Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7307
Tipo do documento: Dissertação
Título: Retenção de cálcio ósseo em meninos com baixa ingestão dietética de cálcio
Autor: Streit, Márcia Fernanda Sardinha de Araujo Rodrigues Taveira 
Primeiro orientador: Bezerra, Flávia Fioruci
Primeiro membro da banca: Koury, Josely Correa
Segundo membro da banca: Azeredo, Vilma Blondet de
Resumo: A expansão da massa óssea e o acúmulo diário de cálcio ósseo variam conforme o estágio puberal, sendo maiores nos estágios puberais III e IV. Nesses períodos, a retenção diária de cálcio ósseo atinge seu máximo, correspondendo a 290 - 360mg/dia, em meninos com ingestão de cálcio superior a 1000mg/dia. Pouco se sabe sobre a retenção diária de cálcio ósseo em meninos com baixa ingestão de cálcio. O objetivo desse estudo foi avaliar a retenção diária de cálcio nos ossos em meninos pré-púberes e púberes fisicamente ativos com baixa ingestão de cálcio. Participaram do estudo 27 meninos nos estágios puberais I (8,5 ± 0,6 anos, n=9), II (10,8 ± 0,7 anos, n=9) e III (13,0 ± 1,0 anos, n=9). Coletas de amostras de sangue, avaliações da massa óssea e da composição corporal utilizando o DXA foram realizadas no início do estudo e após 6 meses. Dados de ingestão alimentar foram obtidos através de 3 recordatórios de 24h. Análises de PTH-i, 25(OH)D e IGF-I no soro foram determinadas por imunoensaio quimioluminescente. A retenção diária de cálcio ósseo foi estimada assumindo que o cálcio representa 32,2% do CMO do corpo inteiro e considerando diferença de conteúdo de cálcio ósseo das duas avaliações dividido pelo intervalo em dias entre as avaliações. Os valores de z-score da DMO do corpo inteiro e do fêmur proximal total foram adequados nas duas avaliações. A ingestão de cálcio foi semelhante entre os grupos (684±265mg/d, 618±406mg/d e 597±332mg/d nos estágios I, II e III, respectivamente) e representou ≈ 55% das atuais recomendações dietéticas de cálcio. A retenção diária de cálcio ósseo foi menor (P <0,05) nos meninos em estágio I (110 ± 38mg/dia) comparado àqueles no II (189 ± 64 mg/dia) e III (225 ± 102 mg/dia). 75% do meninos apresentaram 25(OH)D inferior a 50nmol/L (n=6, n=8 e n=7 nos estágios I, II e III, respectivamente) na primeira avaliação. A 25(OH)D se correlacionou positivamente com a DMO e o CMO do corpo inteiro e do fêmur nas duas avaliações. O IGF-1 foi maior no estágio III comparado ao II (288±135 vs. 193±79 ng/mL, P<0,05). No grupo todo, IGF-I se correlacionou positivamente com a área óssea do corpo inteiro e do fêmur (r>0,49; P<0.05) nas duas avaliações, e foi a única variável bioquímica a se associar positivamente com a retenção de cálcio diária (r=0,40, P=0,04). Apesar da baixa ingestão de cálcio e do estado insuficiente de vitamina D, os meninos apresentaram adequada massa óssea para a idade. A retenção diária de cálcio observada foi similar à de meninos habituados a elevada ingestão de cálcio, exceto para os meninos em estágio III. Somente nesses meninos, a ingestão de cálcio esteve associada à retenção de diária de cálcio (r=0,80, P<0,01), sugerindo que no estágio III em que a demanda de cálcio para a mineralização óssea é elevada, a baixa ingestão de cálcio, aliada ao estado insuficiente de vitamina D parece ser ter sido capaz de limitar a aquisição óssea ou ao menos diminuir a velocidade de acúmulo da massa óssea
Abstract: Bone mass expansion and daily calcium retention in bones vary by pubertal stage, being higher in pubertal stages III and IV. During this period, the daily calcium retention in bones can reach around 290 and 360mg/d in boys with calcium intake over 1000mg/d. Little is known about the daily calcium retention in boys with low calcium intake. The aim of the present study was to determine daily bone calcium retention over a period of six months in boys with low calcium intake. Twenty seven boys in pubertal stages I (8.5 ± 0.6 years, n=9), II (10.8 ± 0.7 years, n=9) and III (13.0 ± 1.0 years, n=9) participated in the study. Blood samples, bone measurements and body composition using dual energy X-ray absorptiometry (DXA) were performed at baseline and after 6 months. Food intake was estimated by three 24-h recalls throughout the study and analyzed by the software Nutrisurvey. Analysis of PTH-i, 25(OH)D and IGF-I in serum were assessed by chemiluminescent immunoassays. The daily calcium retention was calculated assuming that calcium represents 32.2% of the whole body BMC and considering the ratio between change in total body calcium content and days elapsed between measurements. Calcium intake was similar between groups (684±265mg/d, 618±406mg/d e 597±332mg/d in stages I, II e III, respectively) and corresponded to about 55% of the recommended intake. Z-scores for whole body and total proximal femur BMD were greater than -2.0 at the beginning of the study and after six months. The daily calcium retention in bones was lower (P <0.05) in boys at pubertal stage I (110 ± 38 mg/day) compared to those at pubertal stages II (189 ± 64 mg/day) and III (225 ± 102 mg/day). Approximately 75% of the boys studied had serum 25(OH)D concentrations lower than 50nmol/L (n=6, n=8, n=7 in pubertal stages I, II and III, respectively) at the beginning of the study. Serum 25(OH)D was positively correlated with BMD and BMC of the whole body and femur at the beginning and end of the study. The IGF-I was higher in pubertal stage III compared to II (288 ± 135 vs. 193 ± 79 ng/mL, P<0.05). In the whole group, IGF-I was positively correlated with whole body and femur bone area (r>0.49; P<0.05) at the beginning of the study and after six months. Serum IGF-I at the beginning of the study was the only biochemical index associated with daily calcium retention (r=0.40, P=0.04). Despite the low calcium intake and vitamin D insufficiency, the boys had adequate bone mass for age. Daily calcium retention rate was similar to the observed in boys with adequate calcium intake, except for boys at pubertal stage III. Only in these boys, calcium intake was positively associated with daily calcium retention (r=0.80, P<0.01). Therefore, only for those boys in pubertal stage III, recognized as a period of very high calcium demand for bone mineralization, calcium intake together with an insufficient vitamin D status appeared to limit bone acquisition or at least reduce the velocity of bone mass accumulation
Palavras-chave: Calcium
Calcium intake
Daily calcium retention in bones
Bone health
Childhood and adolescence
Cálcio
Ingestão de cálcio
Retenção de cálcio nos ossos
Saúde óssea
Infância e Adolescência
Ossos - Aspectos nutricionais
Cálcio na nutrição humana
Crianças - Nutrição
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
Programa: Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Citação: STREIT, Márcia Fernanda Sardinha de Araujo Rodrigues Taveira. Retenção de cálcio ósseo em meninos com baixa ingestão dietética de cálcio. 2012. 48 f. Dissertação (Mestrado em Alimentação, Nutrição e Saúde) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7307
Data de defesa: 21-Set-2012
Aparece nas coleções:Mestrado em Alimentação, Nutrição e Saúde

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Dissert_Marcia Fernanda S A R T Streit.pdf497,33 kBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.