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http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6967
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Manifestação do objeto direto anafórico em esfera escolar EJA: a gramática do letrado |
Título(s) alternativo(s): | Anaphoric direct objects in EJA schools: the grammar of a literate BP speaker |
Autor: | Armando, Raiane Quimente |
Primeiro orientador: | Augusto, Marina Rosa Ana |
Primeiro membro da banca: | Camara, Tania Maria Nunes de Lima |
Segundo membro da banca: | Marcilese, Mercedes |
Resumo: | Uma das propriedades mais marcantes qu¬e distinguem o Português Brasileiro (PB) do Português Europeu (PE) é o uso dos clíticos acusativos de terceira pessoa. A partir de uma abordagem gerativista, Kato (2005) observa que a gramática nuclear do PB é acrescida por uma periferia marcada (Chomsky, 1981) que incorpora os clíticos de terceira pessoa, particularmente devido à atuação da escola, no incentivo ao uso de uma norma culta na escrita. Estudos variacionistas indicam que, no português vernacular, no que se refere à manifestação de objeto direto anafórico, diversas variantes são atestadas: (i) clítico, (ii) pronome tônico, (iii) sintagma nominal repetido e (iv) objeto nulo, sendo privilegiada esta última alternativa (Duarte, 1989; Omena 1979). Nesta dissertação, adapta-se a metodologia utilizada por Pires (2015) para a eliciação de objetos diretos anafóricos em narrat¬ivas escritas. A pesquisa foi desenvolvida com estudantes da EJA e do ensino regular, constituindo o grupo controle, no 9º. ano do ensino fundamental e no 3º. ano do ensino médio. Assume-se, assim, neste trabalho, a noção de letramento escolar (Kleiman, 1995), adotando-se a hipótese de que o processo de aprendizagem da norma culta é semelhante ao de uma segunda língua. Adicionalmente, em relação à EJA, uma recuperação ainda mais custosa do uso dos clíticos poderia refletir o tempo de afastamento desses alunos do contexto escolar e o caráter mais condensado da exposição aos conteúdos programáticos. Os resultados gerais obtidos indicam, no entanto, uma semelhança entre a EJA e o grupo controle, em termos dos percentuais de uso de cada variante e em relação ao posicionamento do clítico nas sentenças simples. A distinção entre os grupos se dá por conta da manutenção do uso do pronome lexical pela EJA, além do posicionamento do pronome clítico nas sentenças com complexo verbal, particularmente no que diz respeito à exploração das posições mediais. Em termos gerais, identifica-se a influência da língua oral nos dados coletados; não há uma consistência no uso dos clíticos, indicando que a aprendizagem de regras que comporão a periferia marcada da língua parece, efetivamente, ser semelhante ao percurso encontrado na aquisição de segunda língua. |
Abstract: | One of the most striking properties that distinguish Brasilian Portuguese (BP) and European Portuguese (EP) is the accusative use of 3rd person clitics. From a generativist approach, Kato (2005) observes that BP core grammar is augmented by a marked periphery (Chomsky, 1981), which incorporates 3rd person clitics, mainly due to schooling and its effort to encourage the use of written standard registers. Variationist studies indicate that, in BP, several different variants of anaphoric direct objects are attested: (i) clitics, (ii) strong pronouns, (iiI) repeated nominal expressions, and (iv) null objects, the last of which has been privileged (Duarte, 1989; Omena, 1979). In this study, the methodology by Pires (2005) is adapted for the elicitation of anaphoric direct objects in written narratives. The research has been developed with EJA students, comprising the control group students from regular schools. Elementary 9th and high schools 3rd grades were considered. The notion of literacy is assumed (Kleiman, 1995) as well as the hypothesis that the process for the learning of the written standard register is similar to the process for the acquisition of a second language. Moreover, in relation to EJA, it is assumed that a recovery even more costly for the use of clitics may reflect the longer periods the students are away from school and the accelerated character of the exposure to the program contents. The overall results obtained indicate, however, a similarity between EJA and the control group, in terms of percentage of the use of each variant, as well as in regard to clitic collocation in simple sentences. The distinction between the groups is related to the persistence in the use of the strong pronoun by EJA, and also less use of the intermediate position for clitic collocation in sentences with periphrastic verbs. In general, the influence of oral register is identified on the data collected. There is no consistency in the use of clitics, indicating that the learning of rules for the marked periphery of the language seems, actually, to be similar to pathway found in second language acquisition. |
Palavras-chave: | Core grammar Marked periphery Clitics Null objects Accusative tonic pronouns Gramática nuclear Periferia marcada Clítico Objeto nulo Pronome tônico acusativo Língua portuguesa Gramática Estudo e ensino Língua portuguesa - Pronomes Gramática nuclear Linguística de corpus Educação de jovens e adultos Letramento |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA |
Idioma: | por |
País: | BR |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Letras |
Citação: | ARMANDO, Raiane Quimente. Manifestação do objeto direto anafórico em esfera escolar EJA: a gramática do letrado. 2018. 141 f. Dissertação (Mestrado em Literaturas de Língua Inglesa; Literatura Brasileira; Literatura Portuguesa; Língua Portuguesa; Ling) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6967 |
Data de defesa: | 27-Mar-2018 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Letras |
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