Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4906
Tipo do documento: Tese
Título: Ectoparasitos e hemoparasitos de pinguins (Pygoscelis spp.) e skuas (Stercorarius maccormicki) nas ilhas Shetland do Sul, Antártica
Título(s) alternativo(s): Ectoparasites e blood parasites of penguins (Pygoscelis spp.) and skuas (Stercorarius maccormicki) in the South Shetland Islands, Antarctica
Autor: Reis, Ana Olívia de Almeida 
Primeiro orientador: Alves, Maria Alice dos Santos
Primeiro membro da banca: Silva, Dayse Aparecida da
Segundo membro da banca: Gazêta, Gilberto Salles
Terceiro membro da banca: Dias, Roberto Júnio Pedroso
Resumo: Os parasitos podem atuar como espécies-chave na manutenção da diversidade, sendo as relações parasito-hospedeiro excelentes modelos para análises de dinâmicas evolutivas e ecológicas. Ectoparasitos ocorrem em todas as regiões do planeta, enquanto hemoparasitos estão limitados à distribuição dos vetores. No arquipélago Shetland do Sul, Antártica, onde há pouco conhecimento sobre parasitos, há apenas cinco espécies registradas, incluindo o carrapato Ixodes uriae, que está associado à transmissão de patógenos em outras regiões onde ocorre. Dentre as 40 espécies de aves que se reproduzem na Antártica, estão a skua-polar-dosul (Stercorarius maccormicki) ave territorialista, que migra por longas distâncias, e três espécies de pinguins Pygoscelis (P. adeliae; P. antarctica e P. papua), que são aves coloniais. Nesse contexto, a presente tese é composta por três capítulos, incluindo uma revisão sobre ectoparasitos que ocorrem nas famílias de pinguins (Sphenicidae) e skuas (Stercorariidae), e a relação da riqueza dos parasitos com dispersão e tamanhos populacional e corporal dos hospedeiros (capítulo 1); uma investigação dos ectoparasitos de pinguins Pygoscelis e da skua S. maccormicki, no arquipélago Shetland do Sul, e a relação das prevalências e riqueza dos parasitos com parâmetros intraespecíficos e interespecíficos (capítulo 2); e a pesquisa por Babesia spp. e Rickettsia spp. nas quatro espécies de aves estudadas e em carrapatos I. uriae, além da pesquisa por hemoparasitos em lâminas de esfregaço sanguíneo (capítulo 3). No capítulo 1, apenas a riqueza de piolhos mastigadores em Sphenicidae esteve relacionada com o tamanho corporal do hospedeiro, deslocamento e tamanho populacional das espécies de pinguins. No capítulo 2, o único ectoparasito registrado em pinguins foi I. uriae. Para S. maccormicki, duas espécies de ácaros de pena (Alloptes (Conuralloptes) catharacti e Zachvatkinia stercorarii) e duas espécies de piolhos mastigadores (Haffneria grandis e Saemundssonia (Saemundssonia) euryrhyncha) foram encontradas. A prevalência de dois ectoparasitos variou intraespecificamente entre os sexos em S. maccormicki. Skuas com bicos menores parecem ser mais eficientes em eliminar parasitos de maior tamanho corporal, H. grandis, que também esteve diretamente relacionado ao tamanho corporal das skuas. Os ectoparasitos encontrados em skuas parecem não influenciar o peso dos hospedeiros. No capítulo 3, registramos a presença de Babesia spp. para as três espécies de pinguins e em I. uriae, o que indica que este pode ser o potencial transmissor de Babesia spp. Registramos pela primeira vez Leucocytozoon spp. na Antártica, incluindo os primeiros registros para as quatro espécies de aves estudadas. A presença desse hemosporídeo, transmitido majoritariamente por simulídeos, alerta para uma possível introdução desses insetos na região. Nossos resultados mostram que a distribuição de ectoparasitos depende de diversos fatores, e que o conhecimento dos aspectos biológicos do hospedeiro é importante para entender os seus padrões em uma população ou região, e ainda são escassos, principalmente em relação às skuas e à Antártica. Ao mesmo tempo, a descoberta de novos hospedeiros para Babesia spp., assim como o primeiro registro de Leucocytozoon spp. na Antártica, evidencia a importância do desenvolvimento de pesquisas com vetores e hemoparasitos neste continente, que pode ser uma ferramenta de monitoramento da saúde nessa região.
