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Tipo do documento: Dissertação
Título: Vidas transfiguradas: grafias de Machado, leitura de Silviano
Título(s) alternativo(s): Vies transfigurées: graphies de Machado, lecture de Silviano
Autor: Häckel, Thomas Alves 
Primeiro orientador: Figueiredo, Carmem Lúcia Negreiros de
Primeiro membro da banca: Figueiredo, Eurídice
Segundo membro da banca: Viegas, Ana Claudia Coutinho
Terceiro membro da banca: Oliveira, Leonardo Davino de
Resumo: O romance Machado foi publicado no final de 2016 e trata dos últimos anos de vida de Machado de Assis, no cenário de modernização do Rio de Janeiro, entre 1905 e 1908, e as relações que estabelecem com figuras como Miguel Couto, Mário de Alencar, Carlos de Laet, Joaquim Nabuco e outros. Embora estabeleça esse intervalo de tempo há, ao longo da narrativa, uma ideia descentralizada de tempo e de espaço, o que permite a interação de outros períodos e de outros personagens, como o ano cujo narrador escreve o texto, 2015, e momentos com Gustave Flaubert e Stendhal. Apresenta-se uma narrativa na qual considero a transfiguração como estratégia literária para relacionar arte e vida. Para tanto são elencadas questões e tensões sobre uma crítica biográfica/biografia literária. Isso permite evidenciar uma grafia literária que passa pelo sensível e pelo corpo do biógrafo e dos biografados. Depois, busca-se a importância da leitura das Correspondências de Machado de Assis para a formação do texto literário, pensando como o narrador Silviano constrói anotações analíticas sobre tal conjunto de cartas no movimento entre imaginação e crítica. Processo produzido por dois movimentos: disseminar (abrir) e dobrar (rasgar) as epístolas, o que é possível para suplementar vida com ficção e fazer cenas literárias com outras formas de representação (biografia, epistolografia, fotografia, iconografia). Ao rastrear alguns momentos no romance, é possível notar o gesto de apropriação do Outro a partir da subjetividade fictícia do narrador e da sua voz instaurada pela obra. A sobrevivência dos biografados/narrados se dá na transposição do narrador/autor e na leitura que faz das cartas. Por isso, as vidas se transfiguram: as várias representações feitas no romance se dão pela leitura de Silviano, que produz uma ficção reflexiva sobre o próprio ato de narrar uma vida e de compreender a literatura pelas suas dúvidas e aberturas
Abstract: Le roman Machado, de Silviano Santiago, publié à la fin de 2016, recouvre les dernières années de vie de Machado de Assis, dans le contexte de la modernisation de la ville de Rio de Janeiro, entre 1905 et 1908. Il retrace les rappports entre le romancier et des personnages historiques comme Miguel Couto, Mário de Alencar, Carlos de Laet, Joaquim Nabuco et d'autres. Malgré la spécification de ce lapsus de temps, il y a une idée décentrée d'espace et de temps, ce qui permet de faire place à l'interaction avec d'autres périodes historiques - comme l'année 2015 même, pendant laquelle le narrateur écrit le texte - et d'autres personnages - comme Gustave Flaubert et Stendhal. On a ainsi un récit où la transfiguration constitue une stratégie littéraire pour la mise en relation de la vie et de l'art. Des questions et des tensions concernant la réalisation d'une critique biographique et/ou d'une biographie littéraire sont énumérées à fin de mettre en évidence une graphie littéraire qui passe par le sensible et par le corps du biographe et des biographiés. Ensuite, on cherche à comprendre l'importance de la lecture des Correspondances de Machado de Assis pour la formation du texte littéraire, réfléchissant à la façon dont le narrateur Silviano fait des annotations analytiques sur un tel ensemble de lettres dans un mouvement pendulaire entre imagination et critique. Ce processus se produit en deux mouvements: disséminer (ouvrir) et plier (déchirer) les lettres, ce qui permet au narrateur de supplémenter la vie avec la fiction et de penser les scènes littéraires à partir d'autres formes de représentation (biographie, épistolographie, photographie, iconographie). Dans quelques passages du roman, on peut identifier le geste d'appropriation de l'Autre à partir de la subjectivité fictive du narrateur et de sa voix instituée par l'ouvrage. La survivance de ceux qui sont biographiés/narrés est assurée par la transposition narrateur/auteur et par la lecture que celui-ci fait des lettres. À cause de cela, les vies se transfigurent: les diverses représentations présentes dans le roman sont données par la lecture de Silviano, qui produit une fiction réflexive à propos de l'acte même de narrer une vie et de comprendre la littérature par ses doutes et ses ouvertures
Palavras-chave: Biographie littéraire
Littérature critique
Dissemination
Lecture
Fiction
Santiago, Silviano, 1936- - Crítica e interpretação
Santiago, Silviano, 1936-. Machado
Biografia como forma literária
Assis, Machado de, 1839-1908 Crítica e interpretação
Assis, Machado de, 1839-1908 Correspondência
Ficção brasileira História e crítica
Biografia literária
Literatura crítica
Disseminação
Leitura
Ficção
Área(s) do CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: HÄCKEL, Thomas Alves. Vidas transfiguradas: grafias de Machado, leitura de Silviano. 2018. 99 f. Dissertação (Mestrado em Literaturas de Língua Inglesa; Literatura Brasileira; Literatura Portuguesa; Língua Portuguesa; Ling) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6211
Data de defesa: 2-Abr-2018
Aparece nas coleções:Mestrado em Letras

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