Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8548
Tipo do documento: Tese
Título: Influência da espironolactona na redução da fibrose miocárdica em portadores de Cardiomiopatia Hipertrófica
Título(s) alternativo(s): Influence of spironolactone on the reduction of myocardial fibrosis in patients with hypertrophic cardiomyopathy. 2019. 104 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,2019.
Autor: Sales, Ana Luiza Ferreira 
Primeiro orientador: Rocha, Ricardo Mourilhe
Primeiro coorientador: Silva, Dayse Aparecida da
Primeiro membro da banca: Brandão, Andréa Araujo
Segundo membro da banca: Bomfim, Alfredo de Souza
Terceiro membro da banca: Garcia, Marcelo Iorio
Quarto membro da banca: Martins, Wolney de Andrade
Resumo: Cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a doença genética cardíaca mais comum. CMH tem como características fisiopatológicas a presença de diferentes graus de hipertrofia miocárdica, fibrose e deformação dos cardiomiócitos. A fibrose miocárdica vem sendo associada a um pior prognóstico nesta doença. No entanto, os gatilhos para a transformação do miocárdio em tecido fibrótico não foram elucidados. A ressonância magnética (RM) pode identificar áreas de fibrose miocárdica com grande definição espacial. Alguns micro RNA (miRNA) foram relacionados a fibrose miocárdica, mas seu papel na CMH ainda não foi estabelecido. Os inibidores da aldosterona parecem bloquear os sinalizadores para promoção de fibrose miocárdica. Avaliar se a utilização de antagonista de aldosterona (espironolactona) pode reduzir o percentual de miocárdio substituído por fibrose na RM portadores de CMH. Descrever as características clínicas e genéticas da população estudada. Avaliar a influência da espironolactona na evolução da função sistólica. Analisar as mutações patogênicas encontradas, assim como o polimorfismo da Aldosterona sintase e sua influência no prognóstico, em especial quanto a evolução do percentual de fibrose miocárdica a RM e da função sistólica de ventrículo esquerdo. Por fim, descrever as variações dos miRNA 21 e 29a nesta patologia, correlacionar sua variação com o prognóstico e como forma de avaliação da resposta terapêutica a espironolactona. Estudo realizado em um único centro, prospectivo, randomizado, duplo cego, com placebo. Excluídos pacientes com contraindicações ao uso da espironolactona ou que já vinham em uso desta droga e também aqueles com contra-indicação a realização de RM. O Seguimento mínimo foi de 21 meses. Nos primeiros três meses foram realizados ecocardiograma transtorácico, RM e eletrocardiograma. Além disso, colhidas amostras de sangue para análise bioquímica e estudo genético. Ao final dos 18 meses os pacientes repetiram a RM e os miRNA. Foram incluídos 53 pacientes entre setembro de 2014 e abril de 2016. Durante 18 meses fizeram uso de espironolactona (N=27) ou placebo (N=26). Média de idade 48 anos, 49% homens. Houve um óbito durante o período de seguimento. A droga foi suspensa em dois casos. Em 43% dos pacientes foi identificada a mutação patogênica. MYH7 foi a principal proteína sarcomérica mutada. A identificação das mutações não se correlacionou com pior prognóstico. Se comparada a evolução dos grupos espironolactona e placebo , em ambos os grupos houve melhora sintomática e há melhora no percentual de fibrose naqueles que fizeram uso da droga. No entanto, não houve diferença estatística significativa para a variação de fibrose pela RM (p=0,371), disfunção sistólica (p=0,5) assim como nas variações de miRNA 21 (p=0,5) e 29a (p=0,08). A elevação de miRNA 21 associa se a presença de fibrose grave (p=0,043). O polimorfismo da Aldosterona sintase mais comum foi T/C. O alelo C foi mais frequente dentre os portadores de disfunção sistólica ou fibrose grave, mas não houve relação entre polimorfismo e fibrose miocárdica (p=0,29) ou disfunção sistólica (p=0,62). A espironolactona não mostrou benefícios na evolução da função sistólica nem no percentual de substituição de miocárdio por fibrose à RM. MYH7 foi a principal proteína sarcomérica mutada. A identificação das mutações patogênicas e o polimorfismo da Aldosterona sintase não influenciaram o prognóstico. Os miRNA 21 sinalizam a presença de fibrose miocárdica grave. MiRNA 21 e 29a não devem ser usados como forma de monitorar a terapia com espironolactona na CMH.
