Compartilhamento |
![]() ![]() |
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23347
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Consumo alimentar de adolescentes escolares sob a perspectiva da intersecção de raça/cor da pele e gênero: Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019 |
Título(s) alternativo(s): | Food consumption of school adolescents from the perspective of the intersection between race/skin color and gender: National School Health Survey |
Autor: | Rosa, Thays Maria Sant’Anna ![]() |
Primeiro orientador: | Canella, Daniela Silva |
Primeiro membro da banca: | Costa, Janaína Calu |
Segundo membro da banca: | Santos, Francine Silva dos |
Resumo: | O consumo alimentar está associado a fatores sociodemográficos e econômicos. Dentre estes, classe social, raça/cor da pele, gênero, sexualidade, território, os quais em conjunto, podem atuar no estabelecimento de desigualdades. O panorama do consumo alimentar de adolescentes aponta para a prevalência de alto consumo de alimentos ultraprocessados e baixo consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. Diante disto, o estudo do consumo de alimentos in natura ou minimamente processado e ultraprocessado de adolescentes escolares, por meio da ferramenta analítica da interseccionalidade, torna-se necessário. Por conseguinte, o objetivo do estudo foi investigar a relação entre o consumo alimentar de escolares e as intersecções de raça/cor da pele e gênero. Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2019. A variável de exposição foi obtida por meio da construção de 10 categorias de análise formadas a partir do gênero binário (homem e mulher) e da raça/cor da pele (branco, amarelo, preto, pardo e indígena). A categoria “homem branco” foi utilizada como referência, com base no privilégio que a identidade social a qual representa pela perspectiva de gênero e racial. O consumo alimentar foi avaliado a partir do consumo regular de três subgrupos de alimento in natura ou minimamente processados (feijão, frutas e hortaliças) e dois subgrupos de ultraprocessados (guloseimas e refrigerantes). Os modelos de regressão foram elaborados a partir de desfechos dicotômicos, sendo, consumo regular (maior ou igual a cinco dias) e não regular (menor ou igual a quatro dias). As análises de regressão logística brutas e ajustadas por fatores individuais e contextuais foram utilizadas para estimar a chance de consumo entre as categorias criadas a partir da intersecção entre raça/cor da pele e gênero. Nos modelos ajustados homem preto, amarelo e pardo apresentavam maiores chances de consumo de feijão, quando comparados as demais categorias analíticas, no entanto, o homem branco apresentou maiores chances de consumo de frutas e hortaliças. Destaca-se que as mulheres preta e indígena, dos cinco subgrupos de alimentos analisados, apresentavam-se em desvantagem estatisticamente significante em três subgrupos (feijão, hortaliças e guloseimas) em relação à categoria de referência, o homem branco. Todas as categorias apresentavam chances superiores ou semelhantes ao homem branco para consumo de guloseimas, em relação aos refrigerantes, os dados não apresentam diferenças significativas em relação ao consumo regular. O estudo identificou desigualdades raciais e de gênero no consumo alimentar entre as categorias analíticas, com destaque para mulheres preta e indígena, que apresentavam menores chances de consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, logo, menores chances de adequação às recomendações do Guia alimentar para população brasileira, quando comparadas ao homem branco, em privilégio pela perspectiva de gênero e racial. |
Abstract: | Dietary consumption is associated with sociodemographic and economic factors. Among these, social class, race/skin color, gender, sexuality, and territory, together, may contribute to the establishment of inequalities. The panorama of adolescent food consumption indicates a prevalence of high consumption of ultra-processed foods and low consumption of in natura/minimally processed foods. This makes it necessary to study the consumption of in natura/minimally processed foods and ultra-processed foods by school-aged adolescents, using the analytical tool of intersectionality. The aim of this study was therefore to investigate the association between the food consumption of schoolchildren and the intersections of race/skin color and gender. The data used in this study was obtained from the 2019 National School Health Survey. The exposure variable was constructed by creating 10 categories of analysis based on binary gender (male and female) and race/skin color (white, yellow, black, brown, and indigenous). The "white man" category was employed as a point of reference, given the privileged position this social identity holds from a gender and racial standpoint. Food consumption was assessed based on the regular consumption of three subgroups of in natura /minimally processed foods (beans, fruit and vegetables) and two subgroups of ultra-processed foods (sweets and soft drinks). The regression models were based on dichotomous outcomes: regular consumption (greater than or equal to five days) and non-regular consumption (less than or equal to four days). To estimate the odds of consumption among the categories created from the intersection of race/skin color and gender, crude and adjusted logistic regression analyses were conducted, adjusting for individual and contextual factors. In the adjusted models, black, yellow and brown men exhibited a greater likelihood of consuming beans in comparison to the other analytical categories, whereas white men demonstrated a higher propensity for consuming fruit and vegetables. In three (beans, vegetables and sweets) of the five food subgroups analyzed, black and indigenous women exhibited a statistically significant disadvantage compared to white men, who were used as the reference category. All categories had higher or similar chances of consuming sweets than white men, while the data for soft drinks showed no significant differences in relation to regular consumption. The study identified racial and gender inequalities in food consumption among the analytical categories, especially black and indigenous women, who were less likely to consume in natura /minimally processed foods, and therefore less likely to comply with the recommendations of the Dietary Guidelines for the Brazilian Population, when compared to white men, who were privileged from a gender and racial perspective. |
Palavras-chave: | Demography Social determinants of health Food intake Adolescent Inquérito populacional Determinantes sociais Consumo alimentar Adolescência |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro Biomédico::Instituto de Nutrição |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Citação: | ROSA, Thays Maria Sant’Anna. Consumo alimentar de adolescentes escolares sob a perspectiva da intersecção de raça/cor da pele e gênero: Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019. 2024. 78 f. Dissertação (Mestrado em Alimentação, Nutrição e Saúde) - Instituto de Nutrição, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23347 |
Data de defesa: | 25-Jul-2024 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Dissertação - Thays Maria Sant’Anna Rosa - 2024 - Completa.pdf | 1,09 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar | |
Termo - Thays Maria Sant’Anna Rosa - 2025.pdf | 352,76 kB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia | |
CRN - Thays Maria Sant'Anna Rosa - 2025.pdf | 178,38 kB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.