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Tipo do documento: Tese
Título: Compostos fenólicos do açaí: uma estratégia para minimizar a inflamação e o estresse oxidativo associados às toxinas urêmicas
Título(s) alternativo(s): Açaí phenolic content: a potent strategy to minimize inflammation and oxidative stress promoted by uremic toxins
Autor: Monteiro, Elisa Bernardes 
Primeiro orientador: Daleprane, Júlio Beltrame
Primeiro coorientador: Passos, Magna Cottini Fonseca
Primeiro membro da banca: Resende, Angela de Castro
Segundo membro da banca: Oliveira, Elaine de
Terceiro membro da banca: Mafra, Denise
Quarto membro da banca: Araújo, Alice Valença
Resumo: O extrato hidro-alcoólico do caroço do açaí (açaí seed extract; ASE) tem demonstrado efeito protetor na gênese da disfunção endotelial e alterações renais em modelo murino de hipertensão renovascular. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antioxidante e anti-inflamatório do extrato do caroço do açaí em presença das toxinas urêmicas indoxil sulfato (IS) e p-cresil sulfato (pCS) em células endoteliais humanas e em modelo murino de doença renal crônica (DRC). Células endoteliais do cordão umbilical humano (HUVEC) receberam diferentes tratamentos com ASE (10 µg/mL) e com as toxinas IS (61 µg/mL) e pCS (40 µg/mL). Foram avaliados os parâmetros de viabilidade e morte celular, a capacidade migratória, a expressão gênica de marcadores inflamatórios e a avaliação do dano oxidativo e da resposta antioxidante celular. Adicionalmente, utilizamos modelo in vivo de DRC induzida por adenina (0,25%), tratado ou não com o ASE, sendo avaliados os parâmetros de função renal, marcadores do dano oxidativo e teor de colágeno em tecido renal, além da determinação de metabólitos em plasma e urina. As toxinas IS e pCS promoveram a redução na viabilidade de células endoteliais e o aumento do percentual de morte celular, bem como a diminuição da capacidade migratória celular (p<0,05). O ASE foi capaz de prevenir a morte celular e a redução da capacidade migratória em células tratadas com IS. Ambas as toxinas promoveram o aumento da produção e expressão de citocinas pró-inflamatórias, tendo o ASE ação preventiva desse efeito. As toxinas também promoveram o aumento da secreção de TNF-α, e o ASE reverteu esse fenômeno em células tratadas com ambas as toxinas em concomitância (p<0,05). A expressão da enzima antioxidante superóxido dismutase foi diminuída em células tratadas com as toxinas, e o ASE foi capaz de prevenir esse efeito (p<0,05). Nos animais experimentais, os parâmetros de função renal avaliados apontaram para a instauração da DRC, e para a ação benéfica do ASE na atenuação do aumento da concentração de uréia plasmática e da proteinúria (p<0,05). Os marcadores de dano oxidativo avaliados em tecido renal dos animais sugerem o quadro de estresse oxidativo na DRC, sendo o ASE capaz de reverter esse fenômeno observado. Os animais com DRC apresentaram maior deposição de colágeno em tecido renal, quadro esse que foi revertido pelo ASE (p<0,05). Observamos que o ácido hipúrico foi o principal metabólito na urina dos animais experimentais dos grupos Controle + ASE e DRC + ASE, seguido do ácido 3,4-dihidroxifenilacético e da catequina. A excreção urinária desses compostos apresentou-se de forma diferente entre os grupos Controle e DRC. Em plasma de animais com DRC, o ácido hipúrico encontrou-se duas vezes mais concentrado. Os resultados apontam para os efeitos benéficos do ASE nos danos causados pelas toxinas urêmicas, particularmente pelos IS, em modelo in vitro de células endoteliais. In vivo, observamos a atenuação de danos ocasionados na doença renal crônica promovida pelo ASE. O presente trabalho retrata o efeito protetor do extrato do caroço do açaí rico em compostos fenólicos sobre os agravos provocados por toxinas urêmicas em diferentes modelos experimentais
Abstract: Açaí seed extract (ASE) has shown a protective effect on endothelial dysfunction and renal alterations in a murine model of renovascular hypertension. The main goal of this work was to evaluate the antioxidant and anti-inflammatory potentials of açaí extract in the presence of uremic toxins indoxyl sulfate (IS) and p-cresyl sulfate (pCS) in human endothelial cells and in a murine model of chronic kidney disease (CKD). Human umbilical vein endothelial cells (HUVEC) had received different treatments with ASE (10 μg/mL), IS (61 μg/mL) and pCS (40 μg/mL). We evaluated the parameters of cell viability, cell death, migration capacity, inflammatory cytokine production and expression and biomarkers of oxidative stress, as well as cellular antioxidant response. In addition, in an in vivo model of CKD fed with adenine (0.25%), we evaluated biomarkers of renal function and oxidative damage, collagen content in renal tissue, as well as phenolic metabolites profile in plasma and urine of animals, whether treated or not with ASE. IS and pCS reduced endothelial cell viability and prevented cell death, and also decreased endothelial cell cellular migration capacity (p <0.05). ASE was able to prevent cell death and reduction of migratory capacity in IS-treated cells. Both toxins promoted increased expression of proinflammatory cytokines, and ASE prevented this effect. The toxins also promoted increased secretion of TNF-α, and ASE reversed this phenomenon in cells treated with both toxins in concomitance (p <0.05). Antioxidant enzyme expression of superoxide dismutase was decreased in cells treated with both toxins, and ASE was able to prevent this effect (p <0.05). In experimental animals, renal function parameters indicated the onset of CKD, and ASE attenuated the increased plasma urea concentrations and proteinuria (p <0.05). Oxidative damage biomarkers evaluated in renal tissue suggested the presence of oxidative stress in CKD animals. ASE was able to ameliorate this hazard effect. In addition, ASE prevented collagen deposition in renal tissue observed in CKD animals (p <0.05). Hippuric acid was the main metabolite found in urine of Control + ASE and CKD + ASE groups, followed by 3,4-dihydroxyphenylacetic acid and catechin. The urinary excretion of these compounds differed between Control and CKD groups. In plasma from CKD animals, hippuric acid was found to be twice as concentrated in comparison to Control group. Results pointed out to the beneficial effects of ASE on uremic toxin deleterious effects, particularly on IS, in endothelial cells. In vivo, we observed that ASE ameliorated oxidative damage and renal function in chronic kidney disease. The present work shows the protective effect of açaí seed extract, rich in phenolic compounds, on uremic toxins deleterious effects in different experimental models of uremic toxicity
Palavras-chave: Uremic toxins
Oxidative stress
Inflammation
Toxinas urêmicas
Inflamação
Nutrição
Acaí
Estresse oxidativo
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO::DESNUTRICAO E DESENVOLVIMENTO FISIOLOGICO
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
Programa: Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Citação: MONTEIRO, Elisa Bernardes. Compostos fenólicos do açaí: uma estratégia para minimizar a inflamação e o estresse oxidativo associados às toxinas urêmicas. 2018. 84 f. Tese (Doutorado em Alimentação, Nutrição e Saúde) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7197
Data de defesa: 22-Ago-2018
Aparece nas coleções:Doutorado em Alimentação, Nutrição e Saúde

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