Compartilhamento |
![]() ![]() |
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4218
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | "Amar demais": um estudo qualitativo sobre gênero e medicalização do amor |
Título(s) alternativo(s): | "Loving too much": a qualitative study on gender and medicalization of love |
Autor: | Peixoto, Mônica Monteiro ![]() |
Primeiro orientador: | Heilborn, Maria Luiza |
Primeiro membro da banca: | Russo, Jane Araujo |
Segundo membro da banca: | Alves, Andrea Moraes |
Terceiro membro da banca: | Menezes, Rachel Aisengart |
Resumo: | Esta dissertação apresenta um estudo qualitativo socioantropológico sobre o universo das "mulheres que amam demais anônimas" (MADA). Foram realizadas dezesseis entrevistas semiestruturadas com integrantes desses grupos de ajuda mútua sediados na cidade do Rio de Janeiro. O conjunto entrevistado é heterogêneo quanto à escolaridade e nível financeiro; a faixa etária concentra-se entre 40 e 50 anos e todas se declararam heterossexuais. O grupo orienta-se pela leitura recorrente do livro de Robin Norwood "Mulheres que amam demais" e suas reuniões são baseadas no compartilhamento das experiências afetivas. Há compromisso de anonimato e busca-se pela simetria entre as componentes. Tensões surgem em torno da possibilidade de hierarquização na gestão do grupo e no convívio via "amadrinhamento". Os discursos assinalam: a necessidade de controle do parceiro associada a baixo autocontrole (expresso por comportamentos considerados "compulsivos"); a dedicação intensa ao relacionamento ("viver em função do outro"); a valorização do enlace amoroso como fonte exclusiva de felicidade; e medo da solidão. O sentimento de "baixa autoestima" aparece como mecanismo explicativo desse tipo de vínculo. A interação conjugal é marcada por conflitos acerca da reciprocidade de atenção e cuidados, o que revela uma dinâmica de gênero particular ao mundo amoroso. A configuração do "amar demais" como "doença" no livro fundador do MADA estrutura-se pela analogia sistemática ao modelo de diagnóstico e recuperação do alcoolismo. As narrativas apresentaram forte adesão ao discurso 'psi' e médico. A caracterização do 'amor patológico' e a formulação de escalas para medi-lo, associadas à tentativa de empreendê-lo como categoria diagnóstica, configuram-se como importante movimento de medicalização do "amar demais". |
Abstract: | This dissertation presents a socio anthropological qualitative study about the universe of "women who love too much anonymous". Sixteen semistructured interviews were conducted with members of these mutual aid groups located in the city of Rio de Janeiro. The group interviewed is heterogeneous in terms of education and financial level, the age concentrates mainly between 40 and 50 years, and all declared themselves heterosexual. The group is guided by recurrent reading of Robin Norwood's book 'Women who love too much' and their meetings are based on the sharing of affective experiences. There is a commitment to anonymity and the search for symmetry between the components. Tensions arise around the possibility of hierarchy in the management of the group and at a convivial through "godmotherness". The discourse analysis highlights: the need to control the partner associated with low self-control (expressed by behaviors considered "compulsive"); intense dedication to the relationship ("live for the other"); the appreciation of love as the only source of happiness; and fear of loneliness. The feeling of "low self esteem" appears as explanatory mechanism of this type of bond. The marital interaction is marked by conflicts about the reciprocity of care and attention, which reveals a particular gender dynamic to emotional world. The configuration of "loving too much" as 'illness' in the founder book of "Women who love too much anonymous" is structured by the systemic analogy to the model of diagnosis and recovery from alcoholism. The narratives presented strong adhesion to psycological and medical speech. The characterization of 'pathological love' and the formulation of scales to measure it associated with the attempt to undertake it as a diagnostic category appears as important movement medicalization of "loving too much". |
Palavras-chave: | Love Mutual aid group Gender Medicalization Conjugality Amor Grupo de ajuda mútua Gênero Medicalização Conjugalidade |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA |
Idioma: | por |
País: | BR |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Citação: | PEIXOTO, Mônica Monteiro. "Amar demais": um estudo qualitativo sobre gênero e medicalização do amor. 2013. 183 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas e Saúde; Epidemiologia; Política, Planejamento e Administração em Saúde; Administra) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4218 |
Data de defesa: | 28-Abr-2013 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Saúde Coletiva |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|
dissertacao completa Monica Monteiro Peixoto.pdf | 1,69 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.