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Tipo do documento: Tese
Título: Associação da esquistossomose mansônica e diabetes mellitus tipo 1 em modelo murino experimental: novas perspectivas sobre o impacto no parasito e no tecido hepático
Título(s) alternativo(s): Association of schistosomiasis mansoni and type 1 diabetes mellitus in an experimental murine model: new perspectives on the impact on the parasite and liver tissue
Autor: Rosa, Aline Aparecida da 
Primeiro orientador: Neves, Renata Heisler
Primeiro membro da banca: Amadeu, Thaís Porto
Segundo membro da banca: Alencar, Alba Cristina Miranda de Barros
Terceiro membro da banca: Silva, Sílvia Amaral Gonçalves da
Quarto membro da banca: Filomeno, Carlos Eduardo da Silva
Resumo: Este trabalho tem como objetivo compreender a associação entre a infecção pelo helminto Schistosoma mansoni e o diabetes mellitus tipo 1, induzido por estreptozotocina (STZ), estudando as alterações nos helmintos e no fígado. Para tal, foram utilizados camundongos Swiss Webster machos, com 9 semanas de vida, divididos em 4 grupos (n por grupo = 10). Para a indução do diabetes mellitus, 20 destes animais receberam 100mg/kg de STZ, por via intraperitoneal e 10 dias depois da aplicação, os animais que apresentaram glicemia > 200 mg/dL, foram considerados diabéticos. Após 30 dias, os animais (n=20) foram infectados por S. mansoni, por via subcutânea (±80 cercarias por animal). Obteve-se então, os seguintes grupos de estudo: Grupo CS- animais não infectados e não diabéticos; Grupo I, animais infectados com S. mansoni; Grupo D, animais diabéticos; e Grupo DI, animais diabéticos e infectados pelo S. mansoni. A eutanásia ocorreu na nona semana de infecção, onde retirou-se o fígado, que foi submetido ao processamento histológico de rotina. Cortes histológicos obtidos foram corados por H&E, Tricrômico de Masson e Picrossirius Red, e analisados por histopatologia, métodos quantitativos (D36, quantificação de células e colágeno) e morfometria dos granulomas. Os helmintos adultos foram retirados do sistema porta e das veias do mesentério, separados por sexo, fixados em AFA e corados por Carmim Clorídrico, os sexos, por microscopia de campo claro, MEV e Confocal. Ao analisarmos os helmintos machos do Grupo DI notou-se tegumento mais espesso do que os espécimes do Grupo I (+43%; p=0,001), lobos testiculares com alterações em sua morfologia, e espaços vazios entre as células. Nas fêmeas, o ovário estava com área maior do que no Grupo I (+21%; p= 0,0150), com oócitos que apresentavam variação do tamanho celular, pleomorfismo (formatos triangulares e retangulares) e espaços vazios entre eles. Na análise histopatológica do fígado observou-se extensas áreas de necrose, diversos granulomas em confluência, desnaturação de endonucleases no núcleo dos hepatócitos (visto também no Grupo D), células com degeneração hidrópica, microesteatose hepática e finalmente, hiperemia nos vasos e capilares. A estereologia apontou decréscimo no volume de hepatócitos do Grupo DI (-15%; p=0,008), e das células de Kupffer (-40%; p=0,026), e aumento do infiltrado celular (+200%; p=0,0151) comparados aos Grupos CS, I e D, respectivamente. Avaliando a remodelação hepática, notou-se uma diminuição significativa de hepatócitos mononucleados e binucleados no Grupo DI comparando-o aos Grupos D e I. Não foram encontradas diferenças nas medidas de área e perímetro dos granulomas, no entanto a produção de colágeno foi 76% maior no Grupo DI comparado ao Grupo I (p= 0,0159). Concluiu-se neste trabalho, que o diabetes mellitus tipo 1 modificou alguns parâmetros da infecção esquistossomótica, entre eles: a espessura do tegumento dos helmintos machos; o sistema reprodutor de machos e fêmeas; a desestruturação organizacional no tecido hepático que ocorre na esquistossomose e; a deposição de colágeno nos granulomas esquistossomóticos.
Abstract: This study aims to understand the association between infection by the helminth Schistosoma mansoni and type 1 diabetes mellitus induced by streptozotocin (STZ) by studying the changes in the helminths and liver. For this purpose, male Swiss Webster mice, 9 weeks old, were divided into 4 groups (n per group = 10). To induce diabetes mellitus, 20 of these animals received 100 mg/kg of STZ intraperitoneally and 10 days after application, animals with blood glucose > 200 mg/dL were considered diabetic. After 30 days, the animals (n = 20) were infected with S. mansoni subcutaneously (± 80 cercariae per animal). The following study groups were then obtained: Group CS - uninfected and non-diabetic animals; Group I - animals infected with S. mansoni; Group D, diabetic animals; and Group DI, diabetic animals infected with S. mansoni. Euthanasia occurred in the ninth week of infection, when the liver was removed and submitted to routine histological processing. Histological sections obtained were stained with H&E, Masson's Trichrome and Picrosirius Red, and analyzed by histopathology, quantitative methods (D36, cell and collagen quantification) and morphometry of granulomas. Adult helminths were removed from the portal system and mesentery veins, separated by sex, fixed in AFA and stained with Hydrochloric Carmine, for evaluation of the structures of the reproductive system, digestive system and tegument in both sexes, by bright field microscopy, SEM and Confocal. When analyzing the male helminths in the DI Group, we noticed a thicker tegument than the specimens in the infected Group (+43%; p=0.001), testicular lobes with changes in their morphology, and empty spaces between the cells. In females, the ovary presented a larger area than in Group I (+21%; p=0.0150), with oocytes that presented variation in cell size, pleomorphism (triangular and rectangular shapes) and empty spaces between them. The histopathological analysis of the liver demonstrated extensive areas of necrosis, several granulomas in confluence, denaturation of endonucleases in the nucleus of hepatocytes (also seen in Group D), cells with hydropic degeneration, hepatic microsteatosis and finally, hyperemia in the vessels and capillaries. Stereology showed a decline in the volume of DI hepatocytes (-15%; p=0.008) and Kupffer cells (-40%; p=0.026), and an increase in cellular infiltrate (+200%; p=0.0151) compared to the CS, I and D Groups, respectively. Evaluating liver regeneration, a significant decrease in mononucleated and binucleated hepatocytes was noted in Group DI compared to Groups D and I. No differences were found in the area and perimeter measurements of the granulomas, however, collagen production was 76% higher in Group DI compared to Group I (p = 0.0159). It was concluded in this study that the association of type 1 diabetes mellitus modified some parameters of schistosomal infection, among them: the thickness of the tegument of male helminths; the reproductive system of males and females; intensified the desorganizational in the liver tissue that occurs in schistosomiasis; and increased collagen deposition in schistosomal granulomas.
Palavras-chave: Schistosoma mansoni – Anatomia e histologia
Morfologia dos vermes
Diabetes mellitus Tipo 1 – Induzido quimicamente
Fígado – Patologia
Histopatologia
Worm morphology
Liver
Histopathology
Esquistossomose mansoni – Patologia
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::PARASITOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Citação: ROSA, Aline Aparecida da. Associação da esquistossomose mansônica e diabetes mellitus tipo 1 em modelo murino experimental: novas perspectivas sobre o impacto no parasito e no tecido hepático. 2024. 81 f. Tese (Doutorado em Microbiologia) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23812
Data de defesa: 9-Dez-2024
Aparece nas coleções:Doutorado em Microbiologia



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