Compartilhamento |
![]() ![]() |
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23747
Tipo do documento: | Tese |
Título: | O ambiente construído e a prática de atividade física nos deslocamentos diários entre escolares: uma abordagem multidisciplinar |
Título(s) alternativo(s): | The built environment and physical activity in daily commuting among schoolchildren: a multidisciplinary approach |
Autor: | Silva, Rodolfo Guimarães ![]() |
Primeiro orientador: | Oliveira, Ricardo Brandão de |
Primeiro membro da banca: | Telles, Silvio de Cassio Costa |
Segundo membro da banca: | Seabra, Vinicius da Silva |
Terceiro membro da banca: | Saldanha, Luiz Emerson da Cruz |
Quarto membro da banca: | Vilela, Silvio Henrique |
Resumo: | O deslocamento ativo para a escola constitui uma forma conveniente de incorporação da atividade física à rotina de crianças e adolescentes, proporcionando benefícios à saúde e ao meio ambiente. A presente tese, composta por três estudos originais, avalia as relações entre variáveis sociodemográficas, percepção do ambiente construído, modos de deslocamento e níveis de atividade física de escolares. O projeto MOTIVE analisa dados de 3445 estudantes de escolas municipais de Volta Redonda, RJ, utilizando questionários estruturados, medidas antropométricas e análises de geoprocessamento. O primeiro estudo investiga os fatores determinantes do deslocamento ativo entre 2875 adolescentes e identifica a distância casa-escola como o principal fator associado, constatando que estudantes residentes a menos de 1,25 km da escola apresentam aproximadamente 12 vezes [OR 11,7 (IC95% 8,7 – 15,8)] mais chances de se deslocarem ativamente por meio da caminhada. Fatores sociodemográficos como idade, cor, ausência de carro, menor peso da mochila, atividade física e segurança no trajeto favorecem o deslocamento ativo. O segundo estudo analisa os modos de deslocamento, os hábitos de atividade física e as percepções do ambiente construído no caminho e no bairro da escola de 563 escolares, considerando sexo, raça e escolaridade materna. Meninas pretas e pardas cujas mães possuem baixa escolaridade caminham com maior frequência (>3x/semana) para a escola (52%) em comparação a meninos brancos cujas mães possuem maior escolaridade, contudo, apenas 27% dessas meninas atingem as recomendações de atividade física. Além disso, em comparação aos estudantes do sexo masculino, as do sexo feminino, pretas e pardas, independentemente da escolaridade materna, apresentam pior autoavaliação de saúde (p < 0,001). O terceiro estudo compara características sociodemográficas e modos de deslocamento entre estudantes de escolas em contexto rural e urbano. Embora os níveis totais de atividade física sejam similares (p = 0,23), um maior percentual de estudantes rurais caminha ≥3x/semana para a escola (69,2% vs. 19,4%, p < 0,001), resultado associado à menor distância casa-escola (p < 0,001) e ao menor acesso ao transporte público (p < 0,001). Enquanto estudantes urbanos percebem mais barreiras logísticas e ambientais para o deslocamento ativo, estudantes rurais relatam maior suporte social e intenções comportamentais favoráveis. Embora o deslocamento ativo possa promover a atividade física entre escolares, fatores sociodemográficos, como sexo, cor e escolaridade materna, além das características do ambiente construído, especialmente no contexto urbano, moderam essas associações. Políticas públicas devem priorizar a equidade social e melhorias na infraestrutura urbana para incentivar deslocamentos ativos de forma segura, acessível e socialmente justa |
Abstract: | Active commuting to school is a convenient way to incorporate physical activity into the daily routine of children and adolescents, providing health and environmental benefits. This dissertation, composed of three original studies, evaluates the relationships between sociodemographic variables, perceptions of the built environment, commuting modes, and physical activity levels among students. The MOTIVE project analyzes data from 3,445 students from municipal schools in Volta Redonda, RJ, using structured questionnaires, anthropometric measurements, and geoprocessing analyses. The first study investigates the determinants of active commuting among 2,875 adolescents and identifies home-to-school distance as the main associated factor, finding that students living less than 1.25 km from school are approximately 12 times [OR 11.7 (95% CI 8.7–15.8)] more likely to walk actively to school. Sociodemographic factors such as age, race, absence of a car, lower backpack weight, physical activity, and safety along the route favor active commuting. The second study analyzes commuting modes, physical activity habits, and perceptions of the built environment along the route and in the school neighborhood among 563 students, considering sex, race, and maternal education. Black and mixed-race girls whose mothers have low education levels walk more frequently (>3x/week) to school (52%) compared to white boys whose mothers have higher education, yet only 27% of these girls meet physical activity recommendations. Furthermore, compared to male students, female, Black, and mixed-race students, regardless of maternal education, report worse self-rated health (p < 0.001). The third study compares sociodemographic characteristics and commuting modes between students in rural and urban school contexts. Although total physical activity levels are similar (p = 0.23), a higher percentage of rural students walk ≥3x/week to school (69.2% vs. 19.4%, p < 0.001), a result associated with shorter home-to-school distances (p < 0.001) and lower access to public transportation (p < 0.001). While urban students perceive more logistical and environmental barriers to active commuting, rural students report greater social support and favorable behavioral intentions. Although active commuting can promote physical activity among students, sociodemographic factors such as sex, race, and maternal education, as well as built environment characteristics, particularly in urban settings, moderate these associations. Public policies should prioritize social equity and improvements in urban infrastructure to encourage safe, accessible, and socially just active commuting |
Palavras-chave: | Ambiente construído Mobilidade ativa Atividade física Escolares Saúde Exercícios físicos Estudantes – Condições sociais Locomoção Estudantes – Saúde e higiene Escola Built environment Active mobility Physical activity Schoolchildren Health |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Citação: | SILVA, Rodolfo Guimarães. O ambiente construído e a prática de atividade física nos deslocamentos diários entre escolares: uma abordagem multidisciplinar. 2024. 147 f. Tese (Doutorado em Ciências do Exercício e do Esporte) – Instituto de Educação Física e Desportos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23747 |
Data de defesa: | 9-Dez-2024 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Ciências do Exercício e do Esporte |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Tese - Rodolfo Guimarães Silva - 2024 - Completa.pdf | 5,35 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar | |
CRN - Rodolfo Guimarães Silva - 2024.pdf | 202,52 kB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia | |
Termo - Rodolfo Guimarães Silva - 2024.pdf | 5,14 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.