Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23656
Tipo do documento: Dissertação
Título: Risco metabólico e consumo alimentar em mulheres com e sem síndrome dos ovários policísticos
Título(s) alternativo(s): Metabolic risk and dietary intake in women with and without polycystic ovary syndrome
Autor: Silva, Maria Eduarda Guerreiro da 
Primeiro orientador: Mulder, Alessandra da Rocha Pinheiro
Primeiro membro da banca: Tavares, Ana Beatriz Winter
Segundo membro da banca: Canella, Daniela Silva
Terceiro membro da banca: Teixeira, Michelle Teixeira
Resumo: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) afeta principalmente mulheres adultas e tem a resistência à insulina (RI) como característica relevante, aumentando o risco metabólico. Atualmente, a avaliação do consumo alimentar vai além dos macronutrientes, sendo importante analisar a qualidade dos alimentos, como a NOVA, que classifica os alimentos conforme a extensão e propósito do processamento. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre marcadores metabólicos e o consumo alimentar em mulheres com e sem SOP. Trata-se de um estudo transversal com 31 mulheres com SOP e 28 sem SOP. Avaliou-se parâmetros metabólicos, medidas antropométricas e de composição corporal. A síndrome metabólica (SM) foi avaliada conforme os critérios da International Diabetes Federation. O consumo alimentar foi analisado por Questionário de Frequência Alimentar e classificado de acordo com a NOVA. Para comparar as variáveis entre os grupos, foi aplicado o teste de Mann-Whitney. O coeficiente de correlação de Spearman (ρ) foi utilizado para correlacionar os marcadores em mulheres com e sem SOP. Acerca dos parâmetros metabólicos, mulheres com SOP apresentaram maiores valores de insulina (p=0,013), Homeostasis Model Assessment-estimated Insulin Resistance (HOMA-IR) (p=0,014) e proteína C reativa (PCR) (p=0,007); massa corporal (p=0,005), Índice de Massa Corporal (p=0,01), circunferências da cintura (p=0,011), quadril (p=0,005) e pescoço (p=0,031), razão cintura quadril (p=0,027), percentual de gordura (p=0,008), percentual de tecido androide (p=0,008) e tecido adiposo visceral estimado (p=0,001) do que mulheres sem SOP. A prevalência de SM foi 32,3% no grupo com SOP e 14,3% em mulheres sem SOP (p=0,105). Não houve diferença entre o consumo alimentar de mulheres com e sem SOP. No grupo sem SOP, a contribuição energética de alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias foi 64,3%, de alimentos processados 11,4% e alimentos ultraprocessados (AUP) 20,7%; enquanto no grupo com SOP, foi 66,1%, 13,6% e 20,4%, respectivamente.Alimentos in natura ou minimamente processado estiveram associados negativamente ao percentual de gordura total (ρ= -0,465; p <0,05) e androide (ρ= -0,351; p <0,05); alimentos processados correlacionaram-se positivamente aos níveis de HOMA-IR (ρ= 0,384; p <0,05); observou-se relação positiva entre alimentos ultraprocessados e o percentual de gordura total (ρ= 0,414; p <0,05), os níveis de HOMA-IR (ρ= 0,363; p <0,05) e PCR (ρ= 0,361; p <0,05). Portanto, encontrou-se alta prevalência de marcadores de risco metabólico, principalmente, em mulheres com SOP. O consumo alimentar não apresentou diferença entre os grupos, dessa forma o risco metabólico parece estar associado à própria condição. No entanto, mulheres com SOP apresentaram mais fatores do consumo alimentar relacionados ao risco metabólico, destacando-se o maior consumo de AUP, vinculado a uma maior ingestão de gordura saturada, e o menor consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.
Abstract: Polycystic ovary syndrome (PCOS) mainly affects adult women and is characterized by insulin resistance (IR), which increases metabolic risk.. Currently, dietary assessment goes beyond macronutrients, and it is important to analyze dietary quality, such as the NOVA classification, which categorizes foods according to the extent and purpose of their processing. The aim of this study was to evaluate the relationship between metabolic markers and dietary intake in women with and without PCOS. This is a cross-sectional study with 31 women with PCOS and 28 without PCOS. Metabolic parameters, anthropometric measurements, and body composition were assessed. Metabolic syndrome (MS) was assessed according to the criteria of the International Diabetes Federation. Dietary intake was analyzed by a Food Frequency Questionnaire and classified according to NOVA. The Mann-Whitney test was used to compare variables between groups. Spearman's correlation coefficient (ρ) was used to correlate markers in women with and without PCOS. Regarding metabolic parameters, women with PCOS had higher values of insulin (p=0.013), Homeostasis Model Assessment-estimated Insulin Resistance (HOMA-IR) (p=0.014) and C-reactive protein (CRP) (p=0.007); body mass (p=0.005), Body Mass Index (p=0.01), waist (p=0.011), hip (p=0.005) and neck (p=0.031) circumferences, waist-to-hip ratio (p=0.027), body fat tissue (p=0.008), android tissue (p=0.008) and estimated visceral adipose tissue (p=0.001) than women without PCOS. The prevalence of MS was 32.3% in the PCOS group and 14.3% in women without PCOS (p=0.105). There was no difference in dietary intake between women with and without PCOS. In the non-PCOS group, the energy contribution of unprocessed or minimally processed foods and culinary preparation was 64.3%, from processed foods 11.4% and from ultra-processed foods (UPF) 20.7%; while in the PCOS group, it was 66.1%, 13.6%, and 20.4%, respectively. Unprocessed or minimally processed foods were negatively associated with total body fat (ρ = -0.465; p <0.05) and android fat (ρ = -0.351; p <0.05); processed foods were positively correlated with HOMA-IR (ρ = 0.384; p <0.05); a positive relationship was observed between ultraprocessed foods and total body fat (ρ = 0.414; p <0.05), HOMA-IR levels (ρ = 0.363; p <0.05) and CRP levels (ρ = 0.361; p <0.05). Therefore, a high prevalence of metabolic risk markers was found, particularly in women with PCOS. Dietary intake did not differ between the groups, suggesting that metabolic risk seems to be associated with the condition itself. However, women with PCOS reported more food intake factors related to metabolic risk, highlighting the higher consumption of UPF, related to higher intake of saturated fat, and the lower consumption of unprocessed or minimally processed foods.
Palavras-chave: Resistência à insulina
Síndrome metabólica
Alimentos ultraprocessados
Insulin resistance
Metabolic syndrome
Ultraprocessed food
Síndrome do ovário policístico
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Citação: SILVA, Maria Eduarda Guerreiro da. Risco metabólico e consumo alimentar em mulheres com e sem síndrome dos ovários policísticos. 2024. 92 f. Dissertação (Mestrado em Fisiopatologia Clínica e Experimental) - Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23656
Data de defesa: 13-Nov-2024
Aparece nas coleções:Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.