Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6482
Tipo do documento: Dissertação
Título: Aquisição da factividade: complementação infinitiva e extração-QU no português brasileiro
Título(s) alternativo(s): Acquisition of factivity: infinitive complementation and WH-extraction in BP
Autor: Dias, Sammy Cardozo 
Primeiro orientador: Augusto, Marina Rosa Ana
Primeiro membro da banca: Lima, Ricardo Joseh
Segundo membro da banca: Teixeira, Luciana
Resumo: O fenômeno da factividade, no âmbito da linguística, em sentido amplo, está relacionado à propriedade que certos itens lexicais ou determinados predicadores gramaticais possuem de introduzir um pressuposto, que pode estar implícito ou explícito. No domínio verbal, Kiparsky e Kiparsky (1971) remetem a um conjunto de verbos, os quais admitem uma sentença como complemento e cujo uso pressupõe a veracidade da proposição aí expressa. Em termos aquisicionais, não há consenso acerca da idade em que factividade estaria dominada. Hopmann e Maratsos (1977), por exemplo, propuseram que seu domínio se daria a partir dos 6 anos. Para Abbeduto e Rosenberg (1985), no entanto, isso ocorreria mais cedo, por volta dos 4 anos de idade. Já Schulz (2002; 2003), defende uma aquisição gradual, que se daria por estágios e se estenderia até os 7;0 anos de idade. Léger (2007), por sua vez, afirma que o domínio da factividade, especificamente dos semifactivos, só se daria após os 11 anos. Scoville e Gordon (1979), por fim, propõem que só por volta dos 14 anos a criança seria capaz de dominar a factividade em todos os seus aspectos. Essa falta de consenso corrobora a ideia de uma aquisição gradual, uma vez que esse fenômeno envolve vários aspectos: identificação de uma subclasse de verbos, uma interpretação semântica específica, uma subcategorização sintática variável entre as línguas e um comportamento característico no que diz respeito ao movimento-QU. Esta dissertação tem como objetivo geral contribuir para os estudos sobre aquisição da factividade, particularmente no que diz respeito ao português, debruçando-se mais especificamente sobre dois aspectos pouco explorados na literatura da área: uma questão de variação translinguística, que diz respeito à possibilidade de se admitirem complementos não-finitos factivos em português, e a questão da interpretação de interrogativas-QU em contextos factivos, com propriedades características de ilha fraca. O quadro obtido é discutido frente às análises linguísticas propostas para os verbos/ predicados factivos, que têm considerado uma distinção sintática (KIPARSKY E KIPARSKY, 1971; MELVOLD, 1991; SCHULZ, 2003; AUGUSTO, 2003; LIMA, 2007), com repercussões de ordem lógico/ semântica (LEROUX E SCHULZ, 1999; SCHULZ, 2002; 2003)
Abstract: In the realm of linguistic theory, the phenomenon of factivity is, in a broad sense, related to the property some lexical items or predicates exhibit of introducing an implicit or explicit presupposition. In the verbal domain, Kiparsky and Kiparsky (1971) assume that factive verbs carry the presupposition that the complement clause they may subcategorize expresses a true proposition. From the acquisition point of view, there is no clear consensus about the age of mastery of the properties of factive sentences. Hopmann & Maratsos (1977) conclude that factive sentences are mastered around age 6. For Abbeduto & Rosenberg (1985), children age 4 have already achieved it. Schulz (2002; 2003) argues for a stepwise acquisition pattern, suggesting stages children pass through up to 7 years old. Léger (2007) adds to Schulz s yet another stage in order to account for some semifactive verbs, for which the right distinction wouldn t be in place before 11 years old. At last, Scoville & Gordon (1979) suggest that only 14 year olds would be able to fully master factivity. This variety of results corroborate the idea of a stepwise acquisition pattern, let alone the different aspects involved in the phenomenon of factivity: the identification of a class of verbs allowing a factive reading, its presuppositional character, interlinguistic variation concerning possible subcategorization frames and a specific behavior as far as extraction in complex sentences is considered. This study aims at contributing for the investigation of the acquisition of factivity in Portuguese, focusing specifically on two underexplored aspects: the possibility of some factive predicates allowing non-finite complements in this language and the extraction patterns in factive complex sentences. The results obtained are discussed in the light of linguistic analyses, which couch on distinct syntactic features assigned to the factive predicates, (KIPARSKY E KIPARSKY, 1971; MELVOLD, 1991; SCHULZ, 2003; AUGUSTO, 2003; LIMA, 2007), with logical/semantic outcomes (LEROUX E SCHULZ, 1999; SCHULZ, 2002; 2003)
Palavras-chave: Language acquisition
Factivity
Presupposition
Non-finite sentential complements
WH-extraction
Factividade verbal
Pressuposição linguística
Complementação infinitiva
Extração-QU
Aquisição de linguagem
Língua portuguesa Brasil
Língua portuguesa Verbos
Área(s) do CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: DIAS, Sammy Cardozo. Aquisição da factividade: complementação infinitiva e extração-QU no português brasileiro. 2012. 163 f. Dissertação (Mestrado em Literaturas de Língua Inglesa; Literatura Brasileira; Literatura Portuguesa; Língua Portuguesa; Ling) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6482
Data de defesa: 23-Mar-2012
Aparece nas coleções:Mestrado em Letras

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Sammy Cardozo Dias_dissertacao.pdf3,34 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.