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Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/24024
Tipo do documento: Tese
Título: Entre nós: mãos que escrevem com agulha e linha
Título(s) alternativo(s): Between us: writing in needle and thread
Autor: Reis Júnior, Fábio dos 
Primeiro orientador: Pinho, Davi Ferreira de
Primeiro membro da banca: Jordão, Adriana
Segundo membro da banca: Filizola, Marcela Rezende e Silva Bettega
Terceiro membro da banca: Silva, Flávia Trocoli Xavier da
Quarto membro da banca: Leal, Marcelle Ferreira
Resumo: Esta tese reúne três ensaios que giram em torno do complexo metafórico da costura e seus contornos teóricos, críticos, políticos e éticos. No primeiro deles, revisito alguns aspectos de uma tradição literária que aproxima a costura da escrita, partindo do pensamento de Ana Maria Machado, Tamara Kamenszain e Roland Barthes, dentre outros nomes. Além disso, ainda nesse movimento inicial, promovo um curto-circuito entre a écriture féminine de Hélène Cixous e o conceito de Escrevivência, cunhado por Conceição Evaristo. Assim, avento a possibilidade de uma costurescrita, que entendo como um trabalho de recostura do “eu” numa escrita que herdo de minhas mães. Pensando, com Virginia Woolf, a memória como uma costureira habilidosa, encontro, entre os textos e os têxteis, a literatura. Em seguida, investigo de que forma a costura comparece na ficção woolfiana, mais especificamente, revelando e, simultaneamente, profanando o Anjo do Lar que assombra a obra da autora. Nessa reavaliação do feminino historicamente construído, o trabalho têxtil desponta, no texto de Woolf, como uma atividade carregada de erotismo, numa conversa que estabeleço com Georges Bataille e Audre Lorde. Aqui reabro a porta de acesso para a androginia já anunciada em A Room of One’s Own, o que deixa espaço para o movimento queer que empreendo mais adiante, com Sara Ahmed. Por fim, em meu último ensaio, retorno à literatura de Cecília Reis, minha avó, uma outsider não capturada pelo texto de Virginia Woolf, com quem recupero algumas das memórias da plantação que, de acordo com Grada Kilomba, estão escondidas na psique de pessoas negras. Ademais, me interesso pela participação dos homens nessa cultura da costura que investigo ao longo de todo o meu texto, seguindo os passos do historiador da arte Joseph McBrinn. Isso me ajuda a compreender de que forma o meu corpo queer herda o feminino historicamente construído, desorientando toda uma matriz de inteligibilidade heteronormativa que rodeia nossos corpos, tentando vesti-los com seus rígidos códigos
Abstract: This thesis collects three essays that revolve around the metaphorical complex of sewing and its theoretical, critical, political, and ethical contours. In the first one, I revisit certain aspects of a literary tradition that connects sewing with writing, drawing on the thoughts of Ana Maria Machado, Tamara Kamenszain, and Roland Barthes, among others. Furthermore, I promote some sort of short-circuit between Hélène Cixous’s écriture féminine and the concept of Escrevivência, coined by Conceição Evaristo. Thus, I envision the possibility of enacting costurescrita (sewing-writing), which I understand as the process of resewing the “self” into a form of writing I inherit from my mothers. Thinking, with Virginia Woolf, of memory as a skilled seamstress, I locate literature in between texts and textiles. Next, I investigate how sewing appears in Woolf's fiction, more specifically, simultaneously revealing and profaning the Angel in the House that haunts her oeuvre. In this reevaluation of femininity, needlework emerges in Woolf’s fiction as an activity that is loaded with eroticism, in dialogue with Georges Bataille and Audre Lorde. Here, I reopen the gateway to androgyny already announced in A Room of One’s Own, which makes room for the queer movement I undertake further on, with Sara Ahmed. Finally, in my last essay, I turn my attention to Cecília Reis’s oeuvre, whose outsideness is not captured by Woolf’s text: Reis helps me uncover some of the plantation memories that, according to Grada Kilomba, are hidden in black people’s psyches. Moreover, I am interested in the participation of men in this sewing culture I investigate throughout my entire text, following in the footsteps of art historian Joseph McBrinn. This helps me understand how my queer body inherits the feminine, disorienting an entire grid of heteronormative intelligibility that surrounds our bodies, trying to dress them in its rigid codes
Palavras-chave: Costura
Escrita
Virginia Woolf
Cecília Reis
Mulheres e literatura
Memória na literatura
Woolf, Virginia, 1882-1941- Crítica e interpretação
Reis, Cecília – Crítica e interpretação
Needlework
Writing
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURAS ESTRANGEIRAS MODERNAS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: REIS JÚNIOR, Fábio dos. Entre nós: mãos que escrevem com agulha e linha. 2024. 157 f. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/24024
Data de defesa: 25-Out-2024
Aparece nas coleções:Doutorado em Letras



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