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Tipo do documento: Tese
Título: Representações sociais das infecções sexualmente transmissíveis e as práticas de prevenção de jovens universitários
Título(s) alternativo(s): Social representations of sexually transmitted infections and prevention practices among university students
Autor: Moraes, Paula Costa de 
Primeiro orientador: Spindola, Thelma
Primeiro membro da banca: Marques, Sergio Corrêa
Segundo membro da banca: Costa, Cristiane Maria Amorim
Terceiro membro da banca: Formozo, Glaucia Alexandre
Quarto membro da banca: Hipolito, Rodrigo Leite
Resumo: Este estudo objetivou analisar as representações sociais das infecções sexualmente transmissíveis e as práticas de prevenção entre jovens universitários. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, apoiado na teoria das representações sociais, em suas abordagens processual e estrutural. Participaram do estudo 200 jovens universitários, com idade entre 18 e 29 anos, vinculados a uma universidade pública do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu nos períodos de 2019-2020 e 2023, com a aplicação de três instrumentos: um questionário para a caracterização social, das práticas sexuais e de prevenção das infecções, um formulário de evocações livres de palavras e um roteiro de entrevista semiestruturada. Os dados de caracterização foram analisados com estatística descritiva, com o uso do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Os dados das evocações livres foram submetidos à análise estrutural com o emprego do software Ensemble de Programmes Permettant L'analyse des Evocations (Evoc), resultando no quadro de quatro casas. As entrevistas submetidas a técnica de análise de conteúdo temático categorial. A análise da estrutura das representações sociais sobre “DST” revelou que os termos aids, sífilis e sexo constituem o provável núcleo central dessa representação, demonstrando que as IST são percebidas pelo grupo como doenças transmitidas pela atividade sexual. Em relação ao termo "prevenção", camisinha, cuidado, saúde e pílula foram os cognemas presentes no provável núcleo central, denotando que a prevenção está associada ao cuidado com a saúde. O termo camisinha foi o mais prontamente evocado pelos universitários, no entanto, a pílula é empregada para a prevenção de gravidez, mas não contra as IST. Os termos apontam dimensões cognitivas, afetivas e biomédica que dialogam com as seis categorias que emergiram na análise de conteúdo. Os resultados sinalizam que, embora os jovens universitários tenham acesso à informação e compreendam a importância das práticas de prevenção das IST nos intercursos sexuais, esse conhecimento não assegura o uso regular do preservativo. Embora os universitários reconheçam algumas IST e a importância das práticas preventivas para o cuidado com a saúde sexual, existe uma lacuna entre o saber científico e a adoção de comportamentos preventivos. Estratégias educativas mais abrangentes e sensíveis à realidade dos estudantes seriam oportunas, para que ocorressem mudanças comportamentais do grupo. A universidade desempenha um papel relevante nesse cenário, contribuindo para a disseminação do conhecimento e transformação das percepções. Conclui-se que as representações sociais sobre as IST e as práticas de prevenção entre jovens universitários são ancoradas no conhecimento científico relacionado às infecções e no cuidado de si, no entanto os fatores culturais e sociais, além da confiança nos relacionamentos afetivos, modelam os comportamentos sexuais dos estudantes e interferem na adesão ou não às práticas preventivas.
Abstract: This study aimed to analyze the social representations of sexually transmitted infections and prevention practices among university students. It is a descriptive study with a qualitative approach, supported by the theory of social representations, in its procedural and structural approaches. Two hundred university students, aged between 18 and 29, participated in the study, and three instruments were applied: a questionnaire for social characterization, sexual practices, and infection prevention, a free word association form, and a semi-structured interview guide. Data collection occurred during the periods of 2019-2020 and 2023 on a university campus located in the municipality of Rio de Janeiro. The data were recorded in Excel software and processed using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) software. In the second phase, the data from the free associations were processed using the Ensemble de Programmes Permettant L'analyse des Evocations (Evoc) software, resulting in a four-quadrant chart. The interviews were analyzed using the categorical thematic content analysis technique. The analysis of the structure of social representations about "STI" revealed that the terms AIDS, syphilis, and sex constitute the probable central core of these representations, demonstrating that STI are perceived by the group as diseases transmitted through sexual activity. Regarding the term "prevention," condom, care, health, and pill were the cognemes present in the probable central core, indicating that this term is associated with health care. The term "condom" was the most readily evoked by the students; however, the pill is used to prevent pregnancy but not against STI. The terms indicate cognitive, affective, and biomedical dimensions that dialogue with the six categories that emerged in the content analysis. The results indicate that although university students have access to information and understand the importance of STI prevention practices during sexual intercourse, this knowledge alone does not guarantee the regular use of condoms. The research highlights that although students recognize some STI and the importance of preventive practices for sexual health care, there is a gap between scientific knowledge and the adoption of preventive behaviors. More comprehensive and sensitive educational strategies tailored to the students' realities would be timely to promote behavioral changes within the group. The university plays a relevant role in this scenario, contributing to the dissemination of knowledge and the transformation of perceptions. It is concluded that the social representations of STI and prevention practices among university students are anchored in knowledge related to infections and self-care; however, cultural and social factors, as well as trust in affective relationships, shape students' sexual behaviors and influence their adherence to preventive practices.
Palavras-chave: infecções sexualmente transmissíveis
prevenção de doenças
representações sociais
adulto jovem
social representations
young adult
sexually transmitted infections
disease prevention
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM::ENFERMAGEM DE SAUDE PUBLICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Citação: MORAES, Paula Costa de. Representações sociais das infecções sexualmente transmissíveis e as práticas de prevenção de jovens universitários. 2024. 187 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Restrito
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23789
Data de defesa: 8-Out-2024
Aparece nas coleções:Doutorado em Enfermagem



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