Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8547
Tipo do documento: Tese
Título: Desenvolvimento de um escore genético de risco para avaliação de prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca de fração de ejeção reduzida
Título(s) alternativo(s): Development of a genetic risk score for the assessment of prognosis in patients with heart failure with reduced ejection fraction
Autor: Albuquerque, Felipe Neves de 
Primeiro orientador: Brandão, Andréa Araujo
Primeiro coorientador: Silva, Dayse Aparecida da
Primeiro membro da banca: Bittencourt, Marcelo Imbroinise
Segundo membro da banca: Esporcatte, Roberto
Terceiro membro da banca: Martins, Wolney de Andrade
Quarto membro da banca: Bacal, Fernando
Resumo: A utilização de escores de risco genético já está sendo testada com sucesso em alguns cenários clínicos. No entanto, para insuficiência cardíaca (IC) ainda não há descrição de um painel genético robusto para avaliação prognóstica desses pacientes. Este estudo tem por objetivo avaliar a relação entre um escore de risco genético (ERG) e desfechos clínicos em indivíduos com IC com fração de ejeção reduzida. Para tal, em uma coorte de 178 pacientes, foram identificadas as variantes dos polimorfismos genéticos (PG) do receptor beta-adrenérgico-tipo1 (Rβ1), enzima conversora da angiotensina, óxido nítrico-sintase, aldosterona-sintase e angiotensinogênio. Foram realizadas duas etapas complementares na construção do ERG. O ERG foi construído a partir de cinco PG multissistêmicos. Inicialmente, analisou-se a relação isolada entre PG-Rβ1 e desfechos clínicos. Esse resultado foi considerado em conjunto com dados da literatura para determinar os alelos de risco utilizados na construção do ERG. Em seguida, o ERG foi calculado a partir da soma do número de cópias de alelos de risco de cada PG (variação: 0-10). A população foi estratificada em dois grupos pelo tempo de doença: IC Inicial (<72 meses) ou IC Tardia (&#8805;72 meses). Os principais desfechos clínicos considerados foram: óbito, internação por IC. Foi adotado nível de significância de 5%. Foram encontrados os seguintes resultados: as médias da coorte foram: 63,5% de homens e 55,1% brancos. A etiologia da IC foi predominantemente isquêmica (31,5%), idiopática (23,6%) e hipertensiva (15,7%). Na primeira etapa de avaliação do PG-Rβ1 uma análise preliminar com tempo de seguimento de 6,7 anos, tempo de doença 8,9 anos e média de idade de 64,4 anos, observou-se uma relação significativa entre os genótipos e óbitos (p=0,026) com o Gly-Gly associado a melhor prognóstico. O alelo Gly teve um efeito protetor independente mantido após análise multivariada e foi associado à redução na chance de óbito de 63% (p=0,03; Odds Ratio: 0,37 IC95%: 0,15-0,91). Para análise principal do trabalho relacionada ao ERG, os tempos de acompanhamento e de doença foram maiores 8,1 anos e 10,3 anos respectivamente, com uma média de idade de 65,8 anos. O escore foi dividido em duas faixas segundo o número de cópias de alelo de risco: Baixo (0-5) e Alto (6-10). Foram 123 pacientes (69,1%) classificados como ERG Alto. O ERG Alto foi associado a menor sobrevida na IC Inicial (p=0,018). Em análise multivariada, ERG Alto associou-se ao dobro de risco de morte (HR=2,01; IC95%: 1,21-3,33; p=0,007). Não houve associação significativa entre ERG e desfechos clínicos ou sobrevida após 72 meses de doença. Em conclusão: a presença do PG-Rβ1 Gly-Gly associou-se a melhor evolução clínica e o alelo Gly foi preditor de menor risco de mortalidade, independente de outros fatores. O ERG, construído a partir de cinco polimorfismos, foi identificado como preditor de sobrevida na fase inicial da IC. O ERG associou-se ao dobro de risco de mortalidade numa fase inicial da IC independentemente de outros fatores.
Abstract: The use of genetic risk scores is being successfully tested in some clinical settings. Nevertheless, for heart failure (HF), there is no description of a robust genetic panel for prognostic evaluation of these patients yet. The objective was to evaluate the relationship between a genetic risk score (GRS) and clinical outcomes in individuals with HF with reduced ejection fraction. In a cohort of 178 patients, the SNP variants of beta 1 adrenergic receptor (ADBR1), angiotensin converting enzyme, nitric oxide synthase, aldosterone synthase and angiotensinogen were identified. The GRS development process consisted of two consecutive stages. The GRS was built from five multisystemic single nucleotide polymorphisms (SNP). First, the relationship between ADBR1 genotypes and clinical outcomes was evaluated. These findings were contemplated in addition to other publications to select the risk alleles. GRS was calculated from the sum of the number of risk allele copies of each SNP (variation: 0-10). The population was divided into two strata according to disease time: Early-Stage HF (<72 months) or End-Stage HF (&#8805;72 months). The main clinical outcomes were: death and hospital admission due to HF. A significance level of 5% was adopted. The following results were observed: cohort means were: 63.5% of men and 55.1% of whites. HF etiologies were mainly ischemic (31.5%), idiopathic (23.6%) and hypertensive (15.7%). Preliminary analysis was done at 6.7 years of follow-up and 8.9 years of HF duration and mean age 64.4 years. There was a significant relationship between ADBR1 genotypes and clinical outcomes: Gly-Gly was related to better outcomes (p=0.026). Multivariate analysis defined the Gly allele as an independent predictor of reduction in death by 63% (p=0.03, OR 0.37 CI: 0.15-0.91). Subsequent findings evaluating the impact of GRS were analyzed at 8.1 years of follow-up, 10.3 years after HF diagnosis and mean age of 65.8 years. GRS was divided into two ranges according to the number of risk allele copies: Low (0-5) and High (6-10). High GRS was found in 123 patients (69.1%). High GRS was associated with lower survival in early-stage HF (p=0.018). In a multivariate analysis, High GRS was associated with double risk of death (HR=2.01; CI 1.21 3.33; p=0.007). There was no significant association between GRS and clinical outcomes or survival after 72 months of disease. In conclusion: ADBR1 Genotype was independently related to outcomes in HF: Gly-Gly patients presented with better outcomes and Gly allele was a predictor of lower mortality. The GRS, elaborated from five SNP, was identified as a predictor of survival in early-stage HF. The subgroup with High GRS was associated with double risk of mortality irrespective of other factors.
Palavras-chave: Heart failure
Polymorphism, Genetic
Risk Index
Mortality. Survival
Receptors
Adrenergic, beta
Insuficiência cardíaca
Polimorfismo genético
Indicador de risco
Mortalidade
Sobrevida
Receptores adrenérgicos beta
Insuficiência cardíaca Prognóstico
Insuficiência cardíaca Pacientes Avaliação de riscos de saúde
Insuficiência cardíaca Mortalidade
Análise de sobrevivência (Biometria)
Polimorfismo (Genética)
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::CARDIOLOGIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Citação: ALBUQUERQUE, Felipe Neves de. Desenvolvimento de um escore genético de risco para avaliação de prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca de fração de ejeção reduzida. 2019. 87 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8547
Data de defesa: 5-Jul-2019
Aparece nas coleções:Doutorado em Ciências Médicas

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
TESE_FINAL_PUBLICADA_Felipe_Neves_de_Albuquerque.pdf6 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.