Abstract: Hypertrophic cardiomyopathy (HCM) is the most common genetic disease in the heart. The pathophysiological features are the presence of different degrees of myocardial hypertrophy, fibrosis and cardiomyocyte deformation. Myocardial fibrosis is associated with a worse prognosis in this disease.The trigger for fibrosis has not been elucidated. Magnetic resonance imaging (MRI) can identify areas of myocardial fibrosis with high definition. Some micro RNA (miRNA) are related to myocardial fibrosis, but its role in HCM has not been established. Aldosterone inhibitors seem to block the signals that promote myocardial fibrosis. To assess whether the use of aldosterone antagonist (Spironolactone) may decrease the areas of myocardial fibrosis in MRI in patients with HCM. To describe clinical and genetic characteristics. To evaluate the influence of spironolactone on systolic function. To analyze the pathogenic mutations found, as well as the polymorphism of Aldosterone synthase and its influence on the prognosis, especially regarding the evolution of the percentage of myocardial fibrosis and left ventricular systolic function. Finally, to describe the variations of the miRNA 21 and 29a, to correlate its variation with the prognosis and as a form of evaluation of the therapeutic response to Spironolactone. A single-center, prospective, randomized, double-blind, placebo-controlled study. Excluded were patients with contraindications to the use of spironolactone, who were already using this drug and those with contraindication to MRI. The minimum follow-up was 21 months. In the first three months, transthoracic echocardiography, MRI and electrocardiogram were performed. In addition, blood samples were taken for biochemical analysis and genetic study. At the end of 18 months, the patients repeated MR and miRNA. 53 patients were included between september 2014 and april 2016. During 18 months, patients were given Spironolactone (N = 27) or placebo (N = 26). The mean age was 48 years, 49% were men. There was a death during the follow-up period and the drug was suspended in two cases. In 43% of the patients, it was possible to describe the pathogenic mutation. MYH7 was the major mutated sarcomeric protein. The identification of the mutations did not correlate with a worse prognosis. Comparing the evolution of groups, there was a symptomatic improvement in both groups as in the percentage of fibrosis in those who used Spironolactone. However, there was no statistically significant difference for fibrosis variation (p = 0,371), systolic dysfunction (p = zero, 5) as well as in miRNA 21 (p = 0, 5) and 29a (p = 0, 08). Elevation of miRNA 21 was associated with the presence of severe fibrosis (p = 0,043). The most common Aldosterone synthase´s polymorphism was T/C. The C allele was more frequent among patients with systolic dysfunction or severe fibrosis, but there was no relation between polymorphism and myocardial fibrosis (p = 0, 29) or systolic dysfunction (p = 0, 62). Spironolactone showed no benefit in the systolic function or in the percentage of myocardial replacement due to fibrosis. The identification of pathogenic mutations had no prognostic impact. Aldosterone synthase´s polymorphism did not have its prognostic role established in this disease. MiRNA 21 signals the presence of severe myocardial fibrosis. MiRNA 21 and 29a should not be used as a means of monitoring spironolactone therapy.
Palavras-chave: Hypertrophic cardiomyopathy
Fibrosis
Magnetic resonance imaging and micro RNA
Cardiomiopatia hipertrófica
Fibrose
Ressonância magnética e micro RNA
Miocárdio Doenças
Fibrose
Espironolactona
Cardiomiopatia hipertrófica
Imagem por ressonância magnética
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::CARDIOLOGIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Citação: SALES, Ana Luiza Ferreira. Influência da espironolactona na redução da fibrose miocárdica em portadores de Cardiomiopatia Hipertrófica. 2020. 105 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8548
Data de defesa: 18-Jun-2020
Aparece nas coleções:Doutorado em Ciências Médicas

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Ana Luiza Ferreira Sales Tese completa.pdf2,91 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.