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Tipo do documento: Tese
Título: Las madres de Plaza de Mayo: à memória do sangue, o legado ao revés
Título(s) alternativo(s): Las Madres de Plaza de Mayo: a la memoria de la sangre, el legado al revés
Autor: Ponzio, Maria Fernanda Garbero de Aragão 
Primeiro orientador: Schmidt, Guillermo Francisco Giucci
Primeiro coorientador: Nuñez, Carlinda Fragale Pate
Primeiro membro da banca: Lombardi, Andrea
Segundo membro da banca: Moriconi Júnior, Italo
Terceiro membro da banca: Pereira, Terezinha Maria Scher
Resumo: O contexto da Argentina da década de setenta é o cenário de personagens e narrativas que emergem do medo e permanecem, até os dias atuais, em posições de resistência e enfrentamento. Nessa paisagem marcada pela opressão do Estado militar, nascem as Madres de Plaza de Mayo, originadas pela tragédia do desaparecimento forçado de seus filhos. Investidas pela maternidade, elas rompem com a esfera privada para desestabilizar a esfera pública e questionar a memória de um país maculado pelo silenciamento, alcançando um protagonismo viável à reelaboração da dor, em mais de três décadas de luta em defesa de seus filhos. Paralelo às performances na Plaza de Mayo, elas esboçam um intento literário e publicam, durante a ditadura militar, seus primeiros poemas. O desejo anunciado de um encontro com a literatura ganha força no projeto das oficinas literárias, do qual são produzidos cinco livros, restando também um material inédito que servirá de base para publicações futuras. O encontro com a ficção viabiliza um processo narrativo empreendido rumo à reconstrução biográfica do ser responsável pelo nascimento do ator político Madre, quem se torna personagem de si mesma, recriando-se na escritura e propondo novos olhares à memória, ao testemunho. A reelaboração do trauma e o surgimento de uma discursividade capaz de ressignificar a ausência compõem os principais elementos desses textos. Em analogia a personagens como Antígona (de Sófocles), Hécuba (de Eurípides) e Pelagea Wlassowa (de Gorki- Brecht), elas confirmam uma postura de enfrentamento e se projetam como herdeiras de uma linhagem de mulheres que convulsionaram o público, a partir da entoação de um páthos coletivo. Em devoção aos seus desaparecidos insepultos, as Madres recriam um legado ao revés, presente na escritura e na reinvenção de personagens que encontram o caminho da sobrevivência na memória do filho
Abstract: El contexto de la Argentina de los años setenta es el escenario de personajes y narrativas que provienen del miedo y permanecen hasta la actualidad en posiciones de resistencia y enfrentamiento. En este paisaje escrito por la opresión del Estado militar, nacen las Madres de Plaza de Mayo, originadas por la tragedia de la desaparición forzada de sus hijos. Investidas por la maternidad, ellas rompen con la esfera privada para desestabilizar la esfera pública y cuestionar la memoria de un país maculado por el silencio, alcanzando una situación de protagonismo viable a la reelaboración del dolor, en más de tres décadas de lucha por la defensa de sus hijos. Paralelo a las performances en la Plaza de Mayo, ellas esbozan un intento literario y publican durante la dictadura sus primeros poemas. El deseo anunciado de un encuentro con la literatura crece en el proyecto de las oficinas literarias, del cual son publicados cinco libros, quedando además material inédito que servirá de base para publicaciones futuras. El encuentro con la ficción viabiliza un proceso narrativo emprendido rumbo a la reconstrucción biográfica del ser responsable por el nacimiento del actor político Madre, quien se transforma en personaje de sí misma, recreándose en la escritura y proponiendo nuevas miradas hacia la memoria y el testimonio. La reelaboración del trauma y el surgimiento de una discursividad capaz de resignificar la ausencia componen los principales elementos de estos textos. En analogía a personajes como Antígona (de Sófocles), Hécuba (de Eurípides) y Pelagea Wlassowa (de Gorki-Brecht), ellas confirman una postura de enfrentamiento y se proyectan como herederas de un linaje de mujeres que convulsionaron al público a partir de la entonación de un páthos colectivo. En devoción a sus desaparecidos insepultos, las Madres recrean un legado al revés, presente en la escritura y en la reinvención de personajes que encuentran el camino de la supervivencia en la memoria del hijo
Palavras-chave: Memoria
Trauma
Escrito
Narrativa
Madres de Plaza de Mayo
Memória
Trauma
Escritura
Narrativa
Argentina
Análise do discurso narrativo
Memória na literatura
Ditadura na literatura
Ativistas pelos direitos humanos Argentina
Argentina Política e governo séc. XX
Madres de Plaza de Mayo (Association)
Área(s) do CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: PONZIO, Maria Fernanda Garbero de Aragão. Las madres de Plaza de Mayo: à memória do sangue, o legado ao revés. 2009. 197 f. Tese (Doutorado em Literaturas de Língua Inglesa; Literatura Brasileira; Literatura Portuguesa; Língua Portuguesa; Ling) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6125
Data de defesa: 23-Mar-2009
Aparece nas coleções:Doutorado em Letras

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