Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7388
Tipo do documento: Tese
Título: A escuta da escuta
Título(s) alternativo(s): The listening of listening
Autor: Redin, Mayra Martins 
Primeiro orientador: Danziger, Leila Maria Brasil
Primeiro membro da banca: Lima Neto, Manoel Ricardo de
Segundo membro da banca: Basbaum, Ricardo Roclaw
Terceiro membro da banca: Franca-huchet, Patrícia Dias
Quarto membro da banca: Cesar, Marisa Flórido
Resumo: Esta tese dá a ver uma prática de pesquisa animada pelo exercício da anotação. As proposições artísticas aqui engendradas são compreendidas como pensamento em composição com as anotações escritas. A escuta da escuta é um pensamento que quer falar das relações que se dão de um para o outro, pouco mediadas ou mediadas apenas pelos corpos. Este trabalho acredita na potência da palavra e da imagem anotadas enquanto formas de dizer dessa mediação mínima da experiência pela qual o corpo vive. A escuta da escuta é gesto que busca se realizar, ser praticado, nos lugares onde há palavras em demasia, nos lugares onde ainda não há palavras e nos lugares onde palavras novas surgirão. A escuta é entendida como movimento de abertura que circula e que retorna, vai ao mundo político (em busca do que é da ordem do comum ) e retorna para o íntimo e novamente vai ao comum e assim segue. Aproximar duas conchas, inventar um jeito de recolher um livro que não mais existe de um incêndio de uma biblioteca, observar cachorros mortos na estrada, observar o rabo afetivo da cachorra domesticada, ler do jornal uma notícia que salta aos olhos, tudo sem quase nada produzir, mas sustentando um lugar que quer fazer mover as coisas, tirá-las de um passado e fazê-las movimentar-se pelo presente da anotação. Os autores (Roland Barthes, João Barrento, Jean-Luc Nancy, Jacques Lacan, Kazuo Ohno, Manoel Ricardo de Lima) e os artistas (Nuno Ramos, Leila Danziger, Marcel Duchamp, Allan Kaprow), entre outros, com os quais este trabalho conversa, suas noções e conceitos, funcionam como intercessores poéticos mais que teóricos, portanto, são enlaçadas por seus pormenores. Por fim, a escuta da escuta, enquanto uma ética, um modo de vida frente (e junto) ao mundo que, a cada dia, apresenta sua barbárie, será sempre um exercício em que não há lugar a se chegar: a prática da escuta é o próprio lugar sempre por se fazer, demandando o corpo em uma atividade sem finalidade. Esta pesquisa ensaia sustentar este lugar incerto e desconhecido enquanto o que alimenta a própria experiência, refazendo suas apostas diárias. Fazer persistir esta espécie de postura frente às ruínas pessoais e comuns é onde este trabalho acredita que a força da arte possa ser mais potente e mais sutil
Abstract: This thesis sheds light to a research practice stimulated by the exercise of annotation. The artistic propositions engendered here are understood as thought in composition with written annotations. The listening of listening is a thought that wants to talk of the relations that occur from one to the other, poorly mediated, or mediated only through bodies. This work believes in the power of the word and image annotated as ways of saying of this minimal mediation of the experience through which the body lives. The listening of listening is a gesture that aims to be made, to be practiced, in places where there are too many words, in places where still there are no words, and in places where new words will appear. The listening is understood as an opening movement that circulates and returns, goes to the political world (searching for what belongs to the common order) and returns to the intimate, then goes back again to the common, and so on. Approximating two shells, inventing a manner of picking a book that does not exist anymore from a library fire, observing roadkill, observing the affective tail of the domesticated dog, reading a story that strikes the eye in the newspaper, all of that without producing almost nothing, but sustaining a place that wants to make things move, to remove them from the past and to move them around the present of annotation. The authors (Roland Barthes, João Barrento, Jean-Luc Nancy, Jacques Lacan, Kazuo Ohno, Manoel Ricardo de Lima) and the artists (Nuno Ramos, Leila Danziger, Marcel Duchamp, Allan Kaprow) with whom this work dialogues, their notions and concepts, operate more as poetic intercessors than theorists, therefore, they are linked by their details. Finally, the listening of listening, as ethics, as a way of life facing (and with) the world that, each day, presents its barbarism, will always be an exercise in which there is no place to be reached: the practice of listening is the very place that is always to be concluded, demanding the body in a purposeless activity. This research rehearses sustaining this uncertain and unknown place while feeding its own experience, remaking its daily bets. To maintain this kind of posture before common and personal ruins is where this work believes that the force of art may be more potent and more useful
Palavras-chave: Listening
Gesture
Intimacy
Annotation
Body/skin
Memory
Otherness
Escuta
Gesto
Intimidade
Anotação
Corpo/pele
Memória
Outro
Arte moderna Séc. XXI
Apontamentos
Escuta (Psicologia)
Corpo como suporte da arte
Área(s) do CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::ARTES PLASTICAS
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes
Programa: Programa de Pós-Graduação em Artes
Citação: REDIN, Mayra Martins. A escuta da escuta. 2016. 207 f. Tese (Doutorado em Arte e Cultura Contemporânea) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7388
Data de defesa: 14-Dez-2016
Aparece nas coleções:Doutorado em Artes

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Mayra Martins Redin_tese.pdf7,62 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.