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Tipo do documento: Dissertação
Título: Revolução e parrêsia no pensamento de Michel Foucault
Título(s) alternativo(s): Revolution and parrhesia in Michel Foucault’s thought
Révolution et parrhésie chez Michel Foucault
Autor: Carmo Júnior, Giovani do 
Primeiro orientador: Portocarrero, Vera Maria
Primeiro membro da banca: Jourdan, Camila Rodrigues
Segundo membro da banca: Duarte, Andre de Macedo
Resumo: Este trabalho visa a analisar as noções de revolução e parrêsia no pensamento de Michel Foucault. A pesquisa surge do diagnóstico foucaultiano a respeito da vida política da França após os movimentos de maio de 1968. A efervescência dos movimentos de maio de 1968 foi seguida por um neoliberalismo mitigado e uma esquerda morna. As lutas foram aclimatadas no interior da forma-partido. A imobilidade da vida política se efetivou. O autor afirma haver ausência de desejabilidade da revolução devido à inexistência de entusiasmo político. A hipótese seguida nesta pesquisa é afirmar indicativos normativos críticos a respeito da temática da revolução no pensamento de Michel Foucault, pois não abandona a noção de revolução. Procura modificá-la sobremaneira em vista da transformação de si, dos outros e do mundo, de modo que não há mundo outro sem um “ultrapassamento” de si e de nós. Para consecução do objetivo de pesquisa, seguimos a metodologia proposta pelo autor na conferência Méthodologie pour la connaissance du monde: comment se débarrasser du marxisme, proferida em 25 de abril de 1978. Foucault considera o marxismo como um conjunto de funções e modos de manifestação de poder ligados à palavra de Marx. Focaliza o marxismo como discurso científico, profecia e filosofia de Estado ou ideologia de classe. No primeiro capítulo, investigamos a análise do autor sobre os efeitos de saber do marxismo. No segundo, examinamos sua análise dos efeitos de poder do marxismo no tocante à obediência ao partido e a seus líderes. No terceiro capítulo, articulamos seus estudos sobre a revolta iraniana, o entusiasmo político, a constituição da subjetividade no mundo antigo e a parrêsia cínica para propormos sua concepção acerca da revolução em termos “parresiásticos”. Dessa maneira, formulamos que Michel Foucault, ao tratar da revolução, reconecta as instâncias ética e política em uma perspectiva revolucionária, visto que a mudança de si não se contrapõe à mudança do mundo. A luta modifica o si, os outros e o mundo em uma relação interdependente. Restitui o valor filosófico do desejo revolucionário, por sua força de imaginar novos modos de vida coletivos nos quais a mudança do mundo implica a mudança nos processos de subjetivação.
Abstract: This work aims to analyze the notions of revolution and parrhesia in Michel Foucault’s thought. The research arises from the Foucauldian diagnosis regarding the political life of France after the movements of May 1968. The effervescence of the movements of May 1968 was followed by a mitigated neoliberalism and lukewarm left. The struggles acclimatized within the party-form. The immobility of political life took effect. The author claims that there is no desirability of the revolution due to the lack of political enthusiasm. The hypothesis followed in this research is to affirm critical normative indicators regarding the theme of the revolution in the thought of Michel Foucault, because it does not abandon the notion of revolution. Seeks to modify it greatly in the view of the transformation of oneself, of others and the world, so that there is no other world without an “overtaking” of oneself and of us. To achieve the research objective, we follow the methodology proposed by the author in the conference Méthodologie pour la connaissance du monde: comment se débarrasser du marxisme, given on April 25, 1978. Foucault considers Marxism as a set of functions and modes of manifestations of power linked to Marx’s word. It focuses on Marxism as a scientific discourse, prophecy and State philosophy or class ideology. In the first chapter, we investigate the author’s analysis about the effects of knowing Marxism. In the second, we examine his analysis of the power effect of Marxism with regard to obedience to the party and its leaders. In the third chapter, we articulate his studies about the Iranian revolt, the political enthusiasm, the constitution of subjectivity in the ancient world and the cynical parrhesia to propose his conception about the revolution in “parresistic” terms. Thus, we formulate that Michel Foucault, in dealing with the revolution, reconnects the ethical and political instances in a revolutionary perspective, since the change of self does not oppose the change of the world. The struggle changes itself, the others, and the world in an interdependent relationship. It restores the philosophical value of the revolutionary desire, by its force to imagine new modes of collective life there in which the change of the world implies the change in the processes of subjectivation.
Ce travail vise à analyser les notions de révolution et de parrhésie chez Michel Foucault. La recherche naît du diagnostic foucaultien sur la vie politique de la France après les mouvements de mai 1968. L’effervescence des mouvements de mai 1968 a été suivie d’un néolibéralisme mitigé et d’une gauche tiède. Les luttes ont été acclimatées à l’intérieur de la forme-parti. L’immobilité de la vie politique a été effective. L’auteur affirme le manque de désirabilité de la révolution en raison de l’absence d’enthousiasme politique. L’hypothèse suivie dans cette recherche est d’affirmer des indicatifs normatifs critiques sur le thème de la révolution dans la pensée de Michel Foucault, parce qu’il n’abandonne pas la notion de révolution. Il cherche à la modifier de façon importante par la transformation de soi, des autres et du monde, de sorte qu’il n’y a pas d’autre monde sans un "franchissement" de soi et de nous. Pour atteindre l’objectif de recherche, nous suivons la méthodologie proposée par l’auteur lors de la conférence Méthodologie pour la connaissance du monde : comment se débarrasser du marxisme, qui eut lieu le 25 avril 1978. Foucault considère le marxisme comme un ensemble de fonctions et de modes de manifestation de pouvoir liés à Marx. Il se concentre sur le marxisme comme discours scientifique, prophétie et philosophie d’État ou idéologie de classe. Dans le premier chapitre, nous étudions l’analyse de l’auteur sur les effets du savoir du marxisme. Dans le deuxième, nous avons examiné son analyse des effets du pouvoir du marxisme sur l’obéissance au parti et à ses dirigeants. Dans le troisième chapitre, nous avons articulé ses études sur la révolte iranienne, l’enthousiasme politique, la constitution de la subjectivité dans le monde antique et la parrhésie cynique pour proposer sa conception de la révolution en termes « parrhésiastiques ». De cette façon, nous formulons que Michel Foucault, en traitant de révolution, reconnecte les instances éthique et politique dans une perspective révolutionnaire, puisque le changement de soi ne s’oppose pas au changement du monde. La lutte modifie le soi, les autres et le monde dans une relation interdépendante. Restitue la valeur philosophique du désir révolutionnaire, par sa force d’imaginer de nouveaux modes de vie collectifs dans lesquels le changement du monde implique le changement dans les processus de subjectivité.
Palavras-chave: Revolução
Parrêsia
Forma-partido
Esquerda marxista
Vontade de alteração
Revolution
Parrhesia
Party-form
Marxist left
Will to change
Parrhesie
Forme-parti
Gauche marxiste
Volonte d’alteration
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Citação: CARMO JÚNIOR, Giovani. Revolução e parrêsia no pensamento de Michel Foucault. 2024. 268 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23513
Data de defesa: 14-Jun-2024
Aparece nas coleções:Mestrado em Filosofia

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