Aparece nas coleções:Doutorado em Ciências Médicas



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