Abstract: Parasites can act as key species in the maintenance of diversity, being the "hostparasite" relationships excellent models for analysis of evolutionary and ecological dynamics. Ectoparasites occur in all regions of the planet, while hemoparasites are limited by the distribution of vectors. At South Shetland archipelago, Antarctica, where there is little knowledge about parasites, there are only five recorded species, including the Ixodes uriae tick, which is associated with the transmission of pathogens in other regions where it occurs. Among the 40 species of birds that occur in Antarctica, there are the territorialist south polar skua (Stercorarius maccormicki), which migrates for long distances, and three species of Pygoscelis penguins (P. adeliae, P. antarctica and P. papua), which are colonial birds. In this context, the present thesis consists of three chapters, including a review on ectoparasites that occur in penguins (Sphenicidae) and skuas (Stercorariidae) families, and the relation of parasite richness with dispersion, population size and body size of hosts (chapter 1); an investigation of the ectoparasites of Pygoscelis penguins and skua S. maccormicki in the South Shetland archipelago, and the relationship between the prevalence and richness of parasites with intraspecific and interspecific parameters (chapter 2); and the investigation of Babesia spp. and Rickettsia spp. in the four species of birds studied and in ticks I. uriae, in addition to hemoparasite screening on blood smear slides (chapter 3). In chapter 1, only the richness of chewing lice in Sphenicidae was related to host body size, population size and dispersal of penguins species. In chapter 2, the only ectoparasite recorded in penguins was I. uriae. For S. maccormicki, two species of feather mites (Alloptes (Conuralloptes) catharacti and Zachvatkinia stercorarii) and two species of chewing lice (Haffneria grandis and Saemundssonia (Saemundssonia) euryrhyncha) were found. The prevalence of two ectoparasites varied intraspecifically between the sexes in S. maccormicki. Skuas with smaller beaks appear to be more efficient at the elimination of larger-sized parasites (H. grandis), which was also directly related to the body size of skuas. The ectoparasites found in skuas do not seem to influence the weight of the hosts. In chapter 3, we recorded the presence of Babesia spp. for the three species of penguins and in I. uriae, indicating that this may be the potential transmitter of Babesia spp. We recorded at the first time Leucocytozoon spp. in Antarctica, including the first records for the four species of birds studied. The presence of this haemosporidia, transmitted mainly by simulids, alerts to a possible introduction of these insects in the region. Our results show that the distribution of ectoparasites depends on several factors, and that the knowledge of the biological aspects of the host is important to understand its patterns in a population or region, and are still scarce, especially in relation to skuas and Antarctica. At the same time, the discovery of new hosts for Babesia spp., as well as the first record of Leucocytozoon spp. in Antarctica, highlights the importance of the development of vector and hemoparasite research in this continent, which can be a tool of health monitoring in this region.
Palavras-chave: Babesia
Leucocytozoon
Lice
Mite
Seabird
Tick
Ácaros
Aves marinhas
Babesia
Carrapatos
Leucocytozoon
Piolhos
Ave marinha - Admiralty, Baía (Shetland do Sul, Ilhas)
Parasitismo
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Citação: REIS, Ana Olívia de Almeida. Ectoparasitos e hemoparasitos de pinguins (Pygoscelis spp.) e skuas (Stercorarius maccormicki) nas ilhas Shetland do Sul, Antártica. 2018. 88 f. Tese (Doutorado em Ecologia e Evolução) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4906
Data de defesa: 5-Abr-2018
Aparece nas coleções:Doutorado em Ecologia e Evolução

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Tese - Ana Olivia de Almeida Reis - 2018 - Completa.pdf16,74 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.