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Tipo do documento: Dissertação
Título: Seguimento de mulheres rastreadas para o câncer de colo do útero no Sistema Único de Saúde segundo raça/cor da pele, região e capitais
Título(s) alternativo(s): Follow-up of women screened for cervical cancer in the Unified Health System according to race/skin Color, regions, and capitals
Autor: Santos Junior, Édnei César de Arruda 
Primeiro orientador: Silva, Gulnar Azevedo e
Primeiro coorientador: Ribeiro, Caroline Madalena
Primeiro membro da banca: Leite, Tatiana Henriques
Segundo membro da banca: Teixeira, Maria Teresa Bustamante
Terceiro membro da banca: Tomazelli, Jeane Glaucia
Resumo: O objetivo desta dissertação foi analisar as desigualdades raciais no acesso ao programa de rastreamento para câncer de colo do útero no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de dados do Sistema de Informação de Câncer (SISCAN) no Brasil, regiões e capitais. Para tanto, dividiu-se a dissertação em dois artigos. No primeiro artigo, foi realizado um estudo transversal para avaliar a cobertura do rastreamento entre mulheres de 25 a 64 anos atendidas no SUS e registradas no SISCAN por raça/cor da pele no Brasil, regiões e capitais de residência. Calculou-se um indicador de cobertura de rastreamento entre 2021 a 2023 segundo raça/cor da pele em mulheres de 25 a 64 anos, utilizando o número de exames dividido pela população do meio do período e multiplicado por 100. Os resultados deste estudo demonstraram diferenças raciais e regionais na cobertura de rastreamento, com as maiores coberturas observadas em mulheres brancas (33,95%) quando comparadas com as não brancas (28,82%) e indígenas (27,42%). As coberturas mais elevadas se concentraram no Sul e Sudeste para brancas, no Nordeste e Sudeste para não brancas, no Nordeste, Sudeste e Sul para indígenas. Além disso, as capitais seguem o padrão observado nas regiões. No segundo artigo foi conduzida uma coorte retrospectiva de mulheres de 25 a 64 anos, com exames de rastreamento alterados e registrados no SISCAN. Os tempos medianos entre o rastreamento e a investigação diagnóstica em mulheres com lesões de alto grau ou mais grave e entre o rastreamento e a repetição do exame para lesões de baixo grau e ASC-US foi estimado pelo método de Kaplan-Meier. Os fatores associados ao atraso na investigação diagnóstica para cada tipo de lesão foram avaliados por meio da regressão logística multinomial. O tempo mediano até a repetição do exame nas lesões de baixo grau e células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US) foi de 174 dias, com tempos menores no Sudeste (170 dias) e Sul (170 dias) e maior nas capitais (183 dias). Para as lesões de alto grau ou mais grave, o tempo mediano entre o exame alterado e a realização de um exame histopatológico para confirmação diagnóstica no Brasil foi de 70 dias. Esse tempo foi maior nas regiões Norte (117 dias), Nordeste (97 dias) e Centro-oeste (77 dias), além de nas capitais (82 dias), e entre mulheres não brancas (83 dias) e Indígenas (114 dias). Em relação aos fatores associados ao atraso na conduta clínica nas lesões de baixo grau e ASC-US, o atraso associou-se, principalmente, a cobertura de atenção básica abaixo de 50% (OR: 1,41; IC95%: 1,18-1,69). Para as lesões de alto grau ou mais grave, observou-se maiores chances de atrasos em mulheres não brancas (OR: 1,34; IC95%: 1,18-1,52), residentes do Norte (OR: 1,60; IC95% 1,24-2,06) e Nordeste (OR: 2,76; IC95%: 2,24-3,41), e em moradoras de municípios com IDH baixo/muito baixo (OR:1,90; IC95%: 1,45-2,49). Os resultados encontrados indicam haver importantes desigualdades raciais e regionais no acesso às ações do programa de rastreamento para câncer de colo do útero no Sistema Único de Saúde, evidenciando a necessidade de aprimoramento das políticas de controle de câncer e de saúde da mulher
Abstract: The aim of this dissertation was to analyze racial inequalities in access to the cervical cancer screening program within the Unified Health System (SUS) using data from the Cancer Information System (SISCAN) in Brazil, including its regions and capitals. To achieve this, the dissertation was divided into two articles. The first article presents a cross-sectional study to assess screening coverage among women aged 25 to 64 who were attended by SUS and registered in SISCAN, categorized by race/skin color in Brazil, its regions, and capitals. A screening coverage indicator was calculated from 2021 to 2023 by race/skin color in women aged 25 to 64, using the number of exams divided by the mid-period population and multiplied by 100. The results of this study demonstrated racial and regional disparities in screening coverage, with the highest coverage observed among white women (33.95%) compared to non-white women (28.82%) and Indigenous women (27.42%). The highest coverage rates were found in the South and Southeast regions for white women, in the Northeast and Southeast for non-white women, and in the North, Southeast, and South for Indigenous women. Furthermore, the capitals followed the regional patterns observed. The second article presents a retrospective cohort study of women aged 25 to 64 with abnormal screening results, as recorded in SISCAN. The median times between screening and diagnostic investigation for women with high-grade squamous intraepithelial lesions or more severe abnormalities, as well as the repetition of exams for low-grade squamous intraepithelial lesions and Atypical Squamous Cells of Undetermined Significance (ASC-US) was estimated using the Kaplan-Meier method. The factors associated with delays in diagnostic investigation for each type of lesion were assessed through multinomial logistic regression. The median time until the repetition of the exam for low-grade lesions and ASC-US was 174 days, with shorter times in the Southeast (170 days) and South (170 days) regions, and longer times in the capitals (183 days). For high-grade or more severe lesions, the median time between the abnormal screening result and histopathological examination for diagnostic confirmation in Brazil was 70 days. This period was longer in the North (117 days), Northeast (97 days), and Midwest (77 days) regions, as well as in the capitals (82 days), and for non-white women (83 days) and Indigenous women (114 days). Regarding the factors associated with delays in clinical management for low-grade lesions and ASC-US, delays were mainly associated with basic healthcare coverage below 50% (OR: 1.41; 95% CI: 1.18-1.69). For high-grade or more severe lesions, delays were more likely among non-white women (OR: 1.34; 95% CI: 1.18-1.52), residents of the North (OR: 1.60; 95% CI: 1.24-2.06) and Northeast (OR: 2.76; 95% CI: 2.24-3.41) regions, and women living in municipalities with low/very low HDI (OR: 1.90; 95% CI: 1.45-2.49). The findings highlight significant racial and regional inequalities in access to cervical cancer screening program services within the Unified Health System, underscoring the need for improvements in cancer control and women's health policies
Palavras-chave: Neoplasias do Colo do Útero - prevenção & controle
Programas de Rastreamento
Sistemas de Informação em Saúde
Estudos Transversais
Mulheres
Sistema Único de Saúde
Estudos de Seguimento
Raça
Cervical Cancer
Screening Programs
Health Information Systems
Follow-up Studies
Race
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Programa: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Citação: SANTOS JUNIOR, Édnei César de Arruda. Seguimento de mulheres rastreadas para o câncer de colo do útero no Sistema Único de Saúde segundo raça/cor da pele, região e capitais. 2025. 114 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2025.
Tipo de acesso: Acesso Embargado
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23760
Data de defesa: 12-Fev-2025
Aparece nas coleções:Mestrado em Saúde Coletiva



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