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http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23765
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | O trabalho no CREAS: desnaturalizando as desigualdades sociorraciais e de gênero no serviço de medida socioeducativa em meio aberto na cidade do Rio de Janeiro |
Título(s) alternativo(s): | The work at CREAS: denaturalizing the socio-racial and gender inequalities in the socio-educational measures service in an open environment in Rio de Janeiro |
Autor: | Sousa, Danielle Monteiro de ![]() |
Primeiro orientador: | Marafon, Giovanna |
Primeiro membro da banca: | Silva, Ana Paula Procópio da |
Segundo membro da banca: | Siqueira, Luziane de Assis Ruela |
Terceiro membro da banca: | Arantes, Esther Maria de Magalhães |
Resumo: | O presente trabalho aborda como as equipes técnicas dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) da cidade do Rio de Janeiro têm realizado o trabalho, frente às desigualdades sociorraciais e de gênero, no Serviço de Proteção Social para adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (MSE) em Meio Aberto. Problematiza as relações assimétricas de poder entre o CREAS e as demais instituições que compõem este campo de estudo - Magistratura, Ministério Público e Defensoria Pública - e sua relação com os marcadores sociais de raça, gênero e classe social entre as/os envolvidas/os na condução da execução da MSE em Meio Aberto - Juízes/as, Promotoras/es de Justiça, Defensoras/es Públicas/os, Profissionais de nível superior atuando nos CREAS e adolescentes e jovens. A investigação se dá por meio da descrição do processo de trabalho, relatos de casos e respostas às demandas encaminhadas às equipes. O campo de pesquisa se constituiu a partir da inserção e observações acumuladas ao longo de 12 anos de prática profissional, tanto na gestão como na equipe técnica, em CREAS de três territórios diferentes da cidade, Centro, Zona Norte e Zona Oeste, onde pouco tem se problematizado e relacionado a assimetria nas relações de poder e os marcadores sociais dos/as que aplicam, acompanham e cumprem a MSE em Meio Aberto. Para essa discussão foram utilizados conceitos como branquitude - Priscila Elisabete da Silva e Lourenço Cardoso, Cida Bento, bem como Mara Viveros Vigoya e Lia Vainer Schucman; interseccionalidade, com Kimberlé Crenshaw, Patrícia Hill Collins e Sirma Bilge, e autoras/es que rompem com a perspectiva colonizadora, como Grada Kilomba, bell hooks, Lilia Schwarcz, Liv Sovik, Sueli Carneiro, entre outras. A pesquisa também se apoiou na análise institucional, nos conceitos de análise de implicações e sobreimplicação, tendo referência em René Lourau, Gilles Monceau, Cecília Coimbra e Maria Lívia do Nascimento. A pesquisa possibilitou compreender as concepções que levaram à construção das primeiras políticas para infância e juventude, e como elas têm se atualizado até hoje no Brasil, evidenciando a contradição entre o que é prescrito no Estatuto da Criança e do Adolescente e como elas têm sido implementadas e executadas na prática. Sua relevância está em perceber a possibilidade de mudanças sociais, a partir do reconhecimento das desigualdades como estruturantes da sociedade brasileira, e da importância da atuação crítica diante de sua materialização no cotidiano do trabalho dos CREAS, onde as/os profissionais mediatizam as relações entre Estado e população. |
Abstract: | The present work addresses how the technical teams of Specialized Social Assistance Reference Center (CREAS) from the city of Rio de Janeiro have been carrying out the work, facing the socio-racial and gender inequalities, in the Socio-educational Measures Service (MSE) in an Open Environment. It problematizes the asymmetric relations of power between CREAS and other institutions that make up this field of study - Judiciary, Public Prosecutor's Office and Public Defender's Office - and their relationship with the social markers of race, gender and social class among those involved in carrying out the execution of the MSE in an Open Environment - Judges, Prosecutors, Public Defenders, higher education professionals working in CREAS, adolescents and young people. The investigation takes place through the description of the work process, case reports and responses to demands sent to the teams. The research field was constituted from the insertion and observations accumulated over 12 years of professional practice, both in management and in technical team, in CREAS of three different territories of the city, Downtown, North and West Zones, where little has been problematized and related to asymmetry in relations of power and social markers of those who apply, monitor and comply with MSE in an Open Environment. For this discussion, concepts such as whiteness were used - Priscila Elisabete da Silva and Lourenço Cardoso, Cida Bento, as well as Mara Viveros Vigoya and Lia Vainer Schucman; intersectionality, with Kimberlé Crenshaw, Patrícia Hill Collins and Sirma Bilge, and authors who break with the colonizing perspective, such as Grada Kilomba, bell hooks, Lilia Schwarcz, Liv Sovik, Sueli Carneiro, among others. The research was also based on institutional analysis, on the concepts of analysis of implications and over-implication, with reference to René Lourau, Gilles Monceau, Cecília Coimbra and Maria Lívia do Nascimento. The research made it possible to understand the concepts which led to the construction of the first policies for childhood and youth, and how they have been updated in Brazil, highlighting the contradiction between what is prescribed in the Child and Adolescent Statute and how they have been implemented and executed in practice. Its relevance lies in realizing the possibility of social changes, based on the recognition of inequalities as structures of Brazilian society, and the importance of critical action in the face of their materialization in the daily work of CREAS, where professionals mediate the relations between the State and population. |
Palavras-chave: | Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) Desigualdades sociorraciais e de gênero Interseccionalidade Medidas Socioeducativas em Meio Aberto Relações de poder Specialized Social Assistance Reference Center (CREAS) Socio-racial and gender inequalities Intersectionality Socio-educational Measures in an Open Environment Relations of power |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Educação e Humanidades |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Citação: | SOUSA, Danielle Monteiro de. O trabalho no CREAS: desnaturalizando as desigualdades sociorraciais e de gênero no serviço de medida socioeducativa em meio aberto na cidade do Rio de Janeiro. 2024. 157 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas e Formação Humana) - Centro de Educação e Humanidades, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024. |
Tipo de acesso: | Acesso Restrito |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23765 |
Data de defesa: | 3-Dez-2024 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Políticas Públicas e Formação Humana |
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