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Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6856
Tipo do documento: Dissertação
Título: Habilidades linguísticas em Síndrome de Williams: relações entre domínios linguístico e cognitivo visuo-espacial
Título(s) alternativo(s): Linguistic abilities in Williams Syndrome: relationship between linguistic and visual-spatial domains
Autor: Oliveira, Renata Martins de 
Primeiro orientador: Augusto, Marina Rosa Ana
Primeiro membro da banca: Rodrigues, Erica dos Santos
Segundo membro da banca: Marcilese, Mercedes
Resumo: A Síndrome de Williams-Beuren (Williams, 1961, Beuren, 1962) possui um perfil específico caracterizado pela deleção de genes do cromossomo 7, que acarreta características clínicas e físicas específicas. Com nariz pequeno e empinado, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso frequente (SILVA, 2008), o indivíduo apresenta uma média de quociente intelectual considerada baixa (cerca de 55, quando o valor médio é de 100), podendo ser classificado assim, como portador de deficiência mental. Em termos de habilidades prejudicadas, é frequente o relato de dificuldades na percepção visuo-espacial, o que tem sido especificamente associado à deleção do gene LIMK1. No que diz respeito à performance linguística, a literatura da área se divide, ora afirmando que esta não parece estar afetada, destacando um uso incomum e sofisticado da linguagem (Bellugi et al, 1988, 1990, 1992, 1994; Reilly, Klima, & Bellugi, 1990), ora alertando para uma não preservação linguística em SW (Capirci, Sabbadini, & Volterra, 1996; Karmiloff-Smith et al., 1997a, b; Thomas et al., 2001; Volterra, Capirci, Pezzini, Sabbadini, & Vicari, 1996). O trabalho em questão se detém sobre as relações entre habilidade linguística e comprometimentos cognitivos, especificamente, a dificuldade viso-espacial em SW, a partir de uma concepção de língua de base gerativista, resultante de uma faculdade da linguagem que caracteriza a mente humana (Chomsky, 1995 e subsequentes). Contempla-se a hipótese de que as falhas linguísticas encontradas no indivíduo com SW sejam reflexo do comprometimento no módulo cognitivo mais especificamente, no domínio espacial -, e não estritamente no módulo linguístico, ou seja, considera-se a possibilidade de que, de um ponto de vista modular (Fodor, 1983), seja possível afirmar que a linguagem em SW estaria preservada. A fim de se investigar a relação entre domínios linguístico e viso-espacial, foram elaboradas/aplicadas três avaliações: um teste linguístico já existente, o MABILIN, que tem como objetivo avaliar a compreensão linguística em estruturas de alto custo; e dois testes voltados para a investigação de termos espaciais, elaborados para a pesquisa, sendo um focado na compreensão e o segundo, na produção. Os dados obtidos indicam maior dificuldade por parte dos indivíduos com a SW nos testes em que são incluídos termos espaciais, ao mesmo tempo em que apresentaram performance semelhante ao do grupo controle na avaliação linguística de estruturas de alto custo. Dessa forma, os resultados parecem indicar uma preservação da atuação do sistema computacional, responsável pela derivação de expressões linguísticas, assim como uma identificação do léxico específico relacionado a propriedades locativas/espaciais. A dificuldade apresentada nas sentenças que envolvem termos espaciais reflete um comprometimento cognitivo em domínios com os quais o sistema computacional faz interface para a integração de informações linguísticas com informações de natureza extralinguística.
Abstract: Williams-Beuren syndrome (Williams, 1961, Beuren, 1962) is characterized by the deletion of several genes from chromosome 7 that leads to distinctive physical signs. With their small and upturned nose, big lips, small teeth and frequent smiling (SILVA, 2008), the individual with Williams Syndrome (WS) presents an average intelligence quotient that is considered low (55, with normal value being 100) thus qualifying as intellectually disabled. In terms of cognitive deficits, visual-spatial disabilities are often reported and usually related to gene LIMK1 deletion. Concerning linguistic skills, the literature is conflicting: some authors state it is unaltered among these patients, who show an unusual and rich vocabulary (Bellugi et al, 1988, 1990, 1992, 1994; Reilly, Klima, & Bellugi, 1990), while other authors report these skills as impaired in WS individuals (Capirci, Sabbadini, & Volterra, 1996; Karmiloff-Smith et al., 1997a, b; Thomas et al., 2001; Volterra, Capirci, Pezzini, Sabbadini, & Vicari, 1996). This work focuses on the relation between linguistic skills and cognitive deficits, specifically visual-spatial disabilities in WS individuals, in the light of generative assumptions concening a model of language resulting from an innate Faculty of Language, which distinguishes the species (Chomsky, 1995). Aparent linguistic impairment in WS individuals can be taken as a reflex of their cognitive deficit, particularly associated to the visual-spatial skills, rather than a linguistic module impairment stricto sensu. It s then possible to assume that language in WS is preserved, from a modular point of view (Fodor, 1983). In order to investigate the relation between linguistic and visual-spatial modules, three tests were run: MABILIN, which evaluates linguistic comprehension in complex structures, and two other tests developed specifically for this investigation, which aim at evaluating spatial terms, one being focused on language comprehension and the second on production skills. The data obtained show inferior results for WS individuals compared to control group on tasks involving spatial terms, and similar results in tasks that involve complex language structures. Therefore, results seem to support the view that these individuals' computational system for language, responsible for linguistic expressions derivation, is preserved as well as their ability to identifying and retrieving general lexical items related to spatial and locative categories. Inferior outcomes related to sentences involving spatial terms demonstrate a cognitive deficit on domains that may affect the interface between the computational system and the integration between linguistic and extra-linguistic information.
Palavras-chave: Williams Syndrome
Linguistic abilities
Cognitive domain
Spatial domain
Impairment
Distúrbios cognitivos
Distúrbios da fala
Distúrbios da linguagem
Williams, Síndrome de
Testes neuropsicológicos
Síndrome de Williams
Habilidades linguísticas
Domínio cognitivo
Domínio espacial
Comprometimento
Área(s) do CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::PSICOLINGUISTICA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: OLIVEIRA, Renata Martins de. Habilidades linguísticas em Síndrome de Williams: relações entre domínios linguístico e cognitivo visuo-espacial. 2016. 157 f. Dissertação (Mestrado em Literaturas de Língua Inglesa; Literatura Brasileira; Literatura Portuguesa; Língua Portuguesa; Ling) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6856
Data de defesa: 29-Fev-2016
Aparece nas coleções:Mestrado em Letras

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