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Tipo do documento: Dissertação
Título: Avaliação da massa óssea em indivíduos obesos mórbidos
Título(s) alternativo(s): Bone mass assessement in morbidly obesity individuals
Autor: Crivelli, Marise 
Primeiro orientador: Bezerra, Flávia Fioruci
Primeiro membro da banca: Farias, Maria Lucia Fleiuss de
Segundo membro da banca: Avesani, Carla Maria
Resumo: Estudos recentes têm sugerido que a massa gorda não exerce efeito protetor sobre a massa óssea em populações heterogêneas. No entanto, pouco se sabe sobre este efeito em indivíduos obesos mórbidos. Alguns dos mecanismos propostos para explicar o potencial efeito negativo da massa gorda sobre a massa óssea sustentam a hipótese de que indivíduos obesos mórbidos possam constituir um grupo particularmente susceptível à perda óssea. As informações nesse grupo são no entanto escassas, em parte devido a limitações metodológicas da primeira geração dos densitômetros por Absorciometria por Dupla Emissão de Raios X (DXA) para avaliação da massa óssea destes indivíduos. Neste estudo utilizamos o equipamento DXA mais recente, que é capaz de avaliar maior área e massa corporal total, permitindo uma avaliação mais adequada. O objetivo deste estudo foi avaliar a saúde óssea de indivíduos obesos mórbidos subdivididos em função do sexo e período fisiológico. três grupos: homens, mulheres na menacme e mulheres na pós menopausa. Participaram do estudo 72 indivíduos obesos mórbidos (IMC>40 kg/cm2), divididos em três grupos: mulheres na menacme (n=37), mulheres na pós- menopausa (n=22) e homens (n=13). A composição corporal e a área, conteúdo (CMO) e densidade (DMO) mineral óssea total e de sítios específicos (coluna lombar, fêmur proximal e antebraço) foram avaliados por DXA (LUNAR- iDXA). Foram realizadas medidas antropométricas e exames bioquímicos do metabolismo ósseo. A comparação entre os grupos foi realizada por análise de variância (ANOVA) seguida pelo pós-teste de Fischer (LSD). As associações entre as variáveis estudadas foram avaliadas por correlação de Pearson e por correlação parcial. Foi utilizado nível de significância de 95%. Os participantes do estudo apresentaram, em média, valores de T e Z score adequados em todos os sítios estudados. Tal como na população geral, os homens apresentaram maior CMO e maior área óssea (P<0,001) que as mulheres na menacme e na pós-menopausa em todos os sítios avaliados. No entanto, os homens apresentaram menor Z- score na coluna lombar, no fêmur total e no antebraço (P<0,05). Diferente do esperado, não observamos diferença significativa entre as mulheres na menacme e mulheres na pós-menopausa em nenhum parâmetro ósseo avaliado. Em média, as concentrações de 25-hidoxivitaminaD [25(OH)D], Paratormônio (PTH), Osteocalcina e Telopeptídeo carboxiterminal do colágeno tipo I (CTx) estavam adequadas e não houve diferença entre os grupos estudados. Considerando os 3 grupos em conjunto, vários parâmetros ósseos apresentaram correlação positiva (r>0,30, P<0,05) com a gordura corporal total. Após ajuste pela massa corporal total (correlação parcial), a gordura corporal total (kg) passou a apresentar correlação negativa com a área óssea de corpo total (P<0,001; r=-0,51), de coluna lombar (P<0,01; r=-0,40) e de fêmur total (P<0,001; r=-0,57), e com o CMO total (P<0,001; r=-0,51) e de fêmur total (P<0,001; r=-0,47). Quando os grupos foram avaliados separadamente, apenas nas mulheres na pós-menopausa foram observadas associações negativas entre massa gorda (kg) e a área, conteúdo mineral ósseo(CMO) e densidade mineral óssea( DMO) de fêmur total (r<-0,47; P<0,05). Nossos resultados sugerem que, descontado o efeito da massa corporal, a gordura parece influenciar negativamente a massa óssea, especialmente nas mulheres na pós-menopausa. No entanto, não havendo evidência de inadequação da massa óssea nos pacientes estudados, é possível que o efeito mecânico benéfico da massa corporal sobre a massa óssea tenha sido capaz de se sobrepor ao efeito prejudicial da gordura sobre a mesma
Abstract: Recent studies suggest that body fat may not exert a beneficial effect on bone mass in heterogeneus populations. However, little is known about this effect in morbidly obese individuals. Some of the proposed mechanisms to explain the potential negative effect of fat on bone mass support the hypothesis that morbidly obese individuals are particularly susceptible to bone loss. The scarce of information in this group may be, at least in part, explained by methodological limitations due to the use of the first generation of dual energy X ray absorptiometry(DXA) equipment. In the present study, we used a recent DXA equipment that is able to assess individuals with higher body area and total body mass, allowing a more adequate evaluation. The aim of this study was to evaluate bone health of morbidly obese individuals grouped by sex and physiologic period. Seventy-two morbidly obese (BMI>40Kg/cm2) individuals participated in the study and were divided into 3 groups: premenopausal women (n=37), postmenopausal women (n=22) and men (n=13). Body composition and bone area, mineral content (BMC) and mineral density (BMD) of total body and specific sites (lumbar spine, proximal femur and forearm) were evaluated by DXA (LUNAR- iDXA). Anthropometric and biochemical measurements were also assessed. Comparisons between groups were conducted using one way analisis of variance (ANOVA) followed by Fischer´s post hoc test. Associations among variables were evaluated by Pearson´s correlation analysis and by partial correlation. Significance level of 95% was adopted. Mean T- and Z- score values were adequate in all evaluated bone sites. As frequently observed in general population, men had higher BMC and higher bone area (P<0.001) than pre and postmenopausal women in all evaluated sites. However, men had lower Z- scores at lumbar spine, total femur and forearm (P<0.05) compared to both female groups. Contrary to our expectation, no significant differences in any evaluated bone parameter was observed between pre and post menopausal women. Mean serum concentrations of 25-hydroxivitamin D [25(OH)D], parathormone (PTH), osteocalcin(OC), and carboxiterminal telopeptide of type 1 collagen (CTx) were adequate with no significantly different between groups. Considering all 3 groups together, several bone parameters were found to be positively correlated (r>0.30, P<0.05) with total body fat. After adjusting for total body mass (partial correlation), total body fat (kg) was negatively correlated with bone area at total body (P<0.001; r=-0.51), lumbar spine (P<0.01; r=-0,40) and total femur (P<0.001; r=-0.57), and also negatively correlated with BMC at total body (P<0.001; r=-0.51) and total femur (P<0.001; r=-0.47). When groups were evaluated separately, negative associations between fat mass (kg) and total femur bone area, CMO and BMD (r<-0.47; P<0.05) were observed only in the group of postmenopausal women. Our results suggest that, after adjusting for the effect of total body mass, body fat appears to exert a negative influence on bone mass, especially in postmenopausal women. However, as no evidence of inadequate bone mass was observed in the studied individuals, it is possible that the beneficial mechanical effect of total body mass on bone mass has been able to overcome the detrimental effect of fat on bone
Palavras-chave: DXA
Bone mass
Morbid obesity
Massa óssea
Obesidade mórbida
Ossos - Doenças
Nutrição
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
Programa: Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Citação: CRIVELLI, Marise. Avaliação da massa óssea em indivíduos obesos mórbidos. 2013. 87 f. Dissertação (Mestrado em Alimentação, Nutrição e Saúde) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7305
Data de defesa: 30-Out-2013
Aparece nas coleções:Mestrado em Alimentação, Nutrição e Saúde

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