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Tipo do documento: Tese
Título: Ambiente alimentar de escolas públicas e privadas brasileiras: associação com o consumo de alimentos ultraprocessados e evolução temporal a partir da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE)
Título(s) alternativo(s): Food environment in Brazilian public and private schools: association with the consumption of ultra-processed foods and temporal evolution based on the National School Health Survey (PeNSE)
Autor: Cunha, Rosevane de Oliveira 
Primeiro orientador: Canella, Daniela Silva
Primeiro coorientador: Carmo, Ariene Silva do
Primeiro membro da banca: Brito, Flávia dos Santos Barbosa
Segundo membro da banca: Souza, Taciana Maia de
Terceiro membro da banca: Bandoni, Daniel Henrique
Quarto membro da banca: Mendes, Larissa Loures
Resumo: O ambiente alimentar escolar pode impactar de forma negativa ou positiva a alimentação dos escolares dependendo dos alimentos e estruturas disponíveis nesses locais. Nesse sentido, torna-se relevante compreender a evolução do ambiente alimentar escolar e de que maneira esse ambiente, influencia nas práticas alimentares dos estudantes. O presente estudo teve como objetivo avaliar o ambiente alimentar de escolas brasileiras, sua associação com o consumo de alimentos ultraprocessados entre escolares e sua evolução temporal. Para isso, foram utilizados os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). A tese está organizada em dois artigos, apresentados a seguir: Artigo 1: Associação entre o ambiente alimentar escolar e o consumo de alimentos ultraprocessados, utilizando dados da PeNSE 2019. O ambiente alimentar foi avaliado pelo indicador “Disponibilidade de alimentos e bebidas no ambiente alimentar escolar”, composto por 16 itens, no qual maiores valores representavam um ambiente mais saudável, e o consumo alimentar pelo relato de consumo de 13 alimentos ultraprocessados no dia anterior, que resultaram em um escore, sendo considerado o consumo elevado um escore ≥ 5. Modelos de Regressão Logística Multinível estratificados por dependência administrativa das escolas e ajustados por variáveis sociodemográficas foram utilizados para avaliar a associação entre o ambiente alimentar e o consumo de ultraprocessados. Os adolescentes relataram consumo médio de 4,34 itens ultraprocessados (IC95% 4,30;4,38), sem diferença entre aqueles de escolas públicas e privadas. Quanto à disponibilidade de alimentos, foi observado um maior escore nas escolas públicas (11,23; IC95% 11,00;11,49) em relação às privadas (10,43; IC95% 10,21;10,65). Estudantes de escolas públicas (OR: 0,93; IC 95% 0,90;0,96) e privadas (OR: 0,94; IC 95% 0,90;0,98) que estão no maior quartil para o escore de disponibilidade de alimentos e bebidas (escore ≥14) apresentaram menor chance de consumo elevado de alimentos ultraprocessados. Artigo 2: Avaliação da evolução temporal do ambiente alimentar escolar, utilizando dados da PeNSE de 2012, 2015 e 2019. O ambiente alimentar foi descrito por cada uma das variáveis ambientais e avaliado pelo indicador “Disponibilidade de alimentos e bebidas no ambiente alimentar escolar” calculado considerando, separadamente e em conjunto, as cantinas e entorno da escola. As mudanças observadas na prevalência das variáveis e nos escores do ambiente alimentar foram avaliadas por meio da comparação entre os intervalos de confiança. Em todos os anos foi observada uma elevada frequência de venda de alimentos ultraprocessados tanto nas cantinas quanto nos pontos alternativos de venda nos entornos escolares. As escolas públicas apresentaram as maiores médias do escore em todas as edições da pesquisa, exceto no caso das escolas privadas da região Sudeste em 2019. Identificaram-se variações no escore de disponibilidade de alimentos e bebidas ao longo do período analisado, as quais tenderam a ser negativas. O sub-escore referente às cantinas evidenciou mudanças mais positivas, especialmente entre os anos de 2015 e 2019. Em contraste, o sub-escore dos pontosal aternativos apresentou piora no mesmo período. Conclui-se que um ambiente alimentar escolar mais saudável está associado a um menor consumo de alimentos ultraprocessados entre adolescentes brasileiros. Adicionalmente, a piora observada, sobretudo, nos pontos alternativos de venda ao longo do período analisado denota a necessidade de implementação de ações mais efetivas voltadas para a melhoria desses espaços.
Abstract: The school food environment can impact students' diets either negatively or positively, depending on the foods available in these locations. In this context, it becomes relevant to understand the evolution of the school food environment and how this environment, influences students' eating practices. This study aimed to evaluate the food environment in Brazilian schools, its association with the consumption of ultra-processed foods among students, and it is temporal evolution. For this purpose, data from the National School Health Survey (PeNSE) were used. The research resulted in two manuscripts presented below: Article 1: Association between the school food environment and the consumption of ultra-processed foods, using data from PeNSE 2019. The food environment was assessed using the indicator "availability of foods and beverages in the school food environment," and food consumption was based on the reported consumption of 13 ultra-processed foods on the previous day, which resulted in a score, with high consumption considered when the score ≥ 5. Multilevel Logistic Regression models stratified by school administrative dependence and adjusted for sociodemographic variables were used to evaluate the association between the food environment and the consumption of ultra-processed foods. Adolescents reported an average consumption of 4.34 ultra-processed items (95% CI: 4.30-4.38), with no difference between those in public and private schools. Regarding food availability, a better score was observed in public schools (11.23; 95% CI: 11.00-11.49) compared to private schools (10.43; 95% CI: 10.21-10.65). Students from public (OR: 0.93; 95% CI 0.90; 0.96) and private schools (OR: 0.94; 95% CI 0.90; 0.98) enrolled in schools that are in the highest quartile for the food and beverage availability score (≥score 14) showed lower odds of high consumption of ultra-processed foods. Article 2: Temporal assessment of the school food environment, using data from PeNSE 2012, 2015, and 2019. The food environment was also assessed using the indicator "availability of foods and beverages in the school food environment," calculated by considering, both separately and jointly, the school canteens and alternative points of sale of foods around schools. Temporal trends in the prevalence of key variables and in food environment scores were evaluated through comparisons of confidence intervals across survey years, with the year of data collection considered as the exposure. Across all evaluated years, a consistently high prevalence of ultra-processed food sales was identified in both school canteens and alternative points of sale in the surrounding school environments. Public schools exhibited the highest mean scores across all editions of the study, with the exception of private schools in the Southeast region in 2019. Variations in the food and beverage availability score were identified throughout the period under analysis. The subscore related to school canteens demonstrated more favorable changes, particularly between 2015 and 2019. In contrast, the subscore for alternative food outlets declined during the same period.. These findings suggest that a healthier school food environment is associated with reduced consumption of ultra-processed foods among Brazilian adolescents. Moreover, the observed deterioration especially in alternative sales points over time underscores the urgent need for the implementation of more effective strategies aimed at improving these environments.
Palavras-chave: Food consumption
Adolescents
School meals
School environment
Consumo alimentar
Adolescentes
Alimentação escolar
Ambiente escolar
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
Programa: Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Citação: CUNHA, Rosevane de Oliveira. Ambiente alimentar de escolas públicas e privadas brasileiras: associação com o consumo de alimentos ultraprocessados e evolução temporal a partir da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). 2025. 127 f. Tese (Doutorado em Alimentação, Nutrição e Saúde) - Instituto de Nutrição, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2025.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/24033
Data de defesa: 14-Abr-2025
Aparece nas coleções:Doutorado em Alimentação, Nutrição e Saúde



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