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http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6054
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Memórias póstumas e romance: um estudo sobre gênero, ficcionalidade e vazio |
Título(s) alternativo(s): | Memorias Postumas and novel: a study about genre, fictionality and nothingness |
Autor: | Melo, Luísa Chaves de |
Primeiro orientador: | Lima Filho, Luiz de França Costa |
Primeiro membro da banca: | Borba, Maria Antonieta Jordão de Oliveira |
Segundo membro da banca: | Moriconi Júnior, Italo |
Terceiro membro da banca: | Silva, Cristiane Brasileiro Mazocoli |
Quarto membro da banca: | Bulhões-carvalho, Ana Maria de |
Resumo: | Na primeira parte desta tese, Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, publicado em 1881, serve de ponto de partida para se desenvolver a idéia de que no romance de ficção assumida, quando o leitor começa a ler a obra o personagem já está morto, uma vez que ele não tem vida para além da ficção. Ou seja, romances que desnudam sua ficcionalidade serão sempre memórias póstumas daquele ou daqueles personagens. Assim, o romance de Machado configura-se como alegoria do gênero romanesco. E na experiência da leitura, a morte anunciada do personagem ajuda o leitor a se preparar para a sua própria, pois vive um pouco como sua essa morte. Em seguida, argumenta-se que o gênero romanesco, por sua vez, é alegoria da tragicidade da existência humana. A recorrente metáfora da vida como um livro, usada no romance de Machado, possibilita transpor a categorização do ato de leitura, elaborada pelo teórico alemão Wolfgang Iser, para a relação que temos com os fatos de nossa existência. Assim, pela analogia construída, o vazio do romance a ser lido realça o vazio existencial a que todos nós somos sujeitos.Na segunda parte, a pesquisa se detém em dois momentos da abordagem do vazio na literatura do século XX, para perceber como os vazios e as indeterminações do texto se relacionam com o vazio existencial dos personagens. Em São Bernardo, de Graciliano Ramos, a perda da esposa detona a crise que faz o narrador questionar a própria vida; em Que pensam vocês que ele fez, de Carlos Sussekind, a obsessão do pratagonista pelo diário escrito por seu desaparecido pai leva o leitor a questionar o sentido da sua vida. |
Abstract: | In the first part of this thesis, Machado de Assis Memórias Póstumas de Brás Cubas, published in 1881, serve as a starting point to develop the idea that in novels wich do not disguise their fictional nature, when the reader begins to read it the character is already dead, as it has no life beyond fiction. That is, novels that bluntly manifest their fictional aspect will always be posthumous memories of this or those characters. Therefore, Machado s novel becomes an allegory of the Romanesque gender. In the reading experience, the character s announced death aids the reader to be prepared for its own, as he or she live such death as their own. Afterwards, the thesis raise the argument that the Romanesque gender by its turn is an allegory of the tragic human existence. The recurring metaphor of picturing life as a book, used in Machado s novel, enables one to hurdle the categorization of the act of reading, elaborated by the German theorist Wolfgang Iser, towards the relation we maintain with the facts of our own existence. Therefore, through that analogy, the emptiness of the novel to be read highlights the existential emptiness we are all subject to. In the second part, the research is focused in two moments of the approach of emptiness by the 20th Century literature, to realize how the emptiness and the indeterminations of the text relate to the characters existential emptiness. In Graciliano Ramos São Bernardo, the loss of the wife triggers the crisis that make the storyteller question his own life; In Carlos Sussekind s Que pensam vocês que ele fez, the protagonist s obsession for the diary written by his late father leads the reader to question the sense of life itself. |
Palavras-chave: | Novel theory Brazilian literature Machado de Assis Graciliano Ramos Carlos Sussekind Assis, Machado de, 1839-1908. Memórias póstumas de Brás Cubas - Crítica e interpretação Teoria do romance Literatura brasileira Machado de Assis Graciliano Ramos Carlos Sussekind |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA |
Idioma: | por |
País: | BR |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Letras |
Citação: | MELO, Luísa Chaves de. Memórias póstumas e romance: um estudo sobre gênero, ficcionalidade e vazio. 2006. 161 f. Tese (Doutorado em Literaturas de Língua Inglesa; Literatura Brasileira; Literatura Portuguesa; Língua Portuguesa; Ling) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6054 |
Data de defesa: | 31-Mar-2006 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Letras |
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