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Tipo do documento: Dissertação
Título: Mães obesas, filhotes obesos: estudo experimental
Título(s) alternativo(s): Obese mothers, obese offspring: experimental study
Autor: Cruz, Fernanda Ornellas Pinto da 
Primeiro orientador: Souza-Mello, Vanessa de
Primeiro membro da banca: Lacerda, Márcia Barbosa águila Mandarim de
Segundo membro da banca: Matsuura, Cristiane
Terceiro membro da banca: Rodrigues, Lúcia Gomes
Resumo: O aumento da obesidade materna pode refletir em efeitos deletérios na prole adulta, manifestos diferentemente de acordo com o gênero do indivíduo. Este trabalho teve como objetivo verificar a hipótese de que a obesidade materna provoca alterações metabólicas, na estrutura do tecido adiposo e hepático e mudanças de perfil inflamatório nas proles adultas de machos e fêmeas. Fêmeas C57BL/ 6 receberam dieta padrão (SC, 17% da energia proveniente do lipídeo) ou dieta hiperlipídica (HF; 49% da energia proveniente do lipídeo) durante oito semanas pré-gestacionais até a lactação. Após o desmame, os filhotes foram divididos nos grupos: SCM (machos), SCF (fêmeas), HFM (machos) e HFF (fêmeas). As características metabólicas foram avaliadas pela massa corporal (MC), glicemia de jejum, área sob a curva no teste oral de tolerância a glicose; concentrações de triglicerídes (TG) hepáticos e estimativa da esteatose hepática; análise plasmática de insulina, colesterol total (CT), triglicerídes (TG) e adipocinas; distribuição e análise morfológica do tecido adiposo e estado pró-inflamatório dos filhotes. Diferenças entre os grupos foram analisadas pelo Teste T não pareado (dados entre progenitoras e pares de grupos nas proles); one-way ANOVA com pós-teste de Tukey (para proles) e two-way ANOVA (efeito da dieta materna e gênero). O nível de significância adotado foi de P≤0,05. Progenitoras HF tiveram maior MC (+20%), glicemia elevada (+22%) e intolerância à glicose em comparação ao grupo SC. A partir da quarta semana, a MC mostrou-se maior nas proles HF, em ambos os gêneros, quando comparados às proles SC. Na 12 ª semana, a MC foi 20% maior no grupo HF macho e 30% maior no grupo HF fêmea do que seus controles (p<0,0001, ambos os gêneros). Intolerância à glicose foi observada em machos e fêmeas HF em relação aos seus contrapares SC (+20%, p<0,05). Proles HF demonstraram hepatomegalia com maior acúmulo de TG hepático, resultando em maior percentual de esteatose em machos (27%) e fêmeas HF (25%). Proles HF apresentaram incremento na adiposidade (+20%) e nos níveis de CT e TG do que seus congêneres SC. Níveis plasmáticos de leptina e insulina foram maiores, enquanto houve diminuição da adiponectina no grupo HF macho em relação ao grupo SC macho. Hipertrofia de adipócitos foi observada nas proles HF. TNF-alfa, IL-6 e leptina foram mais expressos em proles HF, porém diminuição na expressão de adiponectina foi evidenciada nas proles geradas por mães obesas. A luz do exposto, a dieta HF administrada em mães antes e durante períodos de gestação e lactação leva à obesidade materna que tem consequências na prole, tais como remodelamento do tecido adiposo, juntamente com alterações bioquímicas e metabólicas dos adipócitos, intensificando o estado pró-inflamatório da prole, em ambos os gêneros, na idade adulta.
Abstract: Maternal obesity is increasing in prevalence, reflecting in gender-related deleterious effects in offspring in adulthood. This work aimed to verify the hypothesis that maternal obesity causes metabolic abnormalities, alterations in structure of the liver and adipose tissue and pro-inflammatory profile changes in adult offspring of males and females. Pregnant C57BL / 6 mice received standard chow (SC; 17% energy from fat) or high fat diet (HF; 49% energy from fat) for eight weeks pre-pregnancy until lactation. After weaning, offspring were divided into groups, according to diet of dams: SCM (male), SCF (female), HFM (male) and HFF (female). The metabolic characteristics were evaluated by the curve of body mass (BM), fasting glucose, area under the curve after oral glucose tolerance test, hepatic triglyceride and estimation of hepatic steatosis, analysis of plasma insulin, total cholesterol (TC), triglycerides (TG), and adipokines; distribution and morphological analysis of adipose tissue and pro-inflammatory state of the offspring. Differences between groups were analyzed by unpaired t test (data between progenitor and offspring groups in pairs), one-way ANOVA with Tukey post-test (for offspring) and two-way ANOVA to determine the effect of maternal diet and gender. The level of significance adopted was P ≤ 0.05. Dams fed HF diet had greater BM (+20%), increased blood glucose (+22%) and glucose intolerance than SC dams. In the offspring, BM was greater in HF offspring than SC offspring, both genders, since the fourth week of age. At 12th week, BM was 20% greater in HF male and 30% greater in HF female than in their SC counterparts (P<0.0001, both genders). Glucose intolerance was observed in both male and female HF offspring compared with their relative SC ones (+20%; P<0.05). HF offspring showed hepatomegaly with increased liver triglyceride accumulation, which resulted in a greater percentage of steatosis in male (27%) and in female HF (25%). HF offspring had 20% greater adiposity and higher levels of TC and TG than SC counterparts. Leptin and insulin plasma levels were higher and adiponectin level was lower in HF male than in SC male. Adipocytes were much bigger in HF offspring than in SC offspring. TNF-alpha, IL-6 and leptin protein were significantly more expressed in HF than in SC offspring, but the contrary happened with adiponectin protein expression. HF diet administrated to mice females prior and during gestation and lactation periods leads to maternal obesity that has consequences in the offspring, such as adipose tissue remodeling together with biochemical and metabolic changes of adipocytes, intensifying the pro-inflammatory state in both genders offspring in adulthood.
Palavras-chave: Maternal obesity
Fetal programming
Sexual dimorphism
Liver
Adipokines
Adipose tissue
Obesidade materna
Programação materna
Dimorfismo sexual
Fígado
Adipocinas
Tecido adiposo
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MORFOLOGIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Citação: CRUZ, Fernanda Ornellas Pinto da. Mães obesas, filhotes obesos: estudo experimental. 2012. 73 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Humana e Experimental) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7869
Data de defesa: 25-Jul-2012
Aparece nas coleções:Mestrado em Biologia Humana e Experimental

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