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http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23470
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Interação de Streptococcus agalactiae com modelo murino de diabetes induzida: formação de biofilme, expressão de espécies reativas de oxigênio e de citocinas pró-inflamatórias |
Título(s) alternativo(s): | Streptococcus agalactiae interaction with a diabetic induced murine model: biofilm formation, reactive oxygen species expression and proinflammatory citokyne release |
Autor: | Mendonça, Jéssica da Conceição ![]() |
Primeiro orientador: | Ferreira, Prescilla Emy Nagao |
Primeiro membro da banca: | Pinto, Tatiana de Castro Abreu |
Segundo membro da banca: | Silva, João Alfredo de Moraes Gomes da |
Terceiro membro da banca: | Mencalha, André Luiz |
Resumo: | Streptococcus agalactiae, também conhecido como Estreptococos do Grupo B (EGB), são patógenos reconhecidos como causadores de infecções invasivas severas em mulheres grávidas e neonatos. Nos últimos anos, o número de adultos imunocomprometidos e idosos apresentando comorbidades causadas por S. agalactiae têm aumentado significativamente, tornando uma grande preocupação na clínica médica, especialmente em pacientes diabéticos. Indivíduos diabéticos apresentam maior susceptibilidade às infecções bacterianas e consequentemente ao desenvolvimento de doenças associadas como pneumonia e problemas cardiovasculares. De acordo com a literatura, existe uma correlação entre o S. agalactiae, diabetes e doenças pulmonares/cardíacas que ainda não foram bem elucidadas. Além de sua capacidade de aderir e invadir células hospedeiras causando distúrbios, alguns microrganismos Gram-positivos apresentam um sistema de secreção em resposta ao microambiente celular, sendo capazes de produzir maior virulência e evasão do sistema imune. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi compreender a ação de amostras hipervirulentas de S. agalactiae em resposta à infecção em modelo murino de diabetes induzida, o desencadeamento de doenças como sepse, pneumonia e endocardite, bem como a ação inflamatória do hospedeiro e a possível presença de um sistema de secreção atuando como potencializador da virulência em S. agalactiae. Neste trabalho, foram utilizados quatro modelos distintos de infecção, envolvendo camundongos CD-1 e C57Bl/6 e inoculados com diferentes amostras virulentas de S. agalactiae. Os tecidos obtidos foram submetidos à produção de lâminas histológicas, confirmando o potencial de lesão tecidual do S. agalactiae, além de contagem de unidades formadoras de colônias superior em diferentes órgãos nos animais diabéticos e quantificação da expressão de espécies reativas de oxigênio significativamente maior em animais diabéticos infectados. Além disso, marcadores celulares de células imunes foram analisados por citometria de fluxo e qPCR, demonstrando um elevado número de macrófagos. Citocinas pró-inflamatórias como IL-1β e proteína KC foram quantificadas e indicaram um ambiente hiper inflamado nos pulmões e corações desses animais. Após a construção da mutante para essC, foram realizadas interações em modelo murino que comprovaram a redução no potencial virulento quando o gene responsável pela ativação do sistema de secreção tipo 7 foi inativado. Desta forma, os resultados obtidos neste trabalho demonstraram que amostras hipervirulentas de S. agalactiae foram capazes de disseminar, desenvolver manifestações severas em múltiplos órgãos e promover um microambiente pró-inflamatório mais exacerbado em animais diabéticos infectados, potencializando a fragilidade e toxicidade celular já causada pela presença da diabetes. Além disso, a confirmação da presença do gene essC corroborou a atividade desse sistema de secreção como uma vantagem para evadir do sistema imune e sobreviver no hospedeiro por longos períodos de tempo. |
Abstract: | Streptococcus agalactiae, also known as Group B Streptococcus (GBS), is a pathogen recognized as one of the main causes of severe infections in pregnant women and neonates. In the past few years, the number of immunocompromised adults and elderly presenting diseases caused by S. agalactiae significantly increased, and this became a huge concern to immunosuppressive patients, especially with diabetes. Diabetic individuals present higher susceptibility to bacterial infections and consequently to the development of associated diseases such as pneumonia and cardiovascular problems. According to the literature, there is a correlation between S. agalactiae, diabetes and lung/heart diseases that is still not very elucidated. In addition to the ability to adhere and invade host cells, some Gram-positive microorganisms present a secretion system in response to the cellular microenvironment, being able to evade the immune system and become more virulent. Therefore, the aim of this study was to understand the action of hypervirulent S. agalactiae strains in a murine model of induced diabetes, how they develop diseases such as sepsis, pneumonia and endocarditis, the inflammatory response of the host and the presence of a secretion system acting as a virulence mecanism in S. agalactiae strains. In this study, four different infection routes were performed, involving CD-1 and C57Bl/6 mice inoculated with different virulent strains of S. agalactiae. Murine tissues were used to produce histological slides, confirming the potential of tissue damage after S. agalactie infection; in addition to a higher number of colony-forming units in different diabetic animals and quantification of the reactive oxygen species expression that was also significantly higher in diabetic infected animals. Cellular markers of immune cells were also analyzed by flow cytometry and RT-qPCR, showing a high number of macrophages in diabetic infected animals. Proinflammatory cytokines such as IL-1β and KC protein were quantified and indicated a hyper-inflamed environment in lungs and hearts of diabetic infected animals. After the construction of the essC mutant, we performed tail vain and vaginal inoculations in murine models that showed the reduction in virulent potential when the gene responsible for activating the type 7 secretion system was deleted. Thus, the results obtained in this work demonstrated that hypervirulent S. agalactiae strains were able to disseminate, develop severe manifestations in multiple organs and promote an exacerbated pro-inflammatory microenvironment in infected diabetic animals, enhancing the cellular fragility and toxicity caused by diabetes. Furthermore, confirmation of the presence of essC gene showed that the activity of this secretion system is an advantage to evade the immune system and survive in the host for long periods of time. |
Palavras-chave: | Sepsis Endocarditis Streptococcus agalactiae Diabetes Sepse Endocardite SST7 Citocinas Sistemas de secreção tipo VII |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA::MICROBIOLOGIA APLICADA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Citação: | MENDONÇA, Jéssica da Conceição. Interação de Streptococcus agalactiae com modelo murino de diabetes induzida: formação de biofilme, expressão de espécies reativas de oxigênio e de citocinas pró-inflamatórias. 2022. 177 f. Tese (Doutorado em Biociências) – Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23470 |
Data de defesa: | 26-Mai-2022 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Biociências |
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