Compartilhamento |
![]() ![]() |
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23794
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Avaliação da reorganização da Atenção Básica à Saúde no Brasil (2020-2023) durante a pandemia do Covid-19: análises críticas e propostas para o enfrentamento de futuros desafios sanitários |
Título(s) alternativo(s): | Evaluation of the Reorganization of Primary Health Care in Brazil (2020-2023) During the COVID-19 Pandemic: critical analyses and proposals for addressing future health challenges |
Autor: | Silva, João Paulo Almeida Brito da ![]() |
Primeiro orientador: | Pinheiro, Roseni |
Primeiro coorientador: | Hartz, Zulmira Maria de Araújo |
Primeiro membro da banca: | Caetano, Rosângela |
Segundo membro da banca: | Alexandre, Gisele Caldas |
Terceiro membro da banca: | Sousa, Allan Nuno Alves de |
Resumo: | A pandemia de COVID-19 trouxe desafios inéditos ao sistema de saúde brasileiro, com um impacto particularmente significativo sobre a Atenção Básica (AB), responsável por grande parte do atendimento primário à população. Este estudo tem como objetivo principal avaliar a reorganização da Atenção Básica à Saúde/Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil no contexto do enfrentamento à pandemia de COVID-19, entre os anos de 2020 e 2023, destacando as repercussões e os efeitos no cuidado prestado à população. A pesquisa utiliza uma abordagem avaliativa, combinando métodos quantitativos e qualitativos por meio da triangulação de métodos, com base na Análise de Implantação. Esse desenho metodológico permitiu examinar a APS em múltiplas dimensões, abrangendo tanto as mudanças estruturais promovidas no período como as percepções e experiências dos profissionais de saúde e dos usuários dos serviços de APS. A análise evidenciou uma reorganização significativa dos serviços da APS, com destaque para a implementação de inovações tecnológicas, como a telessaúde, que permitiu a continuidade do atendimento remoto em um cenário de restrições de circulação. Também foi necessária a reestruturação dos fluxos de atendimento nas unidades básicas de saúde, adaptando-se a nova realidade sanitária, e a reorganização das equipes de Saúde da Família, que desempenharam um papel crucial para garantir o acesso e a continuidade do cuidado, mesmo com as limitações impostas pela pandemia. A separação dos atendimentos de pacientes com sintomas respiratórios dos demais grupos foi uma estratégia essencial nas unidades básicas de saúde para minimizar o risco de contágio entre os usuários e os profissionais de saúde. Entretanto, a pandemia expôs desigualdades estruturais profundas dentro do sistema de saúde brasileiro, particularmente em áreas rurais e regiões com infraestrutura tecnológica e de conectividade limitada, onde o acesso à telessaúde foi extremamente restrito ou inexistente. Os resultados indicam que, apesar do aumento no número de equipes de Saúde da Família, a APS ainda enfrenta desafios críticos, como a fragmentação do cuidado, a sobrecarga de trabalho dos profissionais de saúde e a insuficiência de recursos humanos, tecnológicos e financeiros, especialmente em áreas vulneráveis. As disparidades regionais foram acentuadas pela pandemia, revelando fragilidades em áreas de menor desenvolvimento, onde o acesso a cuidados básicos de saúde já era limitado antes da crise sanitária. A implementação de telessaúde e outras tecnologias digitais mostrou-se uma alternativa eficiente para ampliar o alcance do atendimento. No entanto, a falta de inclusão digital e a insuficiência de capacitação tecnológica para profissionais e usuários comprometeram a eficácia das intervenções, especialmente nas regiões mais vulneráveis. O estudo conclui que é essencial um planejamento mais robusto e integrado para garantir a continuidade e a equidade no acesso aos serviços de saúde, mesmo em situações de crise. Recomenda-se a revisão e o aprimoramento das políticas públicas de saúde, orientadas pelos princípios de equidade, acessibilidade e integração, para fortalecer o papel central da APS no Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar sua capacidade de resposta em futuras emergências sanitárias. Além disso, o uso adequado das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) será crucial para enfrentar os desafios impostos por crises semelhantes no futuro. |
Abstract: | The COVID-19 pandemic posed unprecedented challenges to the Brazilian healthcare system, with a particularly significant impact on Primary Healthcare (AB), which is responsible for a large portion of primary care provided to the population. The main objective of this study is to evaluate the reorganization of Primary Healthcare/Primary Health Care (APS) in Brazil in the context of the response to the COVID-19 pandemic, between 2020 and 2023, highlighting the repercussions and effects on the care provided to the population. The research adopts an evaluative approach, combining quantitative and qualitative methods through method triangulation, based on Implementation Analysis. This methodological design allowed for the examination of APS in multiple dimensions, covering both the structural changes implemented during the period and the perceptions and experiences of healthcare professionals and users of APS services. The analysis revealed a significant reorganization of APS services, with an emphasis on the implementation of technological innovations, such as telehealth, which enabled the continuity of remote care in a scenario of restricted mobility. It was also necessary to restructure care flows in primary healthcare units, adapting to the new health reality, and reorganize Family Health teams, which played a crucial role in ensuring access and continuity of care, despite the limitations imposed by the pandemic. The separation of care for patients with respiratory symptoms from other groups was an essential strategy in primary healthcare units to minimize the risk of contagion among users and healthcare professionals. However, the pandemic exposed deep structural inequalities within the Brazilian healthcare system, particularly in rural areas and regions with limited technological infrastructure and connectivity, where access to telehealth was extremely restricted or non-existent. The results indicate that, despite the increase in the number of Family Health teams, APS still faces critical challenges, such as fragmented care, work overload for healthcare professionals, and a lack of human, technological, and financial resources, especially in vulnerable areas. Regional disparities were accentuated by the pandemic, revealing fragilities in less developed areas, where access to basic healthcare services was already limited before the health crisis. The implementation of telehealth and other digital technologies proved to be an effective alternative to expand the reach of care. However, the lack of digital inclusion and insufficient technological training for professionals and users compromised the effectiveness of interventions, especially in the most vulnerable regions. The study concludes that a more robust and integrated planning is essential to ensure continuity and equity in access to healthcare services, even in crisis situations. It recommends the review and improvement of public health policies, guided by the principles of equity, accessibility, and service integration, to strengthen the central role of APS in the Brazilian Unified Health System (SUS) and ensure its responsiveness in future health emergencies. Moreover, the proper use of new information and communication technologies (ICTs) will be crucial to address the challenges posed by similar crises in the future. |
Palavras-chave: | Atenção Primária à Saúde Covid-19 Cuidado Política de Saúde Tecnologia Sistema Único de Saúde Equidade em Saúde Atenção Básica em Saúde Avaliação em Saúde Acesso aos Serviços de Saúd Basic Health Care COVID 19 Health Policy Health Evaluation Health Services Accessibility |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Citação: | SILVA, João Paulo Almeida Brito da. Avaliação da reorganização da Atenção Básica à Saúde no Brasil (2020-2023) durante a pandemia do Covid-19: análises críticas e propostas para o enfrentamento de futuros desafios sanitários. 2024. 361 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024. |
Tipo de acesso: | Acesso Embargado |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23794 |
Data de defesa: | 19-Dez-2024 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Saúde Coletiva |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Tese - João Paulo Almeida Brito da Silva - 2024 - Completa.pdf | 5,08 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia | |
Termo - João Paulo Almeida Brito da Silva - 2024.pdf | 305,65 kB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia | |
CRN - Joao Paulo Almeida Brito da Silva - 2024.pdf | 314,31 kB